quarta-feira, 25 de maio de 2011

O outro lado da moeda - Entrevista de Vinicius Simili

O Clube Campestre divulgou uma nota. Vinicius Simili falou. O clube usou alguns parágrafos para responsabilizar. A Autarquia Municipal de Esportes usou quase 25 minutos para rebater.


Em mais um capítulo do embate político que fez ruir o basquete assisense, o presidente da AMEA, visivelmente tenso, rebateu todas as acusações que responsabilizaram o poder público pela suspensão das atividades do Assis Basket.

Na entrevista coletiva realizada na manhã desta terça-feira, Simili disse que a saída de um grande patrocinador foi a real causa da ausência do time dos próximos campeonatos. O patrocinador seria o Banco Santander, mas AMEA, tampouco o Clube Campestre, confirma oficialmente o nome do mecenas, pois é de praxe a empresa fomentar o esporte em algumas cidades nas quais cuida das contas do funcionalismo público municipal sem divulgar tal atividade.


Tão veemente quanto a nota oficial divulgada pelo Campestre, foi o discurso do presidente da AMEA. A diferença (principalmente em termos de estratégia política) está na satisfação dada aos torcedores/munícipes: nota vs coletiva.


Os principais trechos da entrevista estão abaixo.



Motivo do fim do Assis Basket

"A AMEA nunca iria acabar com o projeto do basquete. A AMEA não tem a responsabilidade de acabar com uma modalidade. Temos a obrigação de fomentar todos os bons projetos que chegarem até nós. O que precisávamos era rever o custo do basquete para o município, que girava em torno de R$50 mil por mês. Percebemos a necessidade de rever os custos justamente para contemplar outras modalidade esportivas que também dependem da AMEA. Até mesmo o mau desempenho do time nas últimas competições nos trouxe a ideia de rever os custos, mas sequer chegamos a colocar os valores em discussão com a diretoria do Clube Campestre justamente porque alguns patrocinadores deixaram de apoiar o Assis Basket.

O principal motivo pela paralisação do projeto foi que uma empresa que destinava uma certa quantia ao Assis Basket deixou de patrocinar a equipe."



Mecenas misterioso (?)

"Eu não sei se é o Santander, e eu não posso responder por aquilo que eu não sei. Era um patrocínio que não aparecia na camisa, por isso eu respondo apenas pelo que diz respeito à AMEA."


Sobre a nota oficial do Clube Campestre

"Trouxe certo desconforto tendo em vista o teor da carta aberta à imprensa. Fomos procurados na semana passada para falar sobre os reais motivos do fim do basquete, mas preferimos esperar o presidente do Campestre voltar de uma viagem para que pudéssemos realizar essa entrevista coletiva juntos. Para nossa surpresa, o Campestre divulgou uma nota dizendo que a AMEA havia interrompido, sem aviso prévio, o repasse de verba ao Assis Basket. Isso é uma irresponsabilidade com a AMEA, pois jamais foi dito que interromperíamos o apoio ao basquete. Fiquei extremamente chateado com a divulgação da nota."


Último contato com a diretoria do Campestre

"Foi na apresentação do técnico Té Barbosa. Foi quando estive na TCM [empresa de Joaquim Carvalho da Mota Júnior, presidente do Clube Campeste] para tentar alinhavar algumas coisas, mas como havia a apresentação do técnico ficamos de conversar posteriormente. Mas não houve uma conversa sobre a redução de gastos da AMEA com o basquete. Apenas na quinta-feira retrasada houve uma reunião com diretores do clube onde comunicaram internamente que a equipe não disputaria o campeonato paulista 2011".


Ausência na apresentação de Té Barbosa

"Eu fui convidado para a apresentação do treinador, mas tive que ir até Marília para cuidar da situação de regularização do Estádio Municipal Antonio Viana Silva junto ao Corpo de Bombeiros. Acho que tínhamos que ter conversado para depois fazer uma apresentação, mas o Campestre dicidiu seguir adiante, então fica a cargo do clube responder por isso."


Salários atrasados

"Nós temos uma demanda referente ao mês de abril, mas em de maio pretendemos fazer o repasse do dinheiro do 'Bolsa-Atleta'[Cada jogador recebia R$2.550 por mês da AMEA via 'Bolsa-Atleta'] que está atrasado. O que era de responsabilidade da AMEA já está regularizado. No começo da próxima semana o repasse da bolsa deverá ser quitado."


Relação Vôlei Feminino x fim do Assis Basket

"Não tem nada a ver uma coisa com a outra. O vôlei era um projeto que vinha sendo formatado desde 2010. Com ou sem o fim do basquete o vôlei iria acontecer em Assis. A AMEA entende que não havia nenhuma modalidade feminina em Assis para servir como espelho para as meninas. Inclusive os valores investidos no nosso time de vôlei são muito menores que o do time de basquete. Para se ter noção, enquanto pagávamos R$ 3 mil de taxas de arbitragem em cada jogo do NBB, uma arbitragem de vôlei da Federação Paulista fica em R$ 450 reais."

Vinicius Simili vai falar

Em instantes, às 11h, Vinicius Simili (foto), presidente da Autarquia Municipal de Esportes de Assis - AMEA - dará uma entrevista coletiva na sede da entidade.


Apontado com um dos principais responsáveis pela suspensão das atividades do Assis Basket, Simili deve expor a versão da administração pública para a crise da parceria AMEA/Clube Campestre, e esclarecer de vez se o município cortou ou apenas pensava em diminuir o aporte financeiro ao basquete assisense.


A entrevista coletiva deve ser mais um capítulo da conturbada situação política de Assis que foi ainda mais inflamada pela nota oficial sobre a interrupção das atividades do Assis Basket, onde o Clube Campestre culpou a AMEA pelo ocorrido.


A atitude de Simili de falar ao público é louvável. Dá ares de transparência no trato com os apaixonados pelo basquete da cidade. Vale ficar atento ao conteúdo do discurso e saber realmente quem tem mais culpa no cartório, ou se AMEA e Clube Campestre têm a mesma parcela de contribuição para o triste momento do esporte de Assis.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando o fim é só o começo

O fim do Assis Basket não foi anunciado da maneira como era esperado por todos. Ao invés de uma entrevista coletiva com representantes da Autarquia Municipal de Esportes - AMEA - e Clube Campestre (os dois "comandavam" o projeto, certo?) uma nota oficial sem a assinatura do presidente do clube foi enviada à imprensa.


A falta do nome do presidente Joaquim Carvalho da Mota Júnior no rodapé da nota causou estranheza, mas um outro fator tem grandes chances de fazer com que a "Guerra Fria" entre os grupos do vice-prefeito João Rosa (Clube Campestre) e do prefeito municipal Ézio Spera (AMEA) esquente de vez. No comunicado oficial o clube alega que "apesar de nossos esforços diuturnos, o apoio, de extrema importância, que recebíamos da Autarquia Municipal de Esportes, foi interrompido sem aviso prévio, impossibilitando nossas ações de buscas novos patrocinadores, haja visto as datas de início dos campeonatos". Isso significa que o Clube Campestres, de maneira oficial, culpa a falta de apoio da administração municipal pelo fim (ou interrupção, como queiram) do Assis Basket.


Tenho certeza que o presidente da AMEA, Vinícius Guilherme Símile, não irá gostar nada de ser apontado como vilão da história, mesmo que seja coadjuvando o prefeito Ézio Spera. Ainda mais porque circula a informação, extraoficialmente, de que na verdade a AMEA não cortou seu aporte ao basquete, mas sim que uma instituição financeira que não tem seu nome divulgado, mas que vem arcando com uma boa parte das despesas do Assis Basket, interrompeu integralmente seu repasse à modalidade. Com a carta da isenção na manga, a administração pública deve se pronunciar nos próximos dias, e aí o embate político terá mais um forte episódio, tal qual o discurso do vice-prefeito na câmara municipal, em março de 2011, explicando os motivos de seu rompimento com o prefeito Ézio Spera.


O fim do Assis Basket está bem longe de ser o fim das rusgas que polarizaram a administração pública assisense. A AMEA esperava fazer parte do anúncio, mas foi apontada como vilã. O Clube Campestre, aparentemente, se eximiu das responsabilidades de não ter uma alternativa para o rompimento com o município, tampouco divulgou oficialmente a existência de seu mecenas misterioso que estaria deixando de contribuir com o time.


Como diz uma música de uma das minhas bandas favoritas, os "Strokes": "The end has no end" ("o fim não tem fim").

