segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Adeus 2010

O blog avisou, e não precisava ser nenhum gênio para saber que nas sete primeiras partidas no NBB3 o Assis Basket teria dificuldades enormes. Era previsível, mas não faz com que seja passivamente aceitável.

O mestre Wlamir Marques diz que o comentário no basquete deve ser pontual, por isso, é preciso que se faça uma reflexão a respeito de como as derrotas aconteceram, além de perceber que em alguns casos o Gatilhaço poderia ter sido contrariado e o time poderia ter vencido, mas as chances não foram aproveitadas.

Números mostram que em 4 das 7 partidas o basquete assisense sofreu derrotas sem oferecer resistência ao adversário, ou como se diz no popular, não fez jogo "pau a pau" até o fim. Foram 20 pts de diferença contra o Pinheiros, 14 pts contra o Flamengo, 29 contra Brasília e 22 diante de Uberlândia.

Nos outros três cotejos, Assis perdeu por diferenças pequenas, ou seja, teve chances de vitória, mas sofreu por falta de capacidade de decisão. Contra Joinville foram 5 pts de diferença, diante do Paulistano foram 6 pts, contra o Minas a diferença foi de 4 pts.

As situações, mais do que os números, mostram que as coisas realmente não andam normais com a equipe azul e branca. Depois da primeira fase do campeonato paulista, o time se desencontrou. Não que fosse obrigação vencer Brasília ou Pinheiros, por exemplo, mas também não se pode achar normal levar "surras" de 20 pts ou mais. É muita passividade, pouca imposição de dificuldades ao adversário.

Não há como comparar o jovem elenco atual do Assis Basket com o do ano passado, por exemplo. Borders, Thomas, Parker, Bahia, Tischer, Mosso em grande fase e Giane integravam um grupo experiente e competitivo. Mas é possível estabelecer um comparativo com o elenco limitado que disputou o NBB1 e ver como o time se comportou contra "os grandes" do basquete nacional.

Após um decepcionante campeonato paulista 2008/2009, o Conti/Assis acabou e o Assis Basket entrou em cena. Para a edição de estreia do NBB estavam por aqui Fernando Reis, Perez, Darlan, Alfredo, Otávio, Nilo e Feliz. Vejamos os resultados daquele grupo no primeiro turno.

Brasília 88 x 75 Assis
Assis 78 x 77 Bauru
Assis 68 x 73 Paulistano
Assis 87 x 77 Pinheiros
Flamengo 84 x 72 Assis
Minas 94 x 84 Assis
Assis 83 x 80 Franca
Assis 81 x 79 Araraquara
Limeira 80 x 78 Assis
São José 68 x 69 Assis
Lajeado 72 x 83 Assis
Joinville 82 x 64 Assis
Assis 63 x 68 Cetaf
Assis 93 x 73 Saldanha da Gama

Em todo primeiro turno do NBB1 o limitado time de Assis sofreu apenas uma derrota "inapelável" que foi para Joinville.


A comparação feita pelo blog não tem quaisquer objetivos de desqualificar um time em detrimento do outro, mas sim de dizer que aquela equipe - tão limitada quanto a que o basquete assisense tem hoje - teve uma postura de luta mais honrosa, fator que não ganha jogo, mas que arrebanha a simpatia de torcedores.


Quando digo que algo de errado está acontecendo no atual elenco do Assis Basket, me refiro a falta de confiança que seguidos resultados negativos têm trazido. Não se pode aceitar que um time adulto que tem bons valores individuais perca quatro jogos de forma passiva. Também não é normal ver que nas chances que teve de vitória (Joinville, Paulistano e Minas) o atual elenco não teve confiança suficiente para triunfar.


A moral da história é que o time não é a oitava maravilha do mundo, mas não é fraco ao ponto que o panorama sugere. Alguma atitude deve ser tomada para que os jovens jogadores retomem a alegria das apresentações contra Franca e Limeira, ambas no estadual.


No mais, adeus Ano Velho. . .





sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Zero Meia

Tem tudo para ser uma barbada. Não é nada de anormal dizer que algo diferente de uma fácil vitória de Brasília diante de Assis,logo mais, às 20h, no DF, será uma enorme surpresa.

O time da capital federal tem apenas uma derrota no NBB3, além de ter no currículo recente o título de campeão Sul-americano.

Usando a lógica, se o Assis Basket levou 14 pontos de diferença do Flamengo, em pleno Jairão, logo, Brasília, que venceu o Mengão na final do torneio da América do Sul, tem tudo para passar por cima do time assisense.

A lógica não anda ao lado do esporte, mas a competência está sempre ligada ao triunfo em quadra (óbvio, não?). Brasília tem Nezinho, Arthur, Alex, Guilherme Giovanoni(foto), Tischer (melhorou muito) e Cipriano. Um elenco cheio de alternativas que terá pela frente um time que até não vem fazendo más atuações, contudo, está com a confiança em baixa após uma série de 7 derrotas (2 pelo estadual e 5 pelo NBB3).

O Assis Basket tem tudo para sair de quadra como "zero meia" no NBB3, logo mais. Resta saber como ficará a cabeça do grupo caso se confirme outro revés.

PS: Sempre é bom lembrar do que o Gatilhaço disse sobre os primeiros sete jogos do Assis Basket no NBB3 http://gatilhaco.blogspot.com/2010/10/as-trombetas-soarao.html

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A chance perdida



Se tinha um jogo capaz de mudar o panorama de 7 derrotas nos primeiros jogos de Assis no NBB3, o jogo era o de ontem(05/12), contra o Minas. Não que o Minas seja fraco, longe disso, mas com uma equipe completa era possível que o Assis Basket vencesse o primeiro cotejo no campeonato nacional.


Depois de um primeiro quarto defensivamente fraco, Carlão acertou em cheio no segundo período. Mudou a defesa para uma match-up, diminuiu os tiros de fora de Arnaldinho, dificultou a entrada de Sucatzky no garrafão, além de atrapalhar o jogo de Michel, com Paulão e André muito bem nas rotações de ajuda.


Os erros, na minha opinião, começaram a partir do terceiro período. Apesar de ser a melhor opção de criação ofensiva do time, Tony Stockman estava visivelmente debilitado pelo calor. O armador do Assis Basket deixava a defesa fragilizada, logo, Zezinho, que havia entrado bem no segundo quarto, poderia ter voltado. Sem defesa, as jogadas em dupla de Sucatzky/Michel saiam com mais facilidade, além dos tiros de média distância do argentino do Minas.


Em relação a defesa, penso que o match-up deveria ter sido mantido, contudo, o maior erro foi quando Carlão tirou Cauê para a entrada de Cícero, no terceiro quarto. Cauê estava muito bem na defesa e produzindo no ataque. Se saiu por ter feito a terceira falta, foi precipitação do técnico. Se saiu por opção tática, o erro foi de estratégia. Não fazia sentido ter Cícero em quadra, atuando como 3, se o Minas tinha Raulzinho, Arnaldo e Sucatzky, três homens baixos.



Com a pane ofensiva do time no último período, o experiente time mineiro soube ganhar o jogo. Sucatzky controlou as ações de ataque, Michel foi excelente. Aliás, como evoluiu o pivô do Minas. Chutes de média, bom trabalho de costas para a cesta. Foram 21 pontos em 26 tentados, 12 rebotes e 32 de eficiência.


O Assis Basket perdeu para um bom time, muito bem treinado, com um elenco muito melhor. O problema é que mesmo com situações adversas a história poderia ter sido diferente não fossem alguns erros. Mas é bom que se diga, Carlão não entra em quadra, Carlão não erra 12 arremessos da linha de lance livre.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Entrevista - Fred Duarte "Varejinho"

Frederico Duarte Brito dos Santos(foto) nasceu no Rio de Janeiro, tem 19 anos e atualmente joga no Flamengo. Na noite de sexta, em Assis, o jovem ala esteve em quadra por 52 segundos, não segurou um passe dado por Hélio e logo saiu.
Conhecido pelo cabelo e o apelido em conseqüência dele, Varejinho, o garoto tem uma história bacana nas categorias de base da seleção brasileira, e também tem uma passagem pelo basquete espanhol que durou duas temporadas.
Formado na base do Central de Niterói (RJ), Varejinho disputou o campeonato nacional juvenil e a Terceira Divisão Espanhola pelo Torrejon. O Gatilhaço resolveu falar com o garoto, principalmente para saber ainda mais das diferenças de treinamento do basquete daqui e de lá.


