quinta-feira, 19 de maio de 2011

Olho neles - a preocupação com a arbitragem nas finais do NBB

Logo mais, às 21 horas, Brasília e Franca entram em quadra na capital federal para o início da decisão do NBB3. Muita coisa pode ser dita, muitas análises podem ser feitas, mas prefiro deixar as questões técnicas, táticas, os duelos particulares e as rivalidades para outros blogs prá lá de competentes como o Rebote, o Giro no Aro e o Draft Brasil, por exemplo.


De minha parte, prefiro abordar um tema que motivou uma conversa minha com o amigo Fábio Balassiano, do Bala na Cesta, poucos dias atrás, via twitter: a arbitragem.


Pra começo de conversa já deixo claro que acho a arbitragem do basquete brasileiro muito ruim, e que o fato de termos juízes apitando finais de torneios internacionais não mudam minha opinião pelo simples fato de um mesmo árbitro apitar com critérios diferentes no campeonato paulista, no NBB e em torneios FIBA. É algo muito semelhante ao que ocorre com os homens do apito do futebol brasileiro.


Os critérios que mudam de acordo com o "distintivo" do torneio já são irritantes. Porém, a mudança de critérios dentro de um mesmo cotejo incomoda mais ainda. Os juízes brasileiros - e nesse ponto não há exclusividade tupiniquim - apitam de um modo durante 35 minutos de jogo e de outra forma nos cinco derradeiros. Sem falar que um contato ínfimo do defensor no homem da bola é punido com falta, a não ser que estejamos a poucos segundos do fim do jogo ou de um período. Nesse caso vale puxão de camisa, tapa no braço e arranhão.


Muito se fala, aliás, sobre a arbitragem brasileira "não deixar defender". Já vi e ouvi blogueiros dizendo isso, e até concordo. Porém, a ausência de critérios aparece até nesse caso. O jogo de hoje será uma boa oportunidade de repararmos como os contatos no homem da bola são rapidamente punidos com falta, atrapalhando quaisquer iniciativas de se defender agressivamente. Por outro lado, situações de bloqueio no atacante sem bola são um "Deus-nos-acuda". Os juízes são permissivos com acintosos agarrões, muito mais notórios para quem assiste ao jogo no ginásio, mas que eventualmente não escapam das transmissões da TV. Alex Garcia e Helinho são mestres na técnica do agarrão.


Torço muito para que Cristiano Maranho, Fernando Serpa e Flávia Almeida façam uma boa arbitragem e desmintam os parágrafos escritos acima. Caso contrário veremos Nezinho, Alex, "Hélio pai" e "Hélio filho" reclamando o jogo todo (como isso é chato), veremos os juízes dando umas duas faltas técnicas para impor respeito, mas que logo são compensadas com uma falta do ataque na sequência (quem nunca viu isso, hein?) e tudo isso pode inflamar ainda mais os ânimos de dois times que nutrem uma rivalidade já conhecida de outros carnavais.


O que também já é conhecida é a capacidade que o basquete brasileiro tem de mostrar confusões em seus momentos de decisão. O apito responsável tem poder para acabar com essa sina.

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