Assis Basket anuncia a suspensão de suas atividades

Como o Blog Gatilhaço já havia divulgado em primeira mão, o Assis Basket está encerrando suas atividades. Na tarde desta segunda-feira, por meio de nota oficial, a imprensa recebeu o comunicado.


Segue abaixo a nota.





quinta-feira, 19 de maio de 2011

Olho neles - a preocupação com a arbitragem nas finais do NBB

Logo mais, às 21 horas, Brasília e Franca entram em quadra na capital federal para o início da decisão do NBB3. Muita coisa pode ser dita, muitas análises podem ser feitas, mas prefiro deixar as questões técnicas, táticas, os duelos particulares e as rivalidades para outros blogs prá lá de competentes como o Rebote, o Giro no Aro e o Draft Brasil, por exemplo.


De minha parte, prefiro abordar um tema que motivou uma conversa minha com o amigo Fábio Balassiano, do Bala na Cesta, poucos dias atrás, via twitter: a arbitragem.


Pra começo de conversa já deixo claro que acho a arbitragem do basquete brasileiro muito ruim, e que o fato de termos juízes apitando finais de torneios internacionais não mudam minha opinião pelo simples fato de um mesmo árbitro apitar com critérios diferentes no campeonato paulista, no NBB e em torneios FIBA. É algo muito semelhante ao que ocorre com os homens do apito do futebol brasileiro.


Os critérios que mudam de acordo com o "distintivo" do torneio já são irritantes. Porém, a mudança de critérios dentro de um mesmo cotejo incomoda mais ainda. Os juízes brasileiros - e nesse ponto não há exclusividade tupiniquim - apitam de um modo durante 35 minutos de jogo e de outra forma nos cinco derradeiros. Sem falar que um contato ínfimo do defensor no homem da bola é punido com falta, a não ser que estejamos a poucos segundos do fim do jogo ou de um período. Nesse caso vale puxão de camisa, tapa no braço e arranhão.


Muito se fala, aliás, sobre a arbitragem brasileira "não deixar defender". Já vi e ouvi blogueiros dizendo isso, e até concordo. Porém, a ausência de critérios aparece até nesse caso. O jogo de hoje será uma boa oportunidade de repararmos como os contatos no homem da bola são rapidamente punidos com falta, atrapalhando quaisquer iniciativas de se defender agressivamente. Por outro lado, situações de bloqueio no atacante sem bola são um "Deus-nos-acuda". Os juízes são permissivos com acintosos agarrões, muito mais notórios para quem assiste ao jogo no ginásio, mas que eventualmente não escapam das transmissões da TV. Alex Garcia e Helinho são mestres na técnica do agarrão.


Torço muito para que Cristiano Maranho, Fernando Serpa e Flávia Almeida façam uma boa arbitragem e desmintam os parágrafos escritos acima. Caso contrário veremos Nezinho, Alex, "Hélio pai" e "Hélio filho" reclamando o jogo todo (como isso é chato), veremos os juízes dando umas duas faltas técnicas para impor respeito, mas que logo são compensadas com uma falta do ataque na sequência (quem nunca viu isso, hein?) e tudo isso pode inflamar ainda mais os ânimos de dois times que nutrem uma rivalidade já conhecida de outros carnavais.


O que também já é conhecida é a capacidade que o basquete brasileiro tem de mostrar confusões em seus momentos de decisão. O apito responsável tem poder para acabar com essa sina.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Cinco razões ...



...que indicam o fim do Assis Basket.


1 -Na sexta-feira(13/05), André Silva, pivô que renovaria seu vínculo com o time assisense, foi informado pelo preparador físico Rubens Copche que deveria desocupar o apartamento em que morava pois o time estava encerrando suas atividades.

2- Conversei no sábado(14/05) de manhã com Guilherme Filipin. O jogador foi o primeiro reforço a ser anunciado pela diretoria do Assis Basket, mas disse que na última quinta-feira já havia sido liberado para negociar com outras equipes.


3 - No domingo (15/05), ao entrar em uma lanchonete, encontrei Marcus Gil, responsável pelas ações de comunicação do Assis Basket no campeonato paulista e no NBB3. Em reações quase sincronizadas, lamentamos as notícias que davam conta do fim do Assis Basket.


4 - Outros profissionais como o mordomo Thiaguinho e o fisioterapeuta Hermano Rossi, assim como membros da diretoria do Clube Campestre, apesar de não se pronunciarem de modo oficial, já assumem abertamente que o Assis Basket não disputará o campeonato paulista 2011.

5 - Ao jornalista Reinaldo Nunes, do "Jornal da Segunda", Vinicíus Simile, presidente da Autarquia Municipal de Esportes de Assis disse que só está aguardando o presidente do Clube Campestre, Joaquim Carvalho da Mota Júnior, retornar de uma viagem para que uma entrevista coletiva seja agendada com a finalidade de explicar os "reais motivos" da extinção da equipe de basquete.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Assis Basket encerra suas atividades

Ainda é extra-oficial, mas o Assis Basket não vai disputar o Campeonato Paulista 2011 e muito provavelmente também ficará fora da quarta edição do NBB.

Os rumores que começaram a circular na comunidade do time no Orkut foram confirmados e na próxima semana uma nota oficial deve ser divulgada com explicações para o fim do projeto.


A verdade é que a crise política conseguiu dar fim ao dinheiro que chegava a equipe via Autarquia Municipal de Esportes, e quaisquer que sejam as razões alegadas é necessário que se diga que o racha entre prefeito e vice-prefeito da cidade culminou com o fim da parceria do poder público com o Clube Campestre.


O técnico Té Barbosa já foi comunicado do fim da equipe, bem como os atletas que já tinham sido anunciados, como Ricardo Gianechinne, Guilherme Filipin e Rafael Castelon.


Em breve o blog trará uma análise mais eleborada sobre o assunto. Por enquanto, só lamentações.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O dilema de Borders

O treinador Té Barbosa e a diretoria do Assis Basket compartilham um desejo: ter Mark Borders como armador titular da equipe a partir do campeoanato paulista 2011. O norte-americano já esteve próximo de ter seu retorno anunciado, mas uma divergência de datas ainda impede que o atleta e seus agentes fechem o negócio com a equipe assisense.

Questões referentes a salário já foram acertadas com Mark de maneira relativamente simples, tendo em vista que o jogador já manifestara o desejo de voltar à Assis antes mesmo do fim da participação de sua ex-equipe, Araraquara, no NBB3. Acontece que o armador quer se apresentar somente em julho, quando voltará dos EUA, mas a diretoria e a comissão técnica desejam ter o grupo completo trabalhando a partir da segunda quinzena de maio.


Já não bastasse o mal-estar causado pela volta do fantasma da crise política, a diretoria do Assis Basket ainda tem este dilema para resolver. Mark Borders jogou muita bola enquanto esteve em Assis, e é um jogador bastante visado por outras equipes para se dar ao luxo de adiar o desfecho de um acerto.


Sinceramente não sei qual é a melhor atitude a se tomar. Abrir mão de Borders pode significar ser refém de agentes mais uma vez, e fazer uma contratação equivocada como foi a de Rashad West, por exemplo. Mas começar os treinamentos sem uma peça fundamental como um armador é muito prejudicial para a equipe. A decisão é prá lá de difícil.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Assis Basket contrata Castellon

Mais uma vez utilizando o twitter, o Assis Basket anunciou a contratação de mais um jogador para a disputa da próxima temporada. O nome da vez é Rafael Castellon, ala de 26 que disputou a atual edição do NBB por Bauru após ter feito um bom campeonato estadual pela Metedista/São Bernardo em 2010.


As médias de Castellon não foram tão altas na equipe de Guerrinha. Foram 10 minutos de quadra por partida, 5.74 pontos e 1.96 rebotes nas 23 pelejas em que o jogador atuou pelo time bauruense.


A contratação de Castellon não se justifica pelos números de produção ofensiva, mas pelo bom defensor que é. O ala pode jogar na 2 ou na 3, e é um nome interessante para a realidade financeira de Assis.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A turma do Té



O Gatilhaço adiantou que Ricardo Giannecchini era um dos que renovaria contrato com o Assis Basket, assim como também disse que Guilherme Filipin tinha grandes chances de ser o primeiro reforço da equipe para a próxima temporada. Dito e feito.

Minutos atrás o clube anunciou via twitter que o escolta e o ala são os dois primeiros atletas a "assinar" com a equipe que será comandada por Té Barbosa. Pelo mesmo perfil do microblog foi dito que mais dois armadores deverão ser anunciados ainda nesta semana.