Gatilhaço – Como aconteceu de você sair do Rio para ir jogar na Espanha?
Varejinho – Eu já tinha ido para algumas seleções brasileiras de base, aí um pessoal daqui do Brasil me procurou e entrou em contato com o time da Espanha e au já fui pra lá.

Gatilhaço – Como era seu tempo de quadra lá?
Varejinho – Quando eu jogava o Júnior eu atuava quase que o jogo todo. Quando eu fui para a Terceira Divisão, pelo time adulto, eu tinha médias de 15, 20, até 25 minutos por jogo.

Gatilhaço – Você está viajando o Brasil com o Flamengo agora. A estrutura da Terceira Divisão da Espanha é muito grande comparada com o NBB?
Varejinho – Não, não. Eu posso dizer pelo Flamengo pelo menos que a estrutura que está sendo oferecida é um pouco parecida, ou melhor até do que a Terceira Divisão de lá. Eu acho que o basquete no Brasil está trabalhando para melhorar.

Gatilhaço – Alguns jogadores brasileiros estão voltando da Europa. È só a crise financeira de lá, ou tem algum outro motivo?
Varejinho – É a crise também, mas eu acho que é um pouco da gente mesmo. Ficamos muito afastados da família. Tem os dois lados, o da crise e de querer fazer o que a gente gosta perto da nossa casa.

Gatilhaço – Qual a principal diferença que você sentiu da formação do jogador aqui e a de lá?
Varejinho - Eu senti que eles são mais comprometidos com o basquete lá. Eles levam o basquete muito a sério. Cobram muito independentemente se você tem 17, 16, 15 anos. Se você entra em uma quadra de basquete, para eles, você pode ser cobrado. Quando eles vêem que você pode dar o melhor, mas ainda não chegou lá, eles cobram mais ainda.

Gatilhaço – No trabalho do dia a dia, quanto tempo, mais ou menos, era dedicado ao trabalho de fundamentos?
Varejinho – Na Espanha eu treinava muito fundamento, mas separado do treino normal. Treinávamos em dois períodos com o time, depois o técnico passava um treino de fundamento em horário separado. Quase sempre era uma hora antes do treino com a equipe. O próprio técnico do time acompanhava os exercícios.

Gatilhaço – Qual tipo de fundamento era mais passado para você especificamente?
Varejinho – Eu treinava mais arremesso em movimento. Treinar arremesso parado é bom para meter bola, mas eu acho que no jogo, a maneira mais difícil de acertar um arremesso é em movimento. Então, o treino era dar um “pique”, parar e arremessar. Era o que eu mais treinava.

Gatilhaço – Do pessoal mais novo que está se destacando agora, Jordan Burger (Paulistano), Raulzinho (Minas), Lucas Bebê (Estudiantes/Espanha), você jogou com ou contra eles? Você conversa com esse pessoal?
Varejinho – O Jordan é da mesma idade que eu, então eu já fui para seleção brasileira de base com ele. Na Espanha eu quase joguei o campeonato contra o Jordan.O Raulzinho já foi para seleção de base comigo, e eu já joguei contra ele também. O Bebê jogou comigo em Niterói, a gente é bem amigo.

Luto no Assis Basket

Faleceu na noite de ontem (03/12), em Assis, Dona Irene, mãe do presidente do Assis Basket, Joaquim Carvalho da Mota Júnior.

Força aos familiares de Carvalho e Dona Irene.

Equilíbrio contra o Fla, desequilíbrio contra Machado - Notinhas sobre o jogo

Tinha dito que se fosse o Carlão, eu apostaria em um jogo de troca de pontos com o Flamengo. O técnico de Assis preferiu cadenciar o jogo, e até deu certo no início da partida. Contudo, em um dos pontos este blogueiro teve razão: a importância do ataque.

Defender o Flamengo é complicadíssimo, defender o Flamengo em uma boa noite de Marcelinho Machado é quese impossível. Logo, a importância de atacar com eficiência contra um time que fatalmente passará dos 80 pontos.




De todo modo, seria difícil vencer os rubro-negros, contudo o jogo mostrou algumas coisas legais. Vamos às notinhas sobre a partida.


- Marcelinho Machado teve 47 pts de eficiência (39pts/ 08 assist). 25 pts no 1º tempo

- Enquanto o capitão do Flamengo não esteve em quadra, Assis conseguiu equilibrar as ações. A vantagem flamenguista caiu para 6 pontos.

- Jeferson teve 100% no ataque. Tentou 13 pts, anotou todos.

- Duda continua mal. Passou zerado.

- Calderón, que não jogaria, foi para a quadra no sacrifício e foi a melhor notícia da noite para os assisenses. 15 pts para o bom argentino.

- Stockman foi o cestinha do time com 19 pts. O problema é que, sem alas pontuando bem, o armador foi obrigado a tentar 10 tiros de 3 pts. Converteu 2.

- Luciano Matão fez 4 pts. Segue o calvário do jovem ala de Assis. Até quando?

- André foi substituído e teve um pequeno desentendimento com Carlão. Nada de mais, coisa de jogo. O torcedor não deve polemizar.

- Giane fez 13 pontos. Foi responsável por uma finta "de rua" em Átila. Ele é uma figuraça.


Por hora, a torcida está de parabéns por encher o Jairão e ter "zerado" as camisetas da lojinha do time.


O Assis Basket volta a quadra no domingo, às 11h, contra o Minas. As chances de vitória são um pouco maiores, mas ainda é uma pedreira.





Logo mais, aqui no blog, tem entrevista com o Varejinho, do Flamengo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Uma boa noite




Estou animado. Empolgado mesmo. Tenho andado por Assis e sentido um clima parecido com aquele que pairava na cidade em vésperas de decisões importantes dos bons tempos do basquete daqui.

Posso até estar enganado, pode até ser que o Jairão não tenha o público esperado, pode até ser que o clima nem seja tão forte assim, mas não dá para olhar para tudo que foi feito nos últimos dias (sorteios de brindes, ingresso social,inauguração da lojnha, exposição muito grande na mídia) e não ter uma sensaçãozinha ufanista e saudosista em relação ao esporte da nossa pequena cidade.

Apesar de tudo, devo fazer o papel de “chato” e falar do que pode acontecer quando a bola subir no Jairão, logo mais, às 20h. O Flamengo não terá Bábby, lesionado no tornozelo. Desta forma, garrafão carioca deverá contar com Átila e Vagner para o “jogo sujo”, e o desfalque de Bábby não deve fazer tanta diferença já que pivô 5 no Flamengo (com a licença do exagero) vive com torcicolo de tanto ver a bola viajando nos tiros da poderosa artilharia de seus alas.

O time de Assis terá força máxima (não conto Mosso, afinal ele ainda não jogou na temporada). Calderón joga(atualização 17h - acabo de receber a informação de que Calderón não joga), Adriano joga, Tony teve tempo para se acertar com o resto do time, e se a turma do Carlão quiser impor alguma dificuldade para o vice-campeão da América do Sul, o ataque será o ponto fundamental, principalmente com Gianechinni e Matão. Defender o poderio ofensivo do Flamengo é muito complicado, então, penso que a empolgação e o ímpeto ofensivo são peças fundamentais para um jogo parelho. No grito da torcida, e em um dia inspirado, o Assis Basket pode equilibrar a partida. Sem felicidade no ataque, as coisas ficam muito difíceis.

Fosse eu o Carlão, apostaria em uma tática meio kamikaze mesmo, de trocar pontos o máximo possível com o Flamengo. Tentar levar a partida no calor do ginásio, no clima da torcida e na empolgação dos próprios jogadores. Se não desse certo, pelo menos o espetáculo estaria garantido.

As chances de Assis bater o Flamengo são muito pequenas. O torcedor deve pensar nisso até como modo de aproveitar o entretenimento. O dia é de ir ao Jairão e assistir a uma partida bacana.

Curtam o jogo ! ! !

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ações de comunicação do Assis Basket

Pessoal, como havia dito, o Marcus Gil, responsável por todas as ações de comunicação do Assis Basket, esteve na Rádo Difusora para falar das iniciativas bastante elogiadas pela mídia que a equipe está tendo.

