segunda-feira, 23 de maio de 2011

Quando o fim é só o começo

O fim do Assis Basket não foi anunciado da maneira como era esperado por todos. Ao invés de uma entrevista coletiva com representantes da Autarquia Municipal de Esportes - AMEA - e Clube Campestre (os dois "comandavam" o projeto, certo?) uma nota oficial sem a assinatura do presidente do clube foi enviada à imprensa.


A falta do nome do presidente Joaquim Carvalho da Mota Júnior no rodapé da nota causou estranheza, mas um outro fator tem grandes chances de fazer com que a "Guerra Fria" entre os grupos do vice-prefeito João Rosa (Clube Campestre) e do prefeito municipal Ézio Spera (AMEA) esquente de vez. No comunicado oficial o clube alega que "apesar de nossos esforços diuturnos, o apoio, de extrema importância, que recebíamos da Autarquia Municipal de Esportes, foi interrompido sem aviso prévio, impossibilitando nossas ações de buscas novos patrocinadores, haja visto as datas de início dos campeonatos". Isso significa que o Clube Campestres, de maneira oficial, culpa a falta de apoio da administração municipal pelo fim (ou interrupção, como queiram) do Assis Basket.


Tenho certeza que o presidente da AMEA, Vinícius Guilherme Símile, não irá gostar nada de ser apontado como vilão da história, mesmo que seja coadjuvando o prefeito Ézio Spera. Ainda mais porque circula a informação, extraoficialmente, de que na verdade a AMEA não cortou seu aporte ao basquete, mas sim que uma instituição financeira que não tem seu nome divulgado, mas que vem arcando com uma boa parte das despesas do Assis Basket, interrompeu integralmente seu repasse à modalidade. Com a carta da isenção na manga, a administração pública deve se pronunciar nos próximos dias, e aí o embate político terá mais um forte episódio, tal qual o discurso do vice-prefeito na câmara municipal, em março de 2011, explicando os motivos de seu rompimento com o prefeito Ézio Spera.


O fim do Assis Basket está bem longe de ser o fim das rusgas que polarizaram a administração pública assisense. A AMEA esperava fazer parte do anúncio, mas foi apontada como vilã. O Clube Campestre, aparentemente, se eximiu das responsabilidades de não ter uma alternativa para o rompimento com o município, tampouco divulgou oficialmente a existência de seu mecenas misterioso que estaria deixando de contribuir com o time.


Como diz uma música de uma das minhas bandas favoritas, os "Strokes": "The end has no end" ("o fim não tem fim").

3 comentários:

  1. Isso é muito triste. A torcida do Assis Basket merecia uma palavra do Presidente e do restante da Diretoria. Uma carta dizendo até breve parece muito pouco para uma torcida que já estava se preparando para grandes jogos em 2011...

    ResponderExcluir
  2. Parabéns pelo furo jornalístico a algumas semanas já meu caro Felipe. Já atualizei a informação no mercadão do basquete do www.jornadaesportiva.com.br, inclusive creditando a sua informação. Uma pena que o esporte em Assis vem acabando por divergências políticas. Vide o futsal, o péssimo momento do Assisense no futebol e agora o basquete. Um abraço e parabéns pelo trabalho.

    ResponderExcluir
  3. o Assis basket se junterá as outras coisas que a prefeitura acabou alegando falta de dinheiro
    1:Horto= Todos se lembram desse episodio que acabou com a unica opçao de lazer da cidade
    2:FICAR= Também o mesmo motivo...falta de dinheiro.acabamos passando a bola para ourinhos que mantem ate hoje a FAPI e o basquete e é uma cidade do mesmo tamanho de assis
    3:Assis basket

    LAMENTAVEL de qualquer forma ezio e joao rosa são os culpados.(ezio so sai do poder em 2013)

    E pra onde vai esse dinheiro todo que eles economizaram??

    ResponderExcluir

Opine