Giannecchini é o atleta que está a mais tempo no basquete de Assis. Ele chegou em 2008 para ser armador reserva de Arnaldinho no último suspiro do Conti/Assis. No NBB 3 o capitão assisense teve médias de 13.12 pontos, 2.38 assistências e 1.23 roubos de bola.

Já Guilherme Filipin é um sonho antigo da diretoria. Negociou para o estadual de 2010, mas não veio, e agora finamente acerta a vinda para a cidade onde tem familía e amigos, além de ficar mais próximo de Londrina, onde mora sua esposa. Atuando por Vitória no NBB3, Filipin teve médias de 11.33 pontos, 3.41 rebotes, 1.41 assistências e 10,44 pontos de eficiência.

Pode-se dizer que o Assis Basket dá um salto de qualidade nas alas, já que Giane continua e Filipin é um arremessador mais confiável e defende melhor no perímetro do que Luciano Matão, por exemplo.

Para fechar a "turma de cima" parece faltar apena um armador titular, e Mark Borders, na última visita de Araraquara ao Jairão, dizia a quem pudesse ouvir que tinha vontade de voltar para Assis. Acredito que ele passará bolas para Giane e Filipin.






quarta-feira, 20 de abril de 2011

Entrevista com Té Barbosa - Áudio

Quer ouvir a entrevista que fiz com Té Barbosa após sua apresentação como técnico do Assis Basket? É só clicar no player abaixo. . .

terça-feira, 19 de abril de 2011

Té Barbosa chegou

Com sorriso no rosto, alguns cabelos grisalhos começando a aparecer e com a missão de fazer uma cidade toda voltar a ter alegrias com seu time de basquete, Té Barbosa (ele quer ser chamado assim de agora em diante) foi apresentado como novo técnico do Assis Basket no início da tarde desta terça-feira.


Té chega para substituir Carlão, que não conseguiu levar o time assisense aos playoffs do campeonato paulista e nem do NBB3.


O armador aguerrido e inteligente se transformou em um técnico fanático por defesa e com uma filosofia de simplificar o trabalho. Segundo ele, "muitas pessoas gostam de inventar". Sem invencionismo, o treinador veio com o discurso de recolocar Assis nos playoffs dos torneios que disputará.


Durante a apresentação do novo técnico não foi citado nenhum nome de jogador que poderá fazer parte da nova equipe. Adiantou-se, porém, que a diretoria buscará dois jogadores norte-americanos, além da renovação de contrato de dois a três atletas que integraram o elenco na disputa do NBB3. Adriano e Ricardo Giannecchini devem permanecer, e durante a entrevista coletiva, Mark Borders - que tem interesse de vestir novamente a camisa do Assis Basket - foi elogiado pelo presidente do clube, Joaquim Carvalho, e pelo próprio Té.


A diretoria prometeu anunciar nomes de jogadores já no início da próxima semana. A previsão da comissão técnica é de que na segunda quinzena de maio todos os atletas contratados já estejam treinando.


Amanhã postarei aqui no Gatilhaço o áudio da entrevista de Té para a Rádio Difusora de Assis.

Té será anunciado hoje no Assis Basket



Como já havia sido adiantado por este blog, Marcelo Barbosa, o Té(foto), será anunciado como novo técnico do Assis Basket. A oficialização será feita na entrevista coletiva de logo mais, às 14 horas, na sede do Grupo TCM, em Assis.


Nos tempos de atleta, Té foi um armador que teve seus melhores momentos no basquete de Casa Branca. A mesma cidade foi responsável pelo seu lançamento como treinador, quando substituiu Marco Antônio Aga no comando da equipe casabranquense, em 2005.


Marcelo Barbosa ainda dirigiu São João da Boa Vista na série A-1 do campeonato estadual de São Paulo, e o time da vizinha cidade de Artur Nogueira na conquista da série A-2 de 2009. Antes de assumir o basquete assisense, Té vinha trabalhando como assistente técnico de Rinaldo Rodrigues, em Sorocaba.


O ala Guilherme Filipin (ex-Vitória) também pode ser anunciado ainda hoje, ou então nos próximos dias, como primeiro reforço do Assis Basket para a disputa do campeonato paulista 2011.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Anote no calendário

Se restava alguma dúvida sobre a participação do Assis Basket no campeonato estadual 2011, parece que já não resta mais. A diretoria marcou uma entrevista coletiva para a próxima terça-feira. Deverão ser anunciadas contratações de jogadores, o nome do treinador que irá dirigir a equipe e mais diversos outros assuntos em relação ao novo ciclo.

Todos atentos para jogadores que disputaram a atual edição do NBB e podem pintar por aqui. O blog espera trazer mais novidades em breve.


Fiquem ligados ! ! !

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Mudanças no basquete de Assis

A informação é extra-oficial, mas, se de fato disputar o campeonato paulista de basquete em 2011, Assis não terá Carlão como técnico.

Ao fim da temporada a diretoria dispensou jogadores e comissão técnica, como já é de praxe, mas a informação que obtive e cravo aqui no blog é que Carlão não deve fazer parte dos planos do Assis Basket, e a mudança ainda promoverá uma renovação mais ampla.

O nome que surge mais forte para o futuro comando, e que já teria sido contactado por pessoas ligadas ao time é o de Marcelo Barbosa, o Té (ex - São João da Boa Vista e Arthur Nogueira).

Reviravoltas sempre são possíveis, mas não acredito em quaisquer neste caso

O Gatilhaço voltará com mais informações em breve.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

A bola não deve parar de quicar

Nos últimos dias o noticiário assisense ficou recheado de incertezas em relação a continuidade do Assis Basket. O momento de efervescência (ou seria turbulência?) política na cidade é um fator que justifica certas dúvidas, mas pelo que pude apurar nos últimos dias a torcida pode se preparar para assistir jogos do campeonato paulista.


O time de Assis vai disputar a série A-1 do estadual, mesmo correndo o risco de perder quase todo o apoio financeiro oriundo da Autarquia Municipal de Esportes, que deve investir no vôlei feminino em 2011. A provável falta de dinheiro é outro fator que alimentou as incertezas, mas o Clube Campestre (gestor do Assis Basket) aposta as fichas no excelente trabalho de comunicação para arrebanhar patrocinadores.


A atual diretoria parte da ideia de que um investimento menor já é suficiente para a disputa do estadual, e na minha opinião pensam corretamente. Limeira e Araraquara foram exemplos de times não tão caros, mas que fizeram sucesso no último campeonato. Ao contrário do NBB, onde os clubes estão investindo pesado, é possível fazer um papel digno com menos grana no paulista.


Quem irá vestir a camisa do time é assunto pra outro post, que espero publicar em breve. Mas deixo aqui uma frase que ouvi de uma pessoa ligada ao Assis Basket: "Nem que a gente entre em quadra, mas jogaremos o campeonato paulista". Aguardemos . . .

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Palpitando


Fim da primeira fase da mais emocionante e equilibrada edição do Novo Basquete Brasil. Franca surpreendeu o "papões" Brasília (3º) e Flamengo (4º), além do poderoso Pinheiros(2º) e ficou com a liderança. As quatro equipes jogarão o torneio InterLigas contra os quatro melhores times da Argentina (Obras Sanitárias, Peñarol de Mar del Plata, Libertad Sunchales e Atenas de Córdoba).


Mas este blogueiro que vos escreve vai mesmo é dar palpites nas oitavas-de-final que também devem ser marcadas por um equilíbrio fantástico.


Bauru (5º) x Paulistano (12º) - Palpite 3-0 Bauru

Penso que este deve ser o menos equilibrado dos confrontos. O jogo coletivo bauruense é capaz de proporcionar uma varrida para cima do jovem time do Paulistano. Não creio em surpresas pelo simples fato de Bauru não perder jogos no ginásio da Luso. Se algo diferente de 3 a 0 para o time do interior de São Paulo for considerado surpresa, aí posso até acreditar em uma.


Uberlândia (6º) x Araraquara (11º) - Palpite 3-1 Uberlândia

O time de Minas tem mais talento, mas ainda falta padrão tático desde os tempos em que Ratto era o técnico. Chuí está tentando fazer seu time arremessar menos de 3 pontos, mas a grande força está justamente no jogo meio "irresponsável" de Robby Collum e Robert Day. Se falta talento, sobra consciência tática ao time paulista, que foi muito bem no estadual, mas sucumbiu aos problemas financeiros durante o NBB. Sou mais o talento mineiro/ianque.


Joinville (7º) x Minas (10º) - Palpite 3-1 Joinville

Confronto de equipes que oscilaram bastante durante o campeonato. O jovem time de Minas sente falta de Sucatzky em boa forma, e talvez a sua própria juventude seja o grande obstáculo nos playoffs. Joinville tem muito talento em seus dois armadores (Manteiguinha e Paulinho) e depende da transição deles para vencer. Pela experiência e a melhor fase atual, aposto nos catarinenses.