Quem não conseguiu ouvir a entrevista ao vivo pode ouvir trechos aqui no blog. Separei em três partes. A entrevista foi feita por Gêronimo Paes e este blogueiro que vos escreve




Parte 1 - Vídeos "virais" e transmissões via twitcam




Parte 2 - Treinamento de mídia da Rede Globo e fortalecimento da marca "Assis Basket"




Parte 3 - Melhorias na publicidade dentro do Ginásio

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ouvidos atentos


Amanhã, às 17h30, a Rádio Difusora de Assis receberá em seus estúdios Marcus Gil, responsável pelas ações de comunicação e marketing do Assis Basket.

Será um espaço bacana para falar das promoções que o time começará a realizar na sexta-feira, dia 3, e todas as outras ações de marketing que a equipe vem realizando. Vale lembrar que os vídeos “virais” do Assis Basket e as transmissões das partidas via twitcam ganharam repercussão na mídia nacional.

Se você é de Assis ou região, sintonize na 1140 AM. Quem está mais longe pode acompanhar pelo www.difusoraassis.com.br .

A entrevista será comandada por Geronimo Paes e por este blogueiro que vos escreve.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Mais um na estante


Brasília fez 96 a 86 no Flamengo e ganhou o Sul- americano de clubes pela primeira vez. O Rebote e o Bala na Cesta escreveram o que de mais importante aconteceu no jogo de ontem.

De minha parte, deixo os parabéns para o time da capital federal, mas principalmente as saudações para Nezinho, Alex, Arthur, Cipriano e Tischer. Os cinco jogadores fizeram parte do COC/ Ribeirão, e com o mais um título se consolidam como um dos grupos mais vitoriosos do basquete nacional.

A expectativa agora é em relação ao NBB 3. Será que Flamengo e Brasília decidirão novamente?

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Legião Estrangeira

O anseio pela melhora na qualidade do basquete jogado no Brasil é muito grande. Todos que vivem no meio do esporte discorrem teorias sobre o que pode ser feito para mudar o panorama de um âmbito doméstico medíocre e resultados internacionais pouco expressivos.

Assim como alguns colegas blogueiros e tuiteiros, penso que os clubes do basquete masculino e feminino devem dar mais oportunidades para jovens talentos. O Fábio Balassiano, do Bala na Cesta, não se cansa de falar de Damiris e Nádia, para citar exemplos das meninas. Outros tantos especialistas elogiam a atitude do Paulistano em repatriar o ótimo Jordan Burger, de 19 anos.

Na contramão do ideal, tenho notado que já há algumas temporadas, mas em especial nesta, os clubes do Brasil estão contratando jogadores estrangeiros “de balde”. No NBB 3 tem sérvio, dominicano, cubano, argentino, moldávio e americanos, é claro. Não há problema algum na contratação dos “gringos”, o problema está no critério utilizado e como isso pode ser prejudicial para o basquete nacional.

Em 2008, Bauru trouxe o desconhecido Larry Taylor(foto). Dizem que foi um baita golpe de sorte, já que o atleta teria sido contratado por 3 mil dólares. Pouco importa se foi por 3, por 5 ou por 500 cruzados, o importante é que o simpático Larry conseguiu desempenhar um grande trabalho e hoje é um dos melhores estrangeiros em atividade por aqui.

Taylor agrega muito ao time e ao nível de qualquer jogo que disputa. O mesmo acontece com Collum (Uberlândia), Shammel (Pinheiros), Stockman (Assis), Dusan (Cetaf) e mais alguns outros. Caras assim chegam ao Brasil e elevam o nível de exigência dos defensores, servem de espelho para os garotos e ajudam a encher ginásios.

Há outros caso em que times simplesmente vão à feira e colocam na sacola os produtos oferecidos pelos agentes de jogadores, sem nem ao menos dar uma escolhida no material. O torcedor assisense sofreu com Rashad West, o de Barueri não entendeu a aquisição de Omare. Os dois armadores tiveram desempenho pífio no campeonato estadual de São Paulo.

Também existem casos de estrangeiros que não necessariamente foram ou são fiascos, mas que seguramente poderiam ceder lugar para alguma jovem promessa brasileira. O dominicano Ramon faz boas partidas em Limeira, mas será que não existe algum jovem armador com potencial para se desenvolver no clube paulista? O hermano Figueroa está ajudando o Pinheiros, mas convenhamos que ele não é mais solução do que Thiaguinho e Gustavinho, que lá estão desde a última temporada.

È possível citar mais exemplos de estrangeiros que estão por aqui e que não solucionam os problemas das equipes em que atuam. Se for para ser “mais um na multidão” não vejo razão para deixar de lado bons garotos brasileiros. Soriani, Vinicius Pastor, Nasrudin, Cássio Leal e Michel são exemplos de jogadores da faixa de idade de 19 a 23 anos que foram muito bem nas categorias de base, mas que atualmente amargam a incerteza do mambembe basquete da segundona paulista.

Se ninguém ganha ou perde sozinho, os clubes também poderiam parar de reclamar de falta de apoio e começar a olhar para os jovens que eles mesmos produzem, e que alguns simplesmente abandonam em detrimento dos estrangeiros.

O futebol tem um exemplo marcante da importação sem critério. A Itália passou anos valorizando forasteiros medíocres, e hoje está suando sangue para montar uma seleção digna.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Considerações sobre a queda

A campanha do Assis Basket é péssima desde o início da fase de repescagem do campeonato paulista. Sem segurança nos jogos em casa, sem força fora dela, o time está caindo vertiginosamente nos últimos confrontos.

Pior do que o número de derrotas é o que elas podem representar. Permitindo-me uma análise subjetiva, penso que a confiança começa a ficar escassa no time azul e branco. Já fiz um post falando sobre a queda de rendimento de Luciano Matão, porém, com os seguidos resultados negativos, não há cestinha que consiga reerguer um grupo pressionado, cabisbaixo e ansioso.

É praxe no meio esportivo dizer que o melhor remédio para a crise é o trabalho. Não duvido de empenho dos jogadores, e a medida do esforço pode até ser intensificada, se necessário. Contudo, não há que se esperar que apenas o trabalho resolva o fato de o jogador mais eficiente do time na derrota diante do Pinheiros(88x68), no domingo, tenha sido um jogador juvenil, que vem tendo pouco tempo de quadra (Hernandes anotou 7 pts e teve 11 de eficiência).

Adriano, Calderón e Stockman não jogaram contra o time da capital, mas a diferença foi de 20 pontos, sem dificuldades para os mandantes, sem contestação dos visitantes. O momento não é apenas de olhar para as ausências, e sim de encarar uma realidade incômoda. Se todos que fazem parte do projeto Assis Basket – diretoria, comissão técnica, jogadores e torcida – se derem conta das limitações da equipe, será o primeiro passo para uma melhora.

Das partes integrantes do projeto dito, creio que apenas a torcida (ou parte dela) não caiu na real. Gritam histericamente como se tudo fosse um desastre. São os que escolheram derramar lágrimas sobre o caixão do Conti Assis. O problema é que para os que insistem em chorar copiosamente, a realidade não chegará, a não ser que eles prefiram chorar também sobre o caixão do Assis Basket.









PS: Quero lembrar os leitores que a situação atual descrita no post foi alertada previamente. Basta ver o link http://gatilhaco.blogspot.com/2010/10/as-trombetas-soarao.html

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O motivo

O Assis Basket joga hoje contra o XV de Piracicaba, em “Pira”. O jogo não vale absolutamente nada para as duas equipes, talvez valha um pouco mais para Atoine Mathew Stockman(foto), armador de Assis, ganhar ritmo de jogo.

Escrevi o nome completo de Tony, pois se qualquer leitor consultar a situação do nome escrito, junto ao site do Ministério do Trabalho (mte.gov.br), verá que a documentação do jogador foi deferida, mas ainda aguarda publicação no boletim do Ministério para que ele possa entrar em quadra pelo NBB3.

Stockman não jogou contra o Paulistano por conta da documentação, e não por uma eventual dor na perna ou quaisquer outros motivos que foram ditos nos orkuts da vida. O atleta atuou, e deve atuar hoje, pelo campeonato paulista, pois a Federação não se atentou para alguns dados. Se houve falha, foi de checagem do órgão que organiza o estadual.

