quinta-feira, 31 de março de 2011

Injustiçado

Podem usar quaisquer argumentos quiserem, mas não há como dizer que Tony Stockman não foi o melhor jogador do Assis Basket no NBB3. O cara é o 8º cestinha da competição, com média de 18,5 pontos. Pra se ter noção, ele está a frente de jogadores como Fischer e Taylor (Bauru), Arthur (Brasília) e do MVP do Jogo das Estrelas, Robert Day (Uberlândia). Tony também é o cara que mais dá assistências no time de Assis, com 3,2 por jogo. Além disso, para um jogador que passa tanto tempo com a bola na mão, ter apenas 1,6 erros por jogo é um excelente número, sendo que caras como Nezinho, Fúlvio, Valtinho, Shammel e Marcelinho Machado estão bem a frente do armador norte-americano.


Os números não mentem, mas também não dizem toda a verdade, já dizia o filósofo. Que seja. Sem levar em conta os números, Tony também foi o principal jogador do time na temporada. Talentosíssimo no 1 contra 1, com um bom arremesso de três pontos, e uma visão de jogo considerável, o camisa 5 foi protagonista em quase todos os jogos de razoáveis apresentações, sem falar que foi essencial nas cinco vitórias asssisenses no NBB3. Se foi individualista, não se omitiu em um time recheado de jogadores jovens.


Mesmo assim, parece que o cara não caiu definitivamente nas graças de todos. Parte da torcida o acusou de fominha e de falhar em momentos decisivos. Eu mesmo já reclamei de precipitações de Tony, como nos jogos contra o Minas, São José e Franca. Mas também cabe ao técnico conter certos ímpetos, e quando isto aconteceu, o jogador melhorou.


O abusrdo maior foi ouvir críticas em relação a uma eventual omissão do jogador na reta final da primeira fase do torneio nacional. Tony levou uma "paulistinha" na partida contra São José dos Campos na rodada 10 do segundo turno, e foi vetado pelo departamento médico nos jogos seguintes. Mesmo assim, parte da torcida, e até mesmo pessoas que integram o projeto Assis Basket criticaram a postura do jogador, que no aquecimento da partida contra Araraquara mostrava dificuldades em fazer certos movimentos, mas ainda sim levantaram a absurda hipótese do "migué" por parte do atleta.


Detesto jornalista que se pauta pelo twitter, mas, especificamente neste caso, vale o registro de que a esposa de Tony demonstrou chateação em seu microblog com algumas críticas feitas ao seu marido. Partilho da mesma opinião de Brittany, acho que a maioria é injusta.


Tenho alguns motivos para acreditar que Tony Stockman não jogará o campeonato paulista por Assis. Os motivos, por enquanto, são meramente baseados em impressões particulares, mas de todo modo acredito que aconteça com ele o mesmo que aconteceu com Mark Borders: uma proposta melhor de outro time brasileiro.



Não que a situação tenha chegado ao mesmo ponto - até porque o basquete não causa mais tanta mobilização em Assis - , mas vale lembrar que já picharam um muro em frente ao Jairão com ofensas a Nezinho, além de terem discutido com familiares do mesmo armador em um supermercado da cidade, durante a passagem dele por aqui, em 2008. Prova de que, nos momentos ruins, sempre sobra pra quem menos merece.

terça-feira, 29 de março de 2011

Sem alicerce

Não fui ao Jairão no sábado, às 18h, mas vejo no site (horroroso) da Federação Paulista que a equipe sub-17 do Assis Basket perdeu na estreia do estadual por 64 a 57 . O adversário foi Jundiaí.

Ainda não vi os números de pontuação dos jogadores no cotejo, e , como já disse, não pude ir ao jogo (prometo que tentarei ir ao próximo, no sábado), mas a informação que ouvi de uma pessoa conhecedora do basquete e do time em questão é que "o grupo é fraco". É claro que depois de ver algum jogo tirarei minhas conclusões, mas o resultado inicial somado ao que ouvi me fazem ter cada vez mais certeza de que a má campanha do Assis Basket adulto na temporada é a ponta do iceberg.

O time sub-17 tem jogadores formados aqui em Assis, nenhuma contratação (ao que me consta, pelo menos), e isso poderia ser um ponto positivo. O problema é que não reforçar a equipe com jogadores de fora não é parte de uma política de valorização dos "pratas da casa", mas sim a única opção que restou ao esforçado técnico Márcio Kanthack.

Além disso, o fato dos garotos não terem tanta qualidade assim atesta para o descaso com as categorias de base que a cada ano se mostram mais enfraquecidas. Aquele monte de garotos no Clube Reacreativo (imagem), sob o comando do técnico Pantera, simplesmente não existe. O resultado é visto nas quadras, já que a cada temporada é mais clara a impressão de que simplesmente "jogam" os garotos no campeonato estadual, já que é obrigatório ter alguma categoria de base em disputa para que um time adulto jogue a A-1.

O bonde passou e ninguém pegou, essa que é a verdade. Nos tempos de efervescência do basquete em Assis poderia se ter aproveitado a chance para a elaboração de uma escolinha mais sólida, uma consolidação de uma boa equipe cadete, e juvenis que realmente pudessem integrar a equipe adulta. E não me venham falar que Henrique Hernandes, hoje com condições de entrar e jogar entre os grandes, é fruto de um bom trabalho. Ele é um fato isolado da última geração razoavelmente competitiva da cidade (nascidos em 1992).