São José (8º) x Limeira (9º) - Palpite 3-2 Limeira

Sem dúvida o confronto de maior rivalidade da primeira rodada dos playoffs. Os dois times já se enfrentaram nas quartas-de-final do estadual, e na ocasião deu Limeira. São José está mais forte agora, com Shipp e Alexandre para ajudar nas trocas, mas mesmo sem a vantagem de decidir em casa, aposto em Limeira com sua ótima defesa, seu bom técnico e sua fanática torcida.

sábado, 2 de abril de 2011

Vamos ao Jairão ! ! !

Neste sábado, às 15 horas, o time sub-17 do Assis Basket enfrenta Araraquara, em jogo válido pelo campeonato do interior da categoria. É a segunda partida dos garotos assisenses na competição.

Vale ficar de olho no garoto Jonathan Maciel (foto), que no jogo de estreia (derrota para Jundiaí por 64 a 57) fez 32 pontos.

Quem gosta de basquete, que vá ao Jairão.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Injustiçado

Podem usar quaisquer argumentos quiserem, mas não há como dizer que Tony Stockman não foi o melhor jogador do Assis Basket no NBB3. O cara é o 8º cestinha da competição, com média de 18,5 pontos. Pra se ter noção, ele está a frente de jogadores como Fischer e Taylor (Bauru), Arthur (Brasília) e do MVP do Jogo das Estrelas, Robert Day (Uberlândia). Tony também é o cara que mais dá assistências no time de Assis, com 3,2 por jogo. Além disso, para um jogador que passa tanto tempo com a bola na mão, ter apenas 1,6 erros por jogo é um excelente número, sendo que caras como Nezinho, Fúlvio, Valtinho, Shammel e Marcelinho Machado estão bem a frente do armador norte-americano.


Os números não mentem, mas também não dizem toda a verdade, já dizia o filósofo. Que seja. Sem levar em conta os números, Tony também foi o principal jogador do time na temporada. Talentosíssimo no 1 contra 1, com um bom arremesso de três pontos, e uma visão de jogo considerável, o camisa 5 foi protagonista em quase todos os jogos de razoáveis apresentações, sem falar que foi essencial nas cinco vitórias asssisenses no NBB3. Se foi individualista, não se omitiu em um time recheado de jogadores jovens.


Mesmo assim, parece que o cara não caiu definitivamente nas graças de todos. Parte da torcida o acusou de fominha e de falhar em momentos decisivos. Eu mesmo já reclamei de precipitações de Tony, como nos jogos contra o Minas, São José e Franca. Mas também cabe ao técnico conter certos ímpetos, e quando isto aconteceu, o jogador melhorou.


O abusrdo maior foi ouvir críticas em relação a uma eventual omissão do jogador na reta final da primeira fase do torneio nacional. Tony levou uma "paulistinha" na partida contra São José dos Campos na rodada 10 do segundo turno, e foi vetado pelo departamento médico nos jogos seguintes. Mesmo assim, parte da torcida, e até mesmo pessoas que integram o projeto Assis Basket criticaram a postura do jogador, que no aquecimento da partida contra Araraquara mostrava dificuldades em fazer certos movimentos, mas ainda sim levantaram a absurda hipótese do "migué" por parte do atleta.


Detesto jornalista que se pauta pelo twitter, mas, especificamente neste caso, vale o registro de que a esposa de Tony demonstrou chateação em seu microblog com algumas críticas feitas ao seu marido. Partilho da mesma opinião de Brittany, acho que a maioria é injusta.


Tenho alguns motivos para acreditar que Tony Stockman não jogará o campeonato paulista por Assis. Os motivos, por enquanto, são meramente baseados em impressões particulares, mas de todo modo acredito que aconteça com ele o mesmo que aconteceu com Mark Borders: uma proposta melhor de outro time brasileiro.



Não que a situação tenha chegado ao mesmo ponto - até porque o basquete não causa mais tanta mobilização em Assis - , mas vale lembrar que já picharam um muro em frente ao Jairão com ofensas a Nezinho, além de terem discutido com familiares do mesmo armador em um supermercado da cidade, durante a passagem dele por aqui, em 2008. Prova de que, nos momentos ruins, sempre sobra pra quem menos merece.

terça-feira, 29 de março de 2011

Sem alicerce

Não fui ao Jairão no sábado, às 18h, mas vejo no site (horroroso) da Federação Paulista que a equipe sub-17 do Assis Basket perdeu na estreia do estadual por 64 a 57 . O adversário foi Jundiaí.

Ainda não vi os números de pontuação dos jogadores no cotejo, e , como já disse, não pude ir ao jogo (prometo que tentarei ir ao próximo, no sábado), mas a informação que ouvi de uma pessoa conhecedora do basquete e do time em questão é que "o grupo é fraco". É claro que depois de ver algum jogo tirarei minhas conclusões, mas o resultado inicial somado ao que ouvi me fazem ter cada vez mais certeza de que a má campanha do Assis Basket adulto na temporada é a ponta do iceberg.

O time sub-17 tem jogadores formados aqui em Assis, nenhuma contratação (ao que me consta, pelo menos), e isso poderia ser um ponto positivo. O problema é que não reforçar a equipe com jogadores de fora não é parte de uma política de valorização dos "pratas da casa", mas sim a única opção que restou ao esforçado técnico Márcio Kanthack.

Além disso, o fato dos garotos não terem tanta qualidade assim atesta para o descaso com as categorias de base que a cada ano se mostram mais enfraquecidas. Aquele monte de garotos no Clube Reacreativo (imagem), sob o comando do técnico Pantera, simplesmente não existe. O resultado é visto nas quadras, já que a cada temporada é mais clara a impressão de que simplesmente "jogam" os garotos no campeonato estadual, já que é obrigatório ter alguma categoria de base em disputa para que um time adulto jogue a A-1.

O bonde passou e ninguém pegou, essa que é a verdade. Nos tempos de efervescência do basquete em Assis poderia se ter aproveitado a chance para a elaboração de uma escolinha mais sólida, uma consolidação de uma boa equipe cadete, e juvenis que realmente pudessem integrar a equipe adulta. E não me venham falar que Henrique Hernandes, hoje com condições de entrar e jogar entre os grandes, é fruto de um bom trabalho. Ele é um fato isolado da última geração razoavelmente competitiva da cidade (nascidos em 1992).

Torço para estar enganado em relação a qualidade do time sub-17 de Márcio Kanthack, e tentarei ir ao Jairão para ver bons valores. De qualquer forma, só por ainda nadarem contra a maré, os garotos estão de parabéns.

segunda-feira, 28 de março de 2011

A famosa "D.R"

A derrota diante de Franca(92 a 68), no domingo, no Pedrocão, somada ao resultado positivo do Paulistano diante de Limeira (70 a 61) encerrou as chances de classificação do Assis Basket. Na verdade, as esperanças já tinham ido pelo ralo após mais uma derrota em casa, contra Araraquara.


Desde a partida dos comandados de Carlão contra Joinville, no início do segundo turno, parecia que finalmente o time engrenaria, pegaria no breu. Vencer Uberlândia e Brasília, em casa, deu ânimo ao time, fez a torcida sonhar, colocou a equipe na zona de classificação aos play-offs, mas a sequência de jogos fez o Assis Basket voltar ao último lugar do NBB3. Décima quinta colocação que, desde o começo do certame, parece ter sido alugada pelos assisenses.


Ouvi diversas opiniões de torcedores, de moradores da cidade, de pessoas que vão ao ginásio, ou de cidadãos que sequer sabem o nome dos atletas que vestem azul-e-branco. Alguns falam que foi melhor assim, outros falam que a eliminação precoce é vergonhosa. Pactuo com a segunda opinião.


Não consigo enxergar o técnico como culpado principal pela péssima campanha, apesar de ele também ter sua parte na história toda. Tampouco acho que o time seja tão terrível quanto a colocação na tabela supõe. O elenco do Assis Basket é melhor que o de Vitória, Vila Velha e Paulistano. Do mesmo nível de Araraquara. "Mas o que deu errado então, presunçoso blogueiro?". Confesso que não consigo responder. Talvez deva pedir desculpas aos que acompanham as opiniões deste blog, já que desta vez não consigo formular uma argumentação que tente explicar a causa de um elenco não tão ruim, com um técnico com bons predicados, não conseguir passar da primeira fase dos dois torneios que disputou na temporada.