Antoine Mathew Stockman não joga contra o Pinheiros, mas Pedro Ignácio Calderón já poderá entrar em quadra no domingo. Por já estar atuando no Brasil desde o início da temporada, obviamente não houve burocracia na inscrição do pivô.

Como diz um amigo: é isso aí.

A novidade veio de Rio Claro

Quando um elenco que tem sérias limitações consegue resultados surpreendentes, uma das primeiras análises que se faz é valorizar o trabalho do treinador. Quando o treinador é pouco badalado no meio do basquete, todos ficam querendo achar explicações para a surpresa.

Nos blogs ou sites especializados em basquete, nunca li nenhuma análise, comentário ou sequer menção honrosa ao trabalho de Marcelo Tamião(foto) no basquete rioclarense. Ontem, comandando um elenco muito limitado, o técnico conseguiu a proeza de vencer com autoridade o Paulistano – 74 a 62 – e garantir vaga nas quartas de final do campeonato paulista, via repescagem.

Depois das seis melhores campanhas, que antecipadamente garantiram vaga nos play-offs, os outros times se equivalem. Penso que o Paulistano está em um patamar acima das outras equipes da repescagem, logo, o fato de Rio Claro já ter garantido sua participação na próxima fase antes do clube da capital é de se tirar o chapéu.

Gosto do armador Alexandre (fez um bom NBB2 pelo Cetaf). Os outros jogadores de Rio Claro sempre foram voluntariosos, esforçados, mas nunca de grande destaque nos times que passaram. Com Tamião, Atílio e Léo estão muito bem no garrafão; Thiago e Borracha têm sido seguros nas laterais e o time nem precisa do norte americano Addai.

Quem acompanha a base do basquete de São Paulo conhece o trabalho do técnico de Rio Claro, sabe inclusive que ele já recebeu críticas por uma eventual limitação no trabalho tático de suas equipes. A classificação para os playoffs do estadual, suplantando o Paulistano, é um prêmio para Marcelo Tamião. O esforço é tão recompensável quanto o talento.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Números - Parte 2

O basquete masculino de Assis disputa a primeira divisão paulista desde a temporada 2003/2004.

Com a derrota de ontem diante de Rio Claro, e a eliminação no estadual, é a terceira vez que o basquete assisense fica fora da fase de mata-mata do paulistão.

Como Conti/Assis, o time não passou para as quartas em 2003/2004 e em 2004/2005, ambas campanhas com Urubatan Paccini como técnico.

Na curta história de primeira divisão do basquete masculino de Assis, apenas sob o comando de Marco Antonio Aga(foto) o time avançou para os play-offs.

Números - Parte 1

No último post falei sobre a queda de rendimento de Luciano Matão(foto), cestinha do Assis Basket na temporada e 10º maior pontuador do campeonato paulista.

O lateral foi elogiado por Wlamir Marques e Cledi Oliveira na derrota de Assis para São Caetano, mas tem números que comprovam a diminuição de pontos, e podem mostrar a dificuldade que Assis teve em repetir na repescagem as atuações da primeira fase.

Na primeira etapa do estadual, Matão jogou 14 partidas, e teve média de 16,9 pontos. Suas melhores marcas foram na derrota para São Caetano, no Jairão (28), e nas vitórias contra Limeira e Sorocaba (24 pts nos dois jogos). Além disso, Matão fez 20 pontos na vitória diante de Franca, em Assis. Nas derrotas contra Franca e Araraquara, fora de Assis; e Paulistano, no Jairão, o jogador esteve abaixo da média (12 – 14 – 12 pts respectivamente).


A partir da fase de repescagem, e somando as duas partidas que o Assis Basket fez no NBB3, Matão esteve em quadra 11 vezes. A média caiu para 12,9 pontos por jogo, sendo que em cinco partidas ele fez menos de 10 pontos (Palmeiras, Barueri, Rio Claro e Paulistano, fora de Assis; e Rio Claro, no Jairão).

Enquanto Matão esteve carregando a pontuação do time, o Assis Basket obteve bons resultados, inclusive surpreendendo equipes mais fortes (Franca e Limeira, por exemplo). A partir da queda de rendimento do jovem ala, o escolta Ricardo Gianechinni deixou de ser o bom coadjuvante/criador, para assumir o papel de cestinha. Resultado: menor aproveitamento de todo o time.

Fim da linha

elenco que disputou maior parte do estadual 2010

Ontem, o campeonato paulista acabou para o Assis Basket, após a derrota por 69 a 61 para Rio Claro( 20 pts de Gianechinni e apenas 3 de Luciano Matão). Uma eliminação antes da fase de play-offs – o que não acontecia desde 2004/2005 – não era o que a cidade esperava, mas basta entender um pouco de basquete para saber que não há nada de espantoso, tanto quanto não há nada de vergonhoso de fato.

Araraquara, Franca, Limeira, Bauru, Pinheiros, São José e Paulistano, por exemplo, possuem elencos melhores e mais caros que Assis. Não há como esperar que se faça algo maior do que lutar por uma oitava vaga. Foi o que ocorreu até ontem.

A disputa da repescagem estava entre equipes totalmente equivalentes em relação aos seus elencos. Dizer que a campanha assisense foi vergonhosa é não olhar para as limitações dos comandados de Carlão, e para as qualidades dos outros que disputam o oitavo posto. Um exemplo: ontem o time foi limitado nos rebotes (35 para Rio Claro, contra 27 de Assis), faltou uma peça de reposição para o contundido Adriano, logo, Atílio e Léo somaram 30 pontos no garrafão doa donos da casa.

Houve pontos altos na campanha do paulistão, como as duas vitórias diante de Limeira e a vitória contra Franca, no Jairão. Coincidentemente ou não, a maioria das grandes atuações do Assis Basket teve como destaque Luciano Matão, 10º cestinha do certame, que contra Rio Claro converteu apenas um arremesso de quadra e vem caindo muito de produção. Depender da consistência – ou falta dela – de um jovem de 24 anos com pouca rodagem no basquete adulto brasileiro é o ônus de se ter um time com média de idade de 24,1.

Não há motivo para que procurem culpados, ou para dizer que tudo está errado no Assis Basket. Ao contrário, dá pra pensar em melhores atuações com a chegada de Stockman (ainda tímido ontem – 14 pts) e Calderón. No entanto, pensar que existe obrigação de chegar ao mata-mata do NBB3 é exigir demais de um time que ainda está atrás (teoricamente) de pelo menos nove plantéis que disputam o nacional.

A torcida assisense tem duas escolhas: viver como viúva de Fúlvio, Di, Jé e cia (time vice paulista), ou abraçar de vez a “garotada” do Carlão. Quem gosta de basquete não tem dúvida quanto ao dilema. As vacas já não são gordas como em outros tempos, mas tem gente trabalhando para mudar o panorama. Até lá . . . paciência.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A fonte que não seca

Toda vez que vai começar um campeonato o mundo do basquete se pergunta: será que agora os caras de Franca vão arriar?

Quem é do estado de São Paulo, quem é de fora, quem alguma vez acompanhou o basquete nacional, enfim, todos já viram Helinho(foto), Rogério e Márcio decidindo jogos e ganhando dos melhores times do país.

Ontem os francanos estrearam no NBB3 com uma missão mais dura do que vencer Brasília: provar sua longevidade.

É fato que o time do interior paulista se reforçou com peças mais jovens, como Dedé e Fernando Pena, e conta com o garoto Benite, mas os pilares da equipe continuam sendo os mesmos. Apenas dois jogadores do time de Hélio Rubens fizeram mais de 10 pts na vitória por 69 a 67 diante de Brasília: Helinho (12 pts) e Márcio ( 17 pts). O bom William Drudi ainda contribui com 11 rebotes, e Ricardo Probst terminou com 13 de eficiência.

Franca venceu o jogo contra o atual campeão nacional, contra grandes rivais (Nezinho, Alex e Arthur sempre se estranham com Helinho e cia) e contra a idade que, a cada dia que passa, parece não afetar o time de Hélio Rubens. Somando os anos de Helinho, Márcio e Rogério, chega-se ao número 108. Os três preferem outro tipo de conta: a soma de títulos. Até quando?

