terça