Quem sabe não é hora de pensar sobre o real tamanho do basquete de Assis? Enquanto a Casa di Conti esteve com o time, era possível brigar por títulos. Quando a grana minguou, a realidade de um munícipio pobre, em uma região pobre, sem empresas pujantes e capazes de injetar dinheiro em um time de basquete veio à tona.


O Jairão não recebe mais tanta gente, a imprensa não dá mais a cobertura de outrora, os resultados não são mais os mesmos. Talvez seja hora de deixarmos de lado a megalomania, e enxergarmos que, por enquanto, o azul e branco são cores de um time pequeno.


Não tenho a menor dúvida de que é preciso discutir os rumos do basquete em Assis, e aproveito este espaço para fazer coro em favor de um debate entre todos os que gostam da modalidade na cidade.


É tempo de discutir a relação.

sábado, 26 de março de 2011

Pra dizer adeus . . .


Com muito esforço, pouca inspiração e cometendo erros que não vinha cometendo, o Assis Basket praticamente se despediu de sua torcida nesta temporada, já que a classificaçõ para os playoffs ficou muito improvável após a derrota por 77 a 73 diante de Araraquara..

A partida de ontem (25/03) contou com Deivisson(19pts) e Borders (18pts) inspirados por parte dos visitantes. O pivô não encontrou dificuldades nos arremessos de curta e média distância, e o excelente armador norte-americano fez o que já lhe é de praxe: armou e arremessou com eficiência.

Jogando atrás no marcador na maior parte do jogo, ficou nítido que o problema assisense era ofensivo. No terceiro período a equipe conseguiu a proeza de desperdiçar quatro ataques consecutivos, mesmo após impedir Araraquara de pontuar. Faltou o talento de Tony para causar desequilíbrio na defesa adversária.

Faltou o talento do contundido Tony, mas faltou também uma leitura melhor do jogo por parte do treinador e do armador Zezinho. A jogada "chifre", que faz com que os dois pivôs trabalhem no perímetro (um absurdo!) fez a equipe voltar aos seus dias ruins de ignorar as opções de tábua. O garrafão do ataque de Assis se desertificou tal qual nos piores dias do time. O agravante é que ontem não havia Tony Stockman para resolver apesar da desorganização.

Grandes méritos para Daniel Watfy (bom técnico) e para o time de Araraquara que garantiu vaga nos playoffs, mesmo após um momento de crise financeira. Mas vale o registro de um jogo muito ruim dos donos da casa, principalmente pela repetição de erros que pareciam ter ficado no passado.

O NBB parece ter acabado assim como o campeonato paulista também acabou: antes do mata-mata. A temporada 2010/2011 ficará marcada como uma das piores da curta trajetória do basquete de Assis.







PS: Mesmo um pouco ausente no últimos dias este blogueiro pomete voltar com mais frequencia.Tenho novidades importantes sobre a sequencia do projeto. Durante a semana teremos coisas legais por aqui.
Abraços

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Troca de comando em Minas Gerais

Acabo de ler no ótimo blog Sexto Homem que Ratto foi demitido de Uberlândia após as derrotas para Bauru e Assis, no último fim de semana. Segundo informações, Chuí poderá ser o substituto.

Penso que a troca é interessante. Chuí fez boas temporadas em Araraquara, tem mais experiência que Ratto e um repertório mais vasto. É impressionate como o ataque da equipe mineira é desorganizado, a defesa é desatenta e como o ex-armador da seleção brasileira não conseguiu implantar qualquer padrão tático ao time.

A boa campanha de Uberlândia é fruto da individualidade de Valtinho e dos americanos acima da média (principalmente Collum). Com a injeção de ordem que pode vir com Chuí, a força dos mineiros pode ser bastante aumentada.

Tirando dos ricos

O que aconteceu nos primeiros 10 minutos do jogo de domingo, no Jairão, foi uma das coisas mais impressionantes que eu já vi no basquete. In loco, com certeza foi a mais absurda. Robby Collum (foto) fez 21 pontos em 23 tentados, e terminou o 1ºquarto apenas um ponto atrás de todo o time do Assis Basket.

Sem Valtinho, Uberlândia dependia mais ainda de seus dois americanos, no entanto o time mineiro demonstrou uma desorganização tática absurda. O ataque foi todo fruto de individualidade, nada combinado. Acontece que a individualidade de Collum (40 pts no jogo) era suficiente para fazer a vantagem do time visitante chegar a 20 pontos.

Assim como aconteceu na partida contra Brasília, um pedido de tempo de Carlão começou a mudar o jogo. Era necessário, mais uma vez, abrir mão de jogadores com mais recursos ofensivos para que a defesa recolocasse o time na briga. O resultado foi melhor que a encomenda, já que o sempre voluntarioso Cauê defendeu bem como de costume e foi excelente no ataque(16pts em 20 tentados). De longe, a melhor partida do garoto com a camisa do Assis Basket.

Com a vantagem no marcador despencando, Ratto, técnico de Uberlândia, não conseguia fazer sua equipe parar o inspirado Tony Stockman(26 pts - foto), nem colocava qualquer tipo de organização em seu ataque. O time de Minas Gerais era "Collum Basquete Clube", mas o revezamento de defensores na cola do americano diminuiu seu aproveitamento e impediu que o ótimo ala decidisse a peleja em favor dos visitantes.

A quinta vitória do Assis Basket no NBB3 (94 x 90) coloca o time de vez na briga por uma vaga nos playoffs.Hoje a equipe estaria classificada para as oitavas e enfrentaria Uberlândia. O atual 12º lugar representa de fato as condições do time. Assis não tem elenco para ser saco de pancadas, o que não significa que o time é fantástico.

Desde o início deveria ser assim: bater os intermediários e tentar beliscar os grandes nas partidas com mando de quadra. Faltou vencer os "menores". Robin Hood feelings...








sábado, 26 de fevereiro de 2011

Boa, Carlão ! ! !

A última coisa que os torcedores assisenses esperavam ver na noite de sexta-feira era uma vitória diante de Brasília. Quem foi ao Jairão, ou mesmo o pessoal da comunidade do Assis Basket no orkut, dizia que perder de pouco e dignamente já era lucro.

Mesmo antes de ser surpreendido pela vitória assisense por 91 a 88, fiquei espantado com a passividade brasiliense no último período. Após abrir 13 pontos de vantagem, os atuais campeões do NBB pareciam passear em quadra. O técnico, José Carlos Vidal, pedia tempo e apenas ouvia Alex e Guilherme "passando instruções" para o time que via Assis encostando cada vez mais no marcador.

Tanto encostou que virou o jogo, e a virada teve dois nomes importantes:Zezinho e Carlão.

O armador impediu que Nezinho entrasse no garrafão, induziu o adversário aos arremessos de 3 precipitados e foi o condutor consciente/incisivo que mudou a cara do jogo nos 10 minutos finais. Zezinho só fez isso porque Carlão teve a coragem de abrir mão do talento em prol da disposição defensiva no último quarto. O técnico assisense soube tirar Tony quando o jogo pediu, já que no segundo tempo o "gringo" pouco produzia (16 dos 22 pontos dele foram no 1ºtempo). As entradas de Zezinho, Cauê e André somadas ao melhor jogo de Luciano Matão na defesa proporcionaram a surra de 34 a 18 para os donos da casa no período final.

Falar da desorganização brasiliense no fim do jogo, das decisões erradas de Nezinho e do "clima estranho" nos banco de reservas candango nem vale tanto a pena diante de tamanho triunfo.

Na manhã de quinta-feria eu havia postado o seguinte tuíte "Perdi toda a vontade de ir ao jogos do basquete de Assis. Vou por compromisso profissional mesmo. O prazer não existe mais, infelizmente". Não que esteja totalmente motivado agora, mas ver a alegria e a emoção do Assis Basket ontem me deixou bastante satisfeito. Talvez o mais emocionado fosse Carlão, que mal conseguia conceder entrevista ao blogueiro no fim do jogo. Coloquem esta vitória na conta dele.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

No limite




"Infelizmente, hoje eu acabei me empolgando com a equipe no terceiro quarto, e deixei o quinteto até o fim, mas eu poderia ter dado uma revezada. Praticamente, eu troquei só o Zezinho". As palavras são de Carlão, reconhecendo o erro cometido de não ter feito mais trocas no time que vinha fazendo jogo parelho contra o Pinheiros, mas que ruiu fisicamente no último período e levou uma surra de 32 a 16 nos dez minutos finais.