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Do forno

O Gatilhaço está descansando um pouco no feriado, mas a partir de terça-feira tudo voltará ao normal com as informações sobre a partida entre Assis Basket x Rio Claro.

Tem uma notícia quentinha: Calderón já está em Assis. Ele veio com o time de São Paulo após a partida contra o Paulistano.

Até mais ! ! !

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Promoção Camiseta do Assis Basket - Resultado

No vídeo abaixo está o resultado da promoção. Tentei fazer o vídeo para vocês acreditarem na integridade do sorteio, e, como disse no próprio vídeo, fiz desta forma pois não tive 45 mil reais para contratar os serviços da Balassiano's Young and Family.

Veja se você ganhou ! ! ! !


quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Fôlego

Hoje a noite tem rodada do campeonato paulista de basquete. O seis melhores times do certame entram em quadra para que se comece a definir as posições de 1º a 6º lugar da fase pré playoffs.

Regulamento esdrúxulo à parte, já está na hora de pararem com a disputa de estaduais e NBB simultaneamente. No Rio, o Flamengo está passando por uma maratona desgastante, apesar de sobrar nos cotejos de lá, Minas tem dois times que de equivalem, mas São Paulo tem um torneio equilibrado que leva as equipes ao máximo do esforço.

A primeira rodada do NBB3, por exemplo, mostrou uma surra de Brasília sobre São José, que um dia antes, jogara contra a forte equipe de Franca. Além disso, a bola é diferente, as dimensões de linha de 3 são diferentes e as regras são diferentes. O nível técnico da competição fica muito prejudicado, e o desempenho das equipes no torneio nacional acaba comprometido.

O campeonato paulista é tradicional, com equipes fortes e mobiliza muitas cidades do interior, contudo já está na hora de um calendário mais apropriado que não permita hiatos de quatro meses sem atividades e maratonas desgastantes em determinados períodos.

Jogos de hoje do campeonato paulista

20h – Limeira x São José – Ginásio Vô Lucato, em Limeira
20h – Franca x Bauru – Ginásio Pedrocão, em Franca
20h30 – Araraquara x Pinheiros - Ginásio "Décimo Chiozzi", em Matão (transmissão da ESPN Brasil)
*foto do time de São José dos Campos, atual campeão paulista.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Armador do Assis Basket pode ficar fora novamente

Tony Stockman(foto) desfalcou o Assis Basket na primeira rodada do NBB3, na derrota diante de Joinville, no último dia 07, e o armador norte americano pode ficar de fora da partida contra o Paulistano, no domingo, dia 14.

Segundo a diretoria do time, Tony não jogou contra a equipe catarinense por não estar com sua situação regularizada junto ao Ministério do Trabalho, e por conseqüência à LNB.

Saulo Ferreira da Silva Júnior, membro da diretoria do Clube Campestre, entidade responsável pela gestão das atividades do Assis Basket, explica que a regularização do jogador ainda está em tramitação junto ao Ministério do Trabalho, em Brasília. “O Ministério passou a fazer novas exigências para a liberação de vistos de trabalho e estamos correndo para cumpri-las”, conta o dirigente.

Em relação ao jogo contra o Paulistano, válido pelo NBB3, Saulo Ferreira pergunta e responde: “se ele joga domingo? Como eu disse, estamos fazendo o possível para liberá-lo, mas em se tratando de Ministérios, não garanto nada”, avisa.

Paulistano e Assis Basket se enfrentam no domingo, 14, na capital paulista.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Sobre a revista ESPN e Oscar Schmidt

A edição do 1º aniversário da Revista ESPN elegeu os 50 maiores eportistas brasileiros em todos os tempos. Pelé foi hors-concours, Senna ficou em primeiro, Garrincha em segundo, e Adhemar Ferreira da Silva completou a trinca inicial.

Para felicidade da maioria dos basqueteiros, Wlamir Marques ficou na 9º colocação e foi definido pela revista como “o maior jogador brasileiro de basquete de todos os tempos”. Achei uma definição correta, apesar de não ter visto Wlamir jogar. A opinião se justifica pelos números, pela história, pelos títulos e pelos relatos. Assim como um jornalista de 25, 30 ou até 40 anos pode falar bem de Garrincha, mesmo sem ter assistido aos dribles do ex-botafoguense.

Na mesma edição da revista, o comentarista dos canais ESPN, Zé Boquinha, disse que Oscar Shmidt, eleito o 14º maior esportista brasileiro, era uma espécie de Denis Rodman daqui. Segundo Zé, “Rodman só sabia pegar rebote, Oscar só sabia chutar”.

Concordei com o que o ex-técnico de Oscar disse, levando em conta o que vi de atuações dele em Flamengo, Mackenzie, Corinthians e seleção brasileira. É claro que Oscar não era um jogador que ficava plantado em um lugar da quadra esperando a bola chegar nele para fazer o arremesso. Parece-me óbvio também que Zé Boquinha não quis dizer que ele não sabia fazer uma bandeja, efetuar uma finta, um drible, dar uma enterrada. O comentarista foi hiperbólico para definir o cestinha que teve como principal característica em toda a carreira o arremesso de longa distância.

Frases como estas são comuns no meio esportivo para a definição de características. Quem nunca ouviu que o Rivaldo só batia de esquerda? Não quer dizer que ele nunca fez um gol de perna direita. Quem nunca disse que é só deixar o Rondo chutar, já que ele tem um mau arremesso? Não quer dizer que ele nunca tenha feito uma bola de fora na vida.

Aconselhado pelo Fábio Balassiano, do Bala na Cesta, fui procurar vídeos do Oscar da época em que ele jogava na Itália. Realmente há lances de bandejas, algumas infiltrações e até enterradas. A maioria das belas imagens, porém, são de tiros de longa e média distância. Foi esse tipo de jogada que marcou a carreira de Oscar Schmidt, um jogador que não foi da importância de Wlamir e Amaury, mas também não foi qualquer um, como alguns tentam estabelecer.

Polêmicas lingüísticas à parte, se Oscar “só chutava” ele foi o melhor brasileiro em todos os tempos no quesito. Penso que isso não é pouco, assim como penso que - pelos relatos históricos – houve jogadores mais completos.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Rodada de domingo - Artilharia do Pinheiros, o time do CECRE/VItória e a vitória de Joinville



CETAF 80 X 95 PINHEIROS (Em Vila Velha – ES)
A rodada de domingo confirmou uma coisa no NBB3: o Pinheiros é postulante aos primeiros lugares.

Parece meio óbvio tanto quanto precipitado dizer isso no momento, mas o time da capital paulista tem um poder ofensivo muito forte. Foram 204 pontos em duas partidas. Se na estreia os paulistanos enfrentaram o remendado CECRE/Vitória, ontem o adversário foi o bom time do CETAF. Os dois jogos foram no Espírito Santo.

Marquinhos fez 27 pontos em favor do Pinheiros. 45 dos 80 pontos capixabas vieram dos gringos Owens (13), Dusan(14) e Riddick (18).



CECRE/VITÓRIA 81 X 78 PAULISTANO (Em Vitória – ES)
Por falar em capixabas, o CECRE/Vitória teve um “time de verdade” à disposição de Enio Vecchi e conseguiu bater o Paulistano.

O “pacotão” de reforços foi para o jogo. Resultado: 23 pontos de Eddy, cestinha do cotejo, e 21 pontos do bom Guilherme (esse cara deveria ser mais valorizado). Rafú, De Jesus e Vega, jogadores que estavam na disputa do paulista, também fizeram suas estreias.

Jordan Burger parece estar começando a se soltar no Paulistano. Foi a segunda partida consecutiva com mais de 10 pontos do rapaz, ontem foram 14.



JOINVILLE 74 X 69 ASSIS BASKET (em Joinville – SC)
O Assis Basket estreou em Joinville, mas sem poder contar com Tony Stockman. Mesmo assim fez jogo parelho com os catarinenses, mas o melhor elenco dos donos da casa foi fundamental.

Manteiguinha anotou 19 pontos na primeira vitória de Joinville no NBB3. Giannecchini, de Assis, fez 21 e foi cestinha do jogo.