Torço para estar enganado em relação a qualidade do time sub-17 de Márcio Kanthack, e tentarei ir ao Jairão para ver bons valores. De qualquer forma, só por ainda nadarem contra a maré, os garotos estão de parabéns.

segunda-feira, 28 de março de 2011

A famosa "D.R"

A derrota diante de Franca(92 a 68), no domingo, no Pedrocão, somada ao resultado positivo do Paulistano diante de Limeira (70 a 61) encerrou as chances de classificação do Assis Basket. Na verdade, as esperanças já tinham ido pelo ralo após mais uma derrota em casa, contra Araraquara.


Desde a partida dos comandados de Carlão contra Joinville, no início do segundo turno, parecia que finalmente o time engrenaria, pegaria no breu. Vencer Uberlândia e Brasília, em casa, deu ânimo ao time, fez a torcida sonhar, colocou a equipe na zona de classificação aos play-offs, mas a sequência de jogos fez o Assis Basket voltar ao último lugar do NBB3. Décima quinta colocação que, desde o começo do certame, parece ter sido alugada pelos assisenses.


Ouvi diversas opiniões de torcedores, de moradores da cidade, de pessoas que vão ao ginásio, ou de cidadãos que sequer sabem o nome dos atletas que vestem azul-e-branco. Alguns falam que foi melhor assim, outros falam que a eliminação precoce é vergonhosa. Pactuo com a segunda opinião.


Não consigo enxergar o técnico como culpado principal pela péssima campanha, apesar de ele também ter sua parte na história toda. Tampouco acho que o time seja tão terrível quanto a colocação na tabela supõe. O elenco do Assis Basket é melhor que o de Vitória, Vila Velha e Paulistano. Do mesmo nível de Araraquara. "Mas o que deu errado então, presunçoso blogueiro?". Confesso que não consigo responder. Talvez deva pedir desculpas aos que acompanham as opiniões deste blog, já que desta vez não consigo formular uma argumentação que tente explicar a causa de um elenco não tão ruim, com um técnico com bons predicados, não conseguir passar da primeira fase dos dois torneios que disputou na temporada.


Quem sabe não é hora de pensar sobre o real tamanho do basquete de Assis? Enquanto a Casa di Conti esteve com o time, era possível brigar por títulos. Quando a grana minguou, a realidade de um munícipio pobre, em uma região pobre, sem empresas pujantes e capazes de injetar dinheiro em um time de basquete veio à tona.


O Jairão não recebe mais tanta gente, a imprensa não dá mais a cobertura de outrora, os resultados não são mais os mesmos. Talvez seja hora de deixarmos de lado a megalomania, e enxergarmos que, por enquanto, o azul e branco são cores de um time pequeno.


Não tenho a menor dúvida de que é preciso discutir os rumos do basquete em Assis, e aproveito este espaço para fazer coro em favor de um debate entre todos os que gostam da modalidade na cidade.


É tempo de discutir a relação.

sábado, 26 de março de 2011

Pra dizer adeus . . .


Com muito esforço, pouca inspiração e cometendo erros que não vinha cometendo, o Assis Basket praticamente se despediu de sua torcida nesta temporada, já que a classificaçõ para os playoffs ficou muito improvável após a derrota por 77 a 73 diante de Araraquara..

A partida de ontem (25/03) contou com Deivisson(19pts) e Borders (18pts) inspirados por parte dos visitantes. O pivô não encontrou dificuldades nos arremessos de curta e média distância, e o excelente armador norte-americano fez o que já lhe é de praxe: armou e arremessou com eficiência.

Jogando atrás no marcador na maior parte do jogo, ficou nítido que o problema assisense era ofensivo. No terceiro período a equipe conseguiu a proeza de desperdiçar quatro ataques consecutivos, mesmo após impedir Araraquara de pontuar. Faltou o talento de Tony para causar desequilíbrio na defesa adversária.

Faltou o talento do contundido Tony, mas faltou também uma leitura melhor do jogo por parte do treinador e do armador Zezinho. A jogada "chifre", que faz com que os dois pivôs trabalhem no perímetro (um absurdo!) fez a equipe voltar aos seus dias ruins de ignorar as opções de tábua. O garrafão do ataque de Assis se desertificou tal qual nos piores dias do time. O agravante é que ontem não havia Tony Stockman para resolver apesar da desorganização.

Grandes méritos para Daniel Watfy (bom técnico) e para o time de Araraquara que garantiu vaga nos playoffs, mesmo após um momento de crise financeira. Mas vale o registro de um jogo muito ruim dos donos da casa, principalmente pela repetição de erros que pareciam ter ficado no passado.

O NBB parece ter acabado assim como o campeonato paulista também acabou: antes do mata-mata. A temporada 2010/2011 ficará marcada como uma das piores da curta trajetória do basquete de Assis.







PS: Mesmo um pouco ausente no últimos dias este blogueiro pomete voltar com mais frequencia.Tenho novidades importantes sobre a sequencia do projeto. Durante a semana teremos coisas legais por aqui.
Abraços