A derrota de sexta-feira para o líder do NBB3 (94 x 81) até parecia improvável durante 30 minutos de jogo. Enquanto Tony Stockman (27 pts) teve fôlego para fugir da marcação de Figueroa, o Assis Basket conseguia igualar a partida, trocando pontos, ou até desconcentrando o ataque da equipe da capital, permitindo arremessos precipitados de Thomas e André.

Quando Shamell (24 pts) "chegou para o jogo" era difícil imaginar que Ricardo Giannecchini (21 pts), desgastado por ajudar Tony no ataque, conseguiria impedir o ímpeto ofensivo do norte-americano. Tampouco Luciano Matão (que nem teve a prerrogativa de atacar bem) tem defesa suficiente para marcar o camisa 24 do Pinheiros. Aí está o único erro de Carlão no jogo, admitido por ele mesmo: faltou troca. Cauê e Cícero poderiam ter tirado um pouco da pontuação de Shamell, mas aí fica a pergunta "e o resto?".

Apesar da eventual falha do treinador, o time do Pinheiros tem seu jogo inteiramente baseado no potencial ofensivo de três caras que dificilmente são parados (em âmbito doméstico, claro). Mesmo se Carlão fizesse as trocas na marcação de Shamell, Olivinha poderia fazer mais que seus 26 pontos, Marquinhos mais que seus 19. O cobertor é curto demais.

Contudo, avalio como bom o fato de o time assisense finalmente ter encaixado. Os pivôs participam mais do jogo, a bola roda mais com Zezinho na armação, e Tony e Giane são, definitivamente, os alas pontuadores da equipe, já que Matão não é um 3 plenamente confiável.

Lamenta-se, porém, que o bom basquete veio tarde demais...




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Vitória e confiança



O segundo turno segue positivo para o Assis Basket. Apesar do fato absurdo, ridículo, surreal e mais tantos outros adjetivos negativos de o time mandar um jogo em Bauru (Santo Sportv), os comandados de Carlão fizeram 72 a 60 em um estranhamente desorganizado Paulistano (21 pts de Tony Stockmam).

Continuo gostando da postura do time de Assis no início dos jogos. Mais transição, mais contra-ataque, mas rapidez. A opção do técnico por 3 armadores em quadra ajudou muito nessa nova postura, que pode não ser a mais correta em termos táticos, mas sem dúvida é a mais adequada ao elenco.

O Paulistano foi péssimo. Esperava mais de um time que tem um treinador como Gustavo de Conti, técnico com fama de atualizado e bem preparado. Os garotos da capital só conseguiram complicar o jogo com uma defesa pressionada no último quarto. Muito mais por falhas de Assis do que por mérito do Paulistano. O ataque? Deixa pra lá . . .

Amanhã, às 19h, no Jairão, a partida é bem mais difícil. Contra o líder do NBB3, o Pinheiros, Assis tentará manter o bom momento no certame. Vale lembrar que os assisenses já complicaram jogos contra times grandes, mas perderam em detalhes dos momentos finais. Um deles era a confiança, e agora parece que este não é mais o problema.


PS: Amanhã, estarei no Jairão desde às 16h. Sábado espero postar entrevistas bem legais por aqui.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ele tem que decidir

Giannecchini (foto) é o melhor jogador do Assis Basket. Dentre todos os que compõe o atual elenco, ele é o jogador com mais repertório para mudar, decidir ou controlar uma partida.

Ontem, em mais um domingo escaldante em Assis, Giane anotou 23 pontos e foi o dono do jogo no segundo triunfo do Assis Basket, desta feita contra Joinville (85 x 74). Além do fato de ter sido cestinha do time, me agradou o fato de o camisa 7 de Assis ter ficado com a bola nos momentos de decisão, nas horas em que o ataque assisense, em outros jogos, falhava ao delegar as decisões para um precipitado Tony Stockman.

Outra mudança importante foi no jeito de jogar do time. Carlão, que vinha mostrando pouca variação no modo de jogar do time, deixou a cadência ofensiva de lado para optar por um jogo de transição, mais rápido. Deu certo. Uma das melhores defesas do Brasil, a de Joiville, passou da margem ideal de 80 pontos tomados. Mérito para treinador.
Quanto aos catarinenses, penso que, entre as melhores equipes do NBB, ela é a mais fraca, com menos opções de banco, principalmente na ala 3 e no pivô 5.

Na quinta-feira, o Assis Basket encara o Paulistano, em má fase. Jogo em quadra neutra(Bauru), mas uma boa oportunidade para ganhar confiança e fazer um bom jogo contra o Pinheiros, na sexta-feira, com transmissão do Sportv.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aviso aos leitores

Peço desculpas por não ter postado muita coisa no último dias. Acontece que este blogueiro estava envolvido (até último fio de cabelo) em preparativos de sua formatura.

Para os que estão pedindo temas de post na caixinha de comentários e opinando sobre outros assuntos, prometo que farei prévia do jogo entre Assis e Joinville.

Obrigado aos que me parabenizaram pela formatura. Agradeço também a compreensão de todos.

Abraços.

Felipe Modesto

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pode piorar? Sempre pode

O Sportv não tem culpa da situação do Assis Basket no NBB3, mas a total subserviência da Liga em relação ao grupo detentor dos direitos de transmissão do campeonato nacional acaba de prejudicar os times envolvidos no torneio mais uma vez.

No dia 10 de fevereiro, Assis enfrentaria o Paulistano no Jairão. É isso mesmo, enfrentaria. A partida não mais será em Assis, e sim em Bauru. No dia seguinte, será a vez dos bauruenses mandarem um jogo (pasmem) "fora de casa" e enfrentarem o Paulistano em Assis.

A LNB tem realizado rodadas duplas em um mesmo ginásio, sempre com transmissões ao vivo da Sportv. A prerrogativa da divulgação do esporte e adequação dos horáros em detrimento das vantagens e desvantagens para a televisão farão com que o Assis Basket enfrente o Paulistano - confronto com consideráveis chances de vitória - em quadra neutra. Já contra o poderoso Pinheiros, o cotejo será, de fato, em casa.

Gostaria de ver jogos de basquete na TV todos os dias, em todos os canais que se disponham a transmitir nosso amado esporte. Contudo, os torcedores de Assis e Bauru, que vão ao ginásio, e ambos os times serão prejudicados por uma rodada dupla que elimina o mando de quadra de uma das equipes por vez.

Falando especificamente de Assis, até nesse aspecto a fase anda ruim. O bom, mas jovem time do Paulistano apresentaria chances de vitória um pouco maiores para os assisenses, e justamente contra os garotos da capital o time de Carlão perderá o fator quadra. Uma derrota diante do Pinheiros poderia ser encarada como normal, logo, jogando em Bauru, Assis ou Punta del Leste o prejuízo seria o mesmo.

Nada é tão ruim que não possa piorar...


Confira as datas e locais das rodadas duplas Assis/Bauru.

Rodada Dupla - Ginásio de Bauru
10 de fevereiro 5a feira. Transmissão Sportv
16h Assis x Paulistano
19h Bauru x Pinheiros

Rodada Dupla Ginásio de Assis
11 de fevereiro 6a feira. Transmissão Sportv
16h Bauru x Paulistano
19h Assis x Pinheiros

Tony entre os titulares

A LNB divulgou ontem os cinco titulares das equipes NBB Brasil e NBB Mundo, que disputarão o Jogo das Estrelas, sábado, às 10h, em Franca. O norte americano do Assis Basket, Tony Stockman(foto) está entre os titulares em uma das alas. Além de Stockman, o pivô argentino Pedro Calderón também representará o basquete de Assis na partida.

A escolha dos doze atletas de cada equipe foi feita por um grupo de técnicos, jornalistas e pessoas escolhidas pela Liga, mas os titulares foram eleitos por votação popular, via internet. Shamell, ala do Pinheiros que defenderá o NBB Mundo, foi o mais votado com 5.370 votos. No NBB Brasil, Marcelo Machado liderou as escolhas com 5.082 votos.

A Rede Globo vai transmitir o jogo no sábado, às 10h.

Confira os cinco titulares de cada equipe.


NBB Brasil
Valtinho (Uberlândia)
Alex (Brasília)
Marcelo Machado (Flamengo)
Guilherme (Brasília)
Murilo (São José)

NBB Mundo
Larry (Bauru)
Tony (Assis Basket)
Shamell (Pinheiros)
Spillers (Franca)
Jeff Agba (Bauru)



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Memória (1)


O time acima é um dos muitos que já defenderam as categorias de base do basquete de Assis, seja em ligas regionais, ou em campeonatos federados.