O time de Alberto Bial tem que abrir o olho. Derrota contra Bauru e mau primeiro tempo contra Assis nos dois jogos iniciais. Assis aguarda a estreia dos reforços Tony e Calderón. Aliás, vários jogadores não estrearam quando deveriam. Tony, Dusan,Owens, Riddick Eddy e Guilherme, por exemplo, já estavam em seus times, mas não tiveram situação regularizada para jogar na primeira partida de suas equipes. Erros dos clubes ou da Liga?

sábado, 6 de novembro de 2010

Promoção - Camiseta Assis Basket


Como prometido, eis aqui a primeira promoção do Gatilhaço.

Para ganhar a camisa do Assis Basket você deve mandar um email para airmodesto@gmail.com dizendo o nome de 3 países que possuem jogadores no NBB3, não vale dizer Brasil. Somente as respostas certas vão concorrer.

A promoção vai até o dia 13/11 . No dia 14/11 eu divulgo o nome do ganhador no Blog.

Valendooooo!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A elegância argentina se despede

Em 2002, este blogueiro era um garoto que sonhava ser jogador de basquete profissional. Eu atuava pela equipe infantil de Assis, era um dos armadores do time que foi vice-campeão da Liga Oeste Paulista da temporada.

Quando os treinos acabavam, entre agosto e setembro daquele ano, corria par a casa de um companheiro de time, Guilherme, o único da galera que tinha ESPN em casa. Saíamos da quadra, pegávamos a bicicleta e menos de 10 minutos após o treino ter acabado já estávamos em frente a TV, assistindo ao Mundial de basquete masculino de Indianápolis.

Pouco informado que era, fui apresentado ali a Pau Gasol, Bodiroga, Dirk Nowitzki, entre outros. Porém, fiquei apaixonado pelo time argentino que fez 78 a 67 no Brasil. A partir daquele jogo, minha referência não era mais a NBA, era Sanchez, Sconochini, Ginóbili, Scola e Oberto(foto).

Os dois últimos passaram a ser meu modelo de dupla de pivôs, jogadores de tábua que sabem pensar, ler e sentir o jogo de basquete.Sobre o Scola todos já falaram, ainda mais após a atuação de gala na eliminação brasileira do mundial deste ano, mas Oberto também era fantástico .Enquanto Scola deslisava no garrafão, Oberto abria as clareiras dos rebotes, fazia o famoso pêndulo no poste baixo, sempre pronto para receber assistências. Fabrício Oberto tinha o dom de jogar embaixo da cesta, mas sem precisar ficar trombando, batendo as costas nos adversários. Ele sempre soube ser xerife, mas nunca perdeu a classe, ostentando seus cabelos loiros e sua pinta de galã.

Ontem, Oberto anunciou que está encerrando a carreira devido a problemas cardíacos. O jogador que possui um anel de campeão da NBA, pelos Supurs, disse ter se sentido mal durante um jogo entre seu atual time, Portland Trail Blazers e o Milwaukee Bucks, no início da semana. Com 35 anos, Oberto disse que tomou a decisão pensando na família.

Precocemente, já que o pivô tinha lenha para queimar na NBA e até por mais alguns anos no basquete argentino, Oberto passa a ser lembrado como um verdadeiro leão em quadra, mas que tinha uma baita elegancia ao rugir. O basquete mundial, principalmente o argentino, lembrará dele como parte da inesquecível geração dourada de 2004.

Obrigado pelos serviços prestados, Oberto!

Invasão ! ! !

O pessoal do Draft Brasil e o Balanacesta não gostam do termo, mas aí vai mais um vídeo de "Marketing Viral" do Assis Basket.

Para quem não é da cidade, o vídeo foi gravado no supermercado que patrocina a equipe.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Muito obrigado ! ! !

O blog está no ar desde quinta-feira passada e hoje, uma semana depois, passou da marca dos 1000 acessos.

Obrigado aos que incentivaram a iniciativa e aos que ajudam a fazer o Gatilhaço.



Situação do Assis Basket no estadual

Esse post é especial para os torcedores do Assis Basket, principalmente para o pessoal da comunidade do Orkut.

Restam dois jogos para o Assis Basket na repescagem do campeonato paulista. A conta para conseguir a classificação é relativamente simples: vencer as duas e torcer para uma derrota de Amricana ou São Caetano, já que o time tem confronto contra Rio Claro.

Segue abaixo a classificação da repescagem até aqui, os jogos restantes para os principais concorrentes e um breve comentário sobre eles.

*pontos/jogos/vitórias

PAULISTANO 27 /16/ 11

ASSIS BASKET 25/ 16 /09

RIO CLARO 25 /15/ 09

AMERICANA 25 /15/ 09

SÃO CAETANO 25/ 15/ 09

SOROCABA 23/ 15 /08

PALMEIRAS 23/ 16/ 07

XV DE PIRACICABA 21 /15/ 06

BARUERI 20 /15/ 05

SÃO BERNARDO 20 /16 /04


Jogos de Rio Claro
13/11 - Rio Claro x Americana - Confronto direto por vaga, vantagem para o time que joga em casa.
16/11 - Assis Basket x Rio Claro - Confronto direto com Assis sem poder pensar em derrota.
19/11 - Rio Claro x Paulistano - Paulistano já classificado e dividido entre estadual e NBB. O time do interior tem mais interesse no jogo.

Jogos de Americana
13/11 - Rio Claro x Americana - Confronto direto por vaga, vantagem para o time que joga em casa.
17/11 - São Bernardo x Americana - Jogo fora de casa contra um time que só cumpre tabela. Pode ser uma partida fácil para o time do interior.
20/11 - Americana x Palmeiras - Em casa, contra um time que já não tem chances. Pode ser vitória fácil.

Jogos de São Caetano
12/11 - XV x São Caetano - Os franco atiradores do ABC, motivados, podem vencer fácil.
17/11 - Barueri x São Caetano - Os mandantes estarão desinteressados, mas Barueri tem melhorado na reta final.
20/11 - São Caetano x São Bernardo - Jogo simples para São Caetano contra o eliminado São Bernardo.


Olhando para a tabela, penso que o mais complicado para o Assis Basket será uma derrota de Americana.

Acedito que Rio Claro perde para Assis e para Americana.

São Caetano tem adversários mais simples, mas o time gosta de fortes emoções, não tem instabilidade e deve tropeçar no XV ou até mesmo em Barueri (duelo entre os triângulos ofensivos de Marcel e Pizza).

Americana tem o jogo chave contra Rio Claro. Se vencer, terá mais facilidade e motivação para derrotar São Bernardo, mesmo no ABC, e passar fácil pelo Palmeiras em casa.

Portanto, além de fazer o dever de casa e beliscar uma vitória em Piracicaba, o Assis Basket deverá fazer figas, na minha opinião, direcionando os dedos para os jogos de Americana.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

"Vim, vi, venci"


Tony Stockman (foto) chegou em São Paulo na manhã de quarta-feira (03/11). A comissão técnica do Assis Basket foi recepcionar o jogador no aeroporto e quando ele desceu do avião, correram para regularizá -lo junto a FPB.

Tony Stockman não treinou com o time do Assis Basket, no máximo deve ter conversado com os atletas que já conhecia (Cauê e André, por exemplo), se apresentado aos desconhecidos e saudado o antigo técnico dos tempos de basquete mexicano: Carlão.

Tony Stockman teve a situação regularizada e foi para o jogo contra Barueri. Com a camisa que pertencia a West, com o nome de West nas estatísticas da federação paulista.Tony esteve em quadra por quase 30 minutos. Sem nunca ter treinado com o time, sem conhecer o sistema, sem conhecer alguns atletas.

Tony Stockman fez 21 pontos, pegou 4 rebotes, deu 4 assistências, roubou uma bola, teve 15 pontos de eficiência. Ele ajudou o time de Assis a fazer 100 a 96 em Barueri, na prorrogação, com 23 pontos do cestinha Matão. Ajudou o Assis Basket a sobreviver na briga pelos playoffs. O adversário foi o pior time do campeonato, é verdade, mas Tony Stockman participou ativamente do triunfo que deixou o time assisense com nove vitórias, empatado na segunda colocação com Rio Claro, Americana e São Caetano.

Tony Stockman volta para Assis no mesmo ônibus que seus novos companheiros de time, para sua nova cidade, para conhecer o Jairão, a torcida...