Já repararam o que tem de especial na equipe? Reparem na quinta pessoa, da direita para a esquerda, em pé. É ele mesmo, Alex Garcia, do Brasília e da seleção brasileira. Muitos desconhecem a passagem dele por Assis. A foto é de 1995.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De volta ao poço

Para se ter uma noção do quão ruim foi o jogo de domingo no Jairão, Rafinha, armador do CETAF, esteve em quadra por mais de 35 minutos, anotou 3 pontos e teve -1 de eficiência.Com tais números, podemos notar que, mesmo com uma valoração negativa, Rafinha ficou em quadra quase que por todo o jogo,ou seja, o técnico Marcio Azevedo não tinha nenhuma outra alternativa a não ser os erros de seu "melhor" armador.

Alternativas também parecem faltar ao técnico de Assis, Carlão, que assistiu Tony Stockman abusar da individualidade irresponsável sem fazer nada para conter seu ímpeto. É verdade que na sexta-feira, inspirado, o norte americano foi o nome do jogo, mas ontem o ala chutou quando não devia, errou passes e fez um jogo muito ruim, apesar dos 19 pontos.

A décima terceira derrota de Assis no NBB3(68 a 64 para o CETAF) foi sem dúvida a mais deprimente. O nível técnico da partida foi sofrível, a torcida se irritou com uma derrota para um time que nem de longe é uma potencia, e para fechar o domingo e o primeiro turno, Adriano e Carlão protagonizaram uma discussão patética na beira da quadra após uma substituição desrespeitosamente contestada pelo pivô que acabara de perder um rebote de modo tosco.

O barco está à deriva, e diretoria-comissão técnica-jogadores tem até o dia 6 de fevereiro, quando o time estreia no segundo turno, contra Joinville, no Jairão, para tentar arrumar a casa.Como diz o comentarista dos canais ESPN, Zé Boquinha: "parece que a vaca deitou".

sábado, 22 de janeiro de 2011

Déjà - vu

Em 2003, o basquete masculino de Assis estreava na primeira divisão do campeonato estadual. Time fraco, jogadores sem rodagem, diretoria esperançosa e torcida apaixonada; assim vivia esporte da bola laranja na cidade.

Como era esperado, naquela temporada o "Conti/Assis" apanhou de quase todos os times que visitavam o acanhado ginásio José Nigro, o GEMA. Até que Jaú, um dos lanternas do campeonato e também recém promovido à elite, veio até Assis. Finalmente, após aquele cotejo, o basquete assisense comemorou um triunfo no estadual, com direito a festa da torcida nas pequenas arquibancadas.

Após o episódio, nos anos seguintes, o basquete de Assis foi emergente, quase grande, e entrou em declínio. Mesmo não sendo em um contexto financeiro como o de 2003, o primeiro triunfo do Assis Basket no NBB3, ontem, contra Vitória(92 X 86), me fez lembrar daquele jogo contra Jaú.

Ontem, a torcida comemorou feito doida uma vitória complicadíssima contra os capixabas, e tem mais é que comemorar mesmo. Tony(foto), jogando a maior parte do tempo como 2, fez 33 pontos, mostrando como a melhora de Zezinho na armação ajuda os dois mais talentosos atacantes de Assis - o próprio Tony e Gianichinni, que não jogou ontem e não jogará contra o CETAF - a produzirem com liberdade. Calderón fez mais uma boa partida, e finalmente começa a mostrar serviço para a torcida. O bom pivô argentino anotou 18 pontos e apanhou 9 rebotes.

Sem querer bancar a "mãe Dinah", mas este blogueiro que vos escreve havia dito que a peleja seria árdua para os donos da casa. Disse também que Vega, Eddy e Filipin deveriam ter atenção da defesa assisense. Pois bem, 15, 18, e 19 foram os pontos dos três jogadores, respecivamente. O destaque dos visitantes, no entanto, ficou para o panamenho Muñoz, 19 pontos e 10 assistências para o pequeno armador.

A verdade é que, com direito a falta de luz no ginásio no fim do segundo quarto, o Assis Basket enfim saiu do zero no NBB3, e agora tem uma série de quatro jogos em casa (Cetaf, Joinville, Paulistano e Pinheiros) para tentar um embalo no certame.

Os mais exigentes vão dizer que Vitória e Cetaf não são times poderosos, que dois triunfos seriam obrigatórios. Poderia ser verdade se os tempos fossem outros. A realidade, em termos de classificação, é bem parecida com a do campeonato paulista de 2003, logo, a festa após as suadas vitórias também deverão ter semelhanças.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Devagar com o andor




Torcedores de Assis, de outros times ou simplesmente pessoas que acompanham o NBB parecem estar com o mesmo discurso: é hoje que o Assis Basket sai do zero.

Às 20h, no Jairão, o único time que não venceu no certame recebe o Vitória. Sem querer ser chato, mas ainda que a possibilidade de triunfo dos donos da casa exista, vale lembrar que o time que não ganhou de ninguém é Assis.

Os capixabas venceram três vezes no NBB3, uma vitória a mais do que os rivais de Vila Velha. Os comandados de Ênio Vecchi bateram Paulistano, Franca e Araraquara, sempre em partidas disputadas em seus domínios. Três vitórias contra adversários que Assis não conseguiu superar.

Além disso, o elenco capixaba não fica muito atrás do assisense. Amiel Vega é bom jogador, Eddy se destaca muito no basquete do Espírito Santo e Guilherme Filipin (pretendido por Assis no começo da temporada)tem um bom tiro de 3 pontos.

A partida de logo mais é perigosa para o Assis Basket por conta da pressão pela vitória e por acharem que o time adversário é uma "baba". Quem for ao ginásio esperando um "baile" dos comandados de Carlão corre o risco de sair mais chateado do que entrou.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Entrevista - Urubatan Lopes Paccini

Urubatan Lopes Paccini é um dos responsáveis pelo basquetebol existir em Assis. Técnico do título assisense da série A-2 em 2002 e comandante nas campanhas da Divisão Especial nas duas temporadas seguintes, Urubatan foi demitido do basquete feminino de Ourinhos após títulos estaduais, nacionais e um sulamericano. A gota d'água foi a derrota de ontem diante Catanduva, em jogo válido pela Liga Nacional Feminina.

A má notícia para o treinador veio quatro dias após uma boa. "Uruba" foi convidado pela diretora das seleções femininas da CBB, Hortência, e será um dos assistentes de Enio Vecchi na seleção feminina adulta.

O Gatilhaço conversou com o técnico sobre a saída de Ourinhos e os planos para a seleção. É só clicar no player abaixo e ouvir.

Ourinhos troca de técnico

Após a derrota em casa diante de Catanduva por 75 a 63, ontem, pela Liga Nacional Feminina de basquete, Ourinhos demitiu o técnico Urubatan Lopes Paccini.

Para o lugar de Uruba o basquete de Ourinhos vai anunciar na tarde desta quarta-feira Antonio Carlos Barbosa, ex-técnico da Seleção Brasileira feminina .Barbosa comandou o basquete feminino do Brasil nas Olímpiadas de 1996, 2000 e 2004.

Urubatan foi convidado por Hortência para ser um dos assistentes da Seleção Feminina, porém, sua saída de Ourinhos foi uma decisão da diretoria, não um pedido do treinador.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ressaca

Passou meio despercebida a surra que o Pinheiros levou na viagem até São José dos Campos, no último domingo, pelo NBB3. O placar de 101 a 65 para o time do interior (28pts de Murilo e 9 assist de Fúlvio) é pra lá de surpreendente.

Não é normal um time do calibre do Pinheiros perder por uma diferença como esta, ainda que não seja um fato muito estranho os paulistanos levarem muitos pontos. Porém, a prerrogativa de quem tem um poder de ataque com Shamell, Marquinhos e Olivinha é levar 105 e fazer uns 90 em uma jornada ruim, não 65 pontos.

É cedo para qualquer tipo de discurso apocalíptico, mas não há quem considere normal uma equipe como a do Pinheiros ter sido tão dominada por Limeira na final do paulista, e poucos dias depois tomar uma lavada de um time de valores similares, ou até um pouco inferiores.

Em relação a São José, os comandados de Régis Marreli estão em uma trajetória de recuperação no campeonato nacional. Se Renato não é mais o mesmo, Fúlvio e Murilo conseguem, até aqui, segurar a barra de um time que, segundo informações, passa por um momento de turbulenta relação com a imprensa de sua cidade.

Coincidência ou não, a turbulência no Vale do Paraíba começou após o estadual, depois de uma derrota para Limeira.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Muito bom

Tudo bem, a situação é péssima e "malhar o Judas" tem sido comum nos últimos jogos do Assis Basket. Contudo, a partida contra Franca não poderia ser muito diferente do que foi. Assis fez jogo parelho e perdeu no fim (75x85 - 23 pts de Tony Stockman). Tudo como tem acontecido.

Quero dedicar o espaço, porém, a duas notícias boas que vieram do certame de ontem, na "sauna" que estava o Jairão. As boas novas atendem por Vitor(foto) e Pedro.

Vitor, o Benite(20 pts e 5 assist), não é uma notícia tão nova, apesar dos 20 anos de idade. Qualquer um que assita basquete nacional vê que o menino é excelente, mas a maturidade e o nível muito acima da média do jogo que se pratica aqui no Brasil apresentado pelo garoto na peleja de domingo foi de dar gosto. Benite deve ir para a seleção já na próxima chamada, não há como deixar de fora um talento como esse. O único fator negativo é que Hélio Rubens escala o garoto por muito tempo na posição 2 , o que pode prejudicar seu crescimento no futuro. Benite É armador e precisa evoluir cada vez mais na posição.

A segunda boa nova do domingo é , de fato, uma novidade. Pedro, filho do técnico Carlão, estreou em uma fogueira danada (Assis levava um vareio no 1º quarto) e foi muito bem. O garoto de 19 anos foi o único que conseguiu pressionar os armadores francanos da maneira como o pai/técnico pediu. Pedro roubou bolas, se jogou, foi incisivo na defesa e fez 5 pontos, apesar da mesária Larissa mais uma vez ter errado e tirado 3 tentos do garoto.

De vez em quando é melhor dar valor para as coisas boas que acontecem no Jairão a cada rodada do NBB3. Ontem, deixei o ginásio satisfeito com a vontade e o bom posicionamento defensivo de Pedro. Mais do que satisfeito, fiquei pasmo com a crescente evolução do ótimo jogador chamado Vítor Benite.



sábado, 15 de janeiro de 2011

Quase

Não foi desta vez que o Assis Basket venceu a primeira no NBB3. Ontem, em Matão, Araraquara fez 77 a 76 nos assisenses. Fernando Mineiro foi o cestinha de Araraquara com 14 pontos, Giane foi o maior pontuador do cotejo com 20 pontos.

Mais uma vez com portões abertos, Assis tentará o primeiro triunfo no campeonato neste domingo,às 11h, contra Franca.

Segunda-feira, no Gatilhaço, teremos post com todas as informações sobre a peleja de domingo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vencedores de Limeira

Quando o cronômetro marcava 24 segundos para o final do jogo 4 da decisão do paulista, Eric Tatu(foto) tinha a bola nas mãos. Um arremesso no fim, sem tempo de um contra-ataque para o adversário era o que mandava Demétrius, ou qualquer outro técnico de basquete.

Confesso que imaginava alguma bola forçada para dentro, algum arremesso marcado, uma bandeja sem sucesso por cima dos pivôs do Pinheiros ou qualquer outro tipo de movimento baseado em emoção, sem qualquer tipo de racionalidade.

Tatu recebeu um bloqueio, foi para a esquerda, teve o caminho bloqueado e quando voltou para a direita viu Ramón em plenas condições de um arremesso longo.Pois bem, como durante todo este campeonato paulista Limeira remou contra a maré dos tiros de 3 pontos forçados,o armador olhou para o dominicano e achou André Bambu livre, a menos de dois metros da cesta.

Sim, na minha opinião o lance que definiu o paulista foi pra lá de emblemático. Tatu, que jogou muito no último período, é uma redescoberta de Demétrius, um mérito enorme do técnico. Remanescente do primeiro título limeirense, Eric era o terceiro armador do time de Zanon. O reserva de Nezinho era Betinho, não Tatu. O mesmo Tatu tinha tudo para ser o reserva de Ronald Ramón, e até foi no começo do paulista, mas como Demétrius disse em entrevista ao Gatilhaço, um dos pontos fundamentais para o crescimento do time foi a opção por jogar com dois armadores.

Defender o poder de fogo do Pinheiros é uma tarefa ingrata.Com os armadores subindo a defesa em 3/4 de quadra e jogadores comprometidos com o jogo coletivo, os limeirenses provaram que existem alternativas para amenizar a falta de dinheiro.

Jogadores, treinador e torcida estão de parabéns. Sem grandes estrelas no time, o bi com certeza foi muito mais saboroso.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O bloquinho


Não há muita coisa para ser dita após mais uma derrota do Assis Basket. Além das informações básicas como o placar de 78 a 74 para Bauru, ontem, no Jairão, e os 24 pontos de Jeff Agba para os visitantes, decidi compartilhar com os amigos leitores do blog minhas anotações feitas durante a partida em meu famigerado bloquinho amarelo. Fui escrevendo minhas percepções do jogo período por período.


1ºquarto

- Ataque[de Assis] sem fluidez, principalmente quando a bola esta a mão dos alas 3

- Defesa [de Assis] com pouca disposição , erros infantis

- Tony Stockman atuando como 2

- Giane muito bem no ataque

- Jeff Agba dominante no garrafão

- período termina em 18 a 18


2ºquarto

- Carlão muda a defesa para zona

- Fischer pontua com liberdade e Carlão volta para defesa individual

- Matão não olha para a cesta no ataque

- Paulão melhora os rebotes de Assis

- Calderón bem no ataque

- Douglas Nunes hesitante no ataque bauruense

- arbitragem permissiva quanto aos empurrões das duas defesas

- período termina em 36 a 29 para Assis


3ºquarto

- Larry Taylor comanda o ataque de Bauru. Muito bem no 1 contra 1

- Zezinho bem na partida desde o primeiro tempo

- Disposição defensiva [de Assis] melhora

- Ataque [de Assis] flui melhor

- Paulão muito bem no ataque e na defesa

- Ninguém consegue defender Larry Taylor

- Assis continua pecando nos lances livres

- período termina em 58 a 55 para Assis


4ºquarto

- Luciano Matão faz seu melhor jogo ofensivo "pós crise"

- Luciano Matão é batido com facilidade da defesa

- Bauru domina os rebotes ofensivos com Douglas Nunes e Jeff Agba

- Torcida pede Paulão

- Giane e Stockman não conseguem atacar

- Torcida pede Paulão mais uma vez

- Bauru vira o jogo e Assis parece muito tenso no ataque

- Ataque de Assis se resume a bater bola fora da linha de 3

- Ações ofensivas [de Assis] fora de qualquer sistema

- Douglas Nunes mete a bola do jogo

- Fim de jogo: 78 a 74 para Bauru

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Insisto que não há muito o que se comentar. O Assis Basket teve algumas melhoras em sua postura tática e técnica. Zezinho vem fazendo boas partidas, Matão está melhorando no ataque, Calderón continua evoluindo, mas o psicológico da equipe está em frangalhos.

Quanto ao treinador, me parece que ele mudou o jeito do time jogar e está cobrando mais empenho. Penso que ele errou ontem ao não ter aproveitado mais do bom momento de Paulão no jogo, mas são escolhas.

Araraquara, Franca e os dois capixabas. O Assis Basket vencerá no primeiro turno?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Além do clássico "fake"



Sem cobrar ingressos, o Assis Basket vai tentar sair da situação vexatória de "saco de pancadas" do NBB3 hoje , às 20h, em um Jairão com um público um pouco melhor talvez. O adversário é o bom time de Bauru de Larry Taylor, Fischer e do excelente Douglas Nunes.

A TV Tem (afiliada regional da Rede Globo) tenta vender o jogo como um "clássico regional" de muita rivalidade. Balela. É uma proposta pra lá de forçada.Os times e torcidas não compartilham deste tipo de embate. O grande rival de Assis é Limeira, o grande rival de Bauru é Franca.

Rivalidade artificial à parte, o pessoal de Assis tem uma atmosfera diferente para o cotejo de logo mais. Um spot de rádio com uma espécie de "convocação" para a torcida está sendo veiculado desde a manhã desta terça-feira pelas emissoras locais, a diretoria fez reunião a portas fechadas com os jogadores e o ginásio deve receber um público maior, logo, mais pressão, para bem ou para o mal.

Se Carlão conseguir fazer sua equipe jogar como nos dois primeiros períodos contra São José dos Campos a probabilidade de êxito é muito maior. Contudo, os baurenses podem contar com Larry inspirado, e aí qualquer defesa fica desequilibrada.

Apesar de protestos da torcida, o técnico de Assis não tem seu emprego arriscado, ao menos foi o que apurei junto a diretoria do clube.Mas convenhamos, uma posível série de 0-10 vale muito mais que o emprego de um treinador.