Tony Stockman é o armador do Assis Basket na temporada 2010/2011.

"You say goodbye and I say hello"



Pode ser hoje, às 20h,na partida contra o Barueri, a estreia de Tony Stockman (de vermelho) com a camisa do Assis Basket.

Por volta das 10h, conversei com o preparador físico do time, Rubens Copche, que estava já no aeroporto, em São Paulo, aguardando o desembarque de Tony. Rubens disse que assim que o norte americano chegasse, eles cuidariam da regularização do atleta junto a Federação Paulista de Basquete.

A pressa em regularizar Tony se deve ao fato de Rashad West(de branco) já não fazer parte do elenco do Assis Basket. O armador jogou 19 partidas, com médias de 8.9 pontos, 2.6 assistências e 2.3 bolas perdidas.

Tony chega, e quem o conhece diz que ele vai querer jogar hoje. Quanto a West, não deixará saudades no torcedor assisense.


Atualizado em 03/11/2010, às 18h

Acabo de receber a informação de que Tony Stockman conseguiu a regularização e já está a disposição do Assis Basket para a partida contra Barueri.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

O que é isso, companheiro?

O twitter tem se mostrado uma ferramenta polêmica no meio esportivo. A liberdade de opinião dos atletas acaba se tornando um "tiro no pé" de alguns, como nessa declaração triste que o ala Cauê(foto), do Assis Basket, postou no twitter após o resultado das eleições de domingo.

@caue_04 q se faça um projeto pra separar o nordeste do resto do brasil. #sefudenordestinos

O link está aqui http://api.twitter.com/#!/caue_04/status/29319956722

Lamentável.

Algum fã do basquete concorda?

Olho neles !

A primeira rodada do NBB3 teve seus maus momentos. O Pinheiros deu uma surra colossal no CECRE/Vitória, São José apanhou de Brasília apenas um dia após enfrentar Franca pelo paulista e parte do ginásio Gigantão desmoronou. Mas dentro de quadra houve uma grata surpresa: Araraquara.

Quem tem acompanhado o desempenho do time no Campeonato Paulista pode não se espantar tanto, mas a derrota que os comandados de Daniel Watfy impuseram ao Minas(93x74), mesmo mandando o jogo em Limeira devido ao acidente em seu ginásio, foi para apresentar credenciais um pouco melhores para a disputa do restante da competição.

Foi apenas o primeiro jogo, tem muita água para passar por baixo da ponte, mas o elenco grená tem bons valores individuais. Quem é de Assis sabe do que Mark Borders é capaz, e ao que parece ele nem teve seus melhores dias em Araraquara. Jeferson Sobral(de camiseta branca) anotou 33 pontos contra os mineiros e se mantiver uma regularidade pode ser a segurança ofensiva de um time que ainda tem o bom Fernando como opção para as posições 3 e 4.

A deficiência maior é na posição de pivô. Ainda sim, Deivisson iniciou o NBB com 20 pontos e 12 rebotes. O "cincão" de Araraquara é um jogador muito técnico, com um gancho de direita quase infalível e razoável arremesso de média. Se encontrar a regularidade que não teve em Assis e Franca pode resolver a principal deficiência do time e se tornar confiável o bastante para que Araraquara continue desbancando boas equipes e possa almejar os playoffs.

Personagem

O colega Felipe Portes, estudante de jornalismo e militante do jornalismo esportivo, fez essa matéria sobre o zelador do Monstrinho, ginásio ourinhense palco de vários momentos importantes do basquete feminino brasileiro.

O blog também abre espaço para hitórias bacanas como a de Sete.

Por trás dos títulos do basquete feminino
Felipe Portes

Para quem desconhece a história do basquete ourinhense e chega ao Ginásio Municipal José Maria Paschoalick, o “Monstrinho”, nas manhãs de segunda à sexta, não deve dar muita atenção para aquele pequeno homem que vive de um lado para o outro na quadra e fora dela,arrumando tudo que possa estar fora do lugar. Porém, a importância de Antonio Carlos da Silva, o “Sete”(foto), para este período tão glorioso para a modalidade, é vital e reconhecida pelos aficcionados pelo esporte.

Com 40 anos de Ourinhos, Sete está desde o ano 2000 na delegação ourinhense, veio à convite do Secretário de Esportes da época e com o consenso das atletas que integravam o elenco adulto. Extremamente humilde e prestativo, Antonio contou algumas histórias sobre este período na sua carreira, que foi não só importante para a sua satisfação, quanto para a da cidade em si.

Começa lembrando de quem sempre lhe apoiou.Sua mulher, Lourdes Henrique da Silva,além dos treinadores do time, que lhe deram o respaldo necessário no seu ofício, elogiando bastante também o atual técnico, Urubatan Paccini. Muito grato, comenta que é importante citar quem mais deu força em sua caminhada. Enquanto prepara alguns equipamentos e toma conta da quadra, vai comentando com certo carinho o tempo que passou envolvido com o basquete. Jogadoras como Janeth, foram suas “colegas de trabalho”, pode se dizer assim, além da idolatria. “A Janeth jogava muita bola. Sempre fui fã dela, mesmo antes de vir trabalhar aqui em Ourinhos. Sempre conversava comigo, gostava muito dela aqui no time”, comenta orgulhoso.

Ao todo, Sete já “coleciona” cinco títulos brasileiros, quatro paulistas, além de outros torneios regionais e medalhas em Jogos abertos. Sabe de cor e salteado os anos e os adversários batidos. Inclusive cita a decisão do Brasileiro de 2006 como o jogo mais marcante de sua vida, contra Americana. “Ganhamos por apenas um ponto, na prorrogação. O jogo foi lindo, emocionante, mostrando a garra que as nossas meninas tinham. E ganhar em casa foi sensacional, nunca vou me esquecer deste dia.”

De acordo com ele, a interação com os munícipes é muito boa, diz receber muito carinho dos fãs do basquete. “O povo daqui tem uma paixão enorme pelo esporte, sempre me cumprimentam na rua, não importa se perdemos ou ganhamos. É lógico que ouço piadinhas quando saímos com a derrota, sempre me cobram dizendo: Pô, Sete, você deixou elas perderem? (risos) Mas posso dizer que gosto muito dos ourinhenses, eles são muito importantes para mim”, conta.

Não raro é possível encontrar Sete circulando pelas ruas com o uniforme da delegaçãoourinhense. É uma história pouco contada, infelizmente. É importante lembrar o esforço e o bom trabalho que Antonio tem feito, que busca evitar qualquer tipo de problema nos bastidores para as atletas, organizando todo o espaço que envolve o Ginásio. Será que alguém já parou para pensar que a entrada de Sete no Monstrinho coincide com o melhor período de títulos do basquete ourinhense? Pode não ser só coincidência. A cidade toda deve lembrar dele, que esteve e estará por trás, sendo uma das peças fundamentais para as conquistas da cidade no esporte.

sábado, 30 de outubro de 2010

Que nível, hein!


Em Vitória (ES), o Pinheiros acaba de fazer 109 x 56 no CECRE/Vitória. O jogo marcou a estreia dos dois times no NBB3. É a maior diferença de pontos já registrada na história do Novo Basquete Brasil.

Diego anotou 17 pontos para o time da casa, Shamell(foto) foi o maor pontuador com 23 em favor dos visitantes.

É a confirmação do óbvio: os capixabas serão o saco de pancadas do torneio.

As trombetas soarão

Não vai ter jogo fácil. O NBB3 será um campeonato equilibrado e matar um leão por rodada será obrigação de quem almeja os playoffs.

No entanto, a tabela não poderia ter sido mais cruel com o Assis Basket(mero acaso, sem teorias da conspiração, por favor). A sequência inicial do time é assustadoramente complicada e um panorama com sete derrotas em sete jogos não é nada improvável, muito pelo contrário, é perfeitamente possível.

Acompanhe a lista dos sete compromissos iniciais do Assis Basket.

07/11 - Joinville, em Santa Catarina.

14/11 - Paulistano, na capital paulista.

21/11 - Pinheiros, na capital paulista.

28/11 - Flamengo, em Assis.

05/12 - Minas, em Assis.

12/12 - Brasília, no DF.

19/12 - Uberlândia, em Minas.


O Assis Basket joga cinco jogos fora de casa e dois no Jairão. Os jogos em Assis são contra times favoritos ao título, ou no mínimo às semi - finais.

O adversário teoricamente mais fácil é o Paulistano, mas o jogo é em São Paulo.

Somente no dia 07/01 é que Assis enfrenta um time de nível similar (também teoricamente) e em condições favoráveis. O jogo será contra Limeira, no Jairão.

Dá para notar que o início do NBB3 será um prato cheio para os cornetas do basquete assisense.




sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Acidente transfere jogo do NBB3

O jogo entre Araraquara e Minas foi transferido para a cidade de Limeira e será às 15 horas de amanhã. A transferência ocorreu devido ao desabamento de uma das arquibancadas laterais do Ginásio Gigantão, em Araraquara. A informação do acidente foi passada via twitter do técnico de Limeira, Demétrius(@Demetriusbasket).

Com isso, o Ginásio Vô Lucato (foto) terá rodada dupla do NBB3 amanhã.

15h - Araraquara x Minas

18h - Limeira x Uberlândia

Sábado perfeito para os basqueteiros limeirenses.

Rumo ao bi?

Hoje (29/10), no interior de SP, Brasília contou com 31 pontos de Nezinho(foto) para bater São José dos Campos por 78 a 63, no jogo de abertura do NBB3 .

Fúlvio(10pts) e Murilo(9pts) não estiveram bem e ficou evidente a deficiência de São José em relação ao banco de reservas, principalmente pelo fato do time ter jogado, e perdido, ontem para Franca, em partida válida pelo campeonato estadual.



VENCEDOR DA PROMOÇÃO DE BATISMO


Sérgio Stievano(foto) deu a sugestão do nome Gatilhaço na comunidade do Assis Basket no Orkut. Por ter tido a ideia escolhida ele ganhou a mini bola da Nike.

Em breve teremos mais novidades e a partir de agora as promoções serão todas via blog.

Minicraque

Tony Stockman será o armador do Assis Basket no NBB3, mas ele não vem sozinho. Na bagagem Tony vai trazer um "craque promissor".

Conheçam Maddox, filho do simpático casal Britanny e Tony Stockman.

Por um destino animador


Mesmo se não conseguir a classificação para os playoffs do Paulista o Assis Basket pode dizer que fez uma campanha honrosa no torneio. Quando se trabalha com jovens, o modo como se joga é tão importante quanto o resultado. Houve bons jogos e vitórias surpreendentes contra Franca e Limeira.

Contudo, não há dúvida que a melhor jogada do basquete assisense foi a aquisição de dois bons estrangeiros. Tony Stokman (foto - dir.) e Pedro Calderón(foto - esq.) chegam para dar a experiência e o toque de imaginação que faltava ao voluntarioso time de Assis. Stockman já deve estar na cidade no fim de semana, já Calderón aguarda o fim do campeonato estadual para se desligar da Metodista São Bernardo.

Tony já poderia ter sido anunciado logo após o fim da primeira fase do Paulista, mas um problema de comunicação com seu agente fez com que o armador norte americano fosse do Peñarol para o Libertad Sunchales, ambos times argentinos.

O ex-jogador de Franca chega para suprir a ausência de um armador confiável, já que Rashad West foi um tremendo fiasco. Stockman tem bom arremesso de três, visão de jogo e é um dos jogadores mais habilidos com o controle da bola que já passaram pelo Brasil. Se na capital do basquete Tony ficou "intimidado" por Helinho, em Assis ele vai ter a liberdade para armar e ser a fonte criativa do time.
Quanto ao pivô argentino, é uma excelente opção para suprir a necessidade de um "cincão" pesado, artigo tão buscado pela diretoria.

Para quem não lembra, Pedro Calderón "engoliu" David e Marcos Hubner, pivôs de Assis em 2007/2008, na semi final do estadual daquele ano, quando o argentino jogava pela Ulbra São Bernardo, vice-campeã do certame. O repertório do jogador é recheado com arremessos de longa, bom jogo de frente para a cesta e ganchos com as duas mãos.
Já dá para imaginar um quinteto com Tony, Gianechinne, Matão, Adriano e Calderón. A formação daria possibilidades boas para a movimentação dos dois pivôs que podem jogar de costas para a cesta ou arremessando de média e longa. Stockman seria um desafogo a mais para Luciano Matão que está sendo muito bem marcado nas últimas partidas.

As possibilidades de Assis aumentam com a chegada dos dois "gringos". A equipe conta agora com um bom elenco. O problema é que não combinaram nada com ou outros times do NBB3 que também se reforçaram muito.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O melhor NBB - Das oitavas aos 3 últimos.


A briga para ver quem fica com as vagas de 5º a 12º lugar será ferrenha. O equilíbrio nesta parte da tabela é muito grande, principalmente do 8º em diante.

Aqui vai uma breve análise dos meus candidatos aos postos.

5 – Pinheiros

Com “bala na agulha”, o time da capital paulista investiu alto e trouxe João Marcelo Leite para comandar o impetuoso ataque do Pinheiros com Marquinhos, Shamell e Cia.

Ponto forte: Artilharia pesada nas alas.

Ponto fraco: Déficit denfensivo.

Pretensões: Brigar por uma semi.

6 - Joinville

O único representante do Sul conta com um elenco entrosado para tentar ficar na parte de cima da tabela. Alberto Bial segue na batuta.Manteiguinha não terá mais André Goes na ala, mas contará com Paulinho para aumentar a velocidade dos catarineses.

Ponto forte: Grupo entrosado.

Ponto fraco: Poucas opões de banco.

Pretensões: Brigar para chegar a semi.

7 – Uberlândia

Os estreantes desta temporada chegam animados com a contratação de dois campeões do NBB2: Valtinho e Estevam.

Ponto forte: A experiência e o talento de Valtinho.

Ponto fraco: A inexperiência de Ratto como técnico.

Pretensões: Brigar para passar das oitavas.

8 – São José dos Campos

Os atuais campeões paulistas reforçaram o garrafão com Murilo, mas ainda dependem exclusivamente de Fúlvio e Renato para a criação

Ponto forte: Bom quinteto titular.

Ponto fraco: Escassez de banco.

Pretensões: Chegar às quartas.

9 – Bauru

O time do interior de São Paulo tem o melhor norte americano em atividade no Brasil(Larry Taylor), um técnico ousado e um ginásio que faz a diferença.

Ponto forte: Taylor e o ginásio da Luso

Ponto fraco: Dependência de Fischer nas alas.

Pretensões: Avançar às quartas.

10 – Araraquara

O técnico Daniel Watfy, de volta ao basquete paulista, comanda o bom time de Araraquara que faz campanha interessante no estadual. Borders e Jefferson Sobral estão jogando bem. Fernando Mineiro é uma opção segura.

Ponto forte: A trinca Borders/Sobral/Fernando

Ponto fraco: Falta de pivôs confiáveis.

Pretensões: Brigar para uma boa classificação na primeira fase.

11 – Limeira

Limeira aposta no ótimo ala Diego e na volta do bom basquete de Durelle Brown, importante no último título paulista do COC/Ribeirão. O armador dominicano Ramón ainda busca regularidade.

Ponto forte: O bom repertório de Diego

Ponto fraco: Dois armadores inseguros

Pretensões: Brigar para ficar entre os 12

12 – Assis

Em um campeonato equilibrado o time comandado por Carlão pode sofrer pela falta de bagagem do seu jovem elenco. Tony Stockman e Pedro Calderón chegam para ajudar os bons Gianechinni, Matão e Adriano.

Ponto forte: Fator casa e bom quinteto titular

Ponto fraco: Banco muito jovem

Pretensões: Se afirmar e brigar entre 6º ao 12º lugar.

Ficam fora

Paulistano – O bom trabalho de Gustavo de Conti nas categorias de base ainda não conseguirá dar suporte para Betinho, Luiz Felipe e o moldávio Malik

Cetaf – Os capixabas montaram um elenco melhor do que na última temporada. O problema é que o nível do torneio aumentou. Olho no sérvio Dusan Radivojevic

Vitória – O outro representante do Espírito Santo quase não conseguiu montar um time para a disputa. Guilherme Fillipin e Eddy devem carregar o time de Enio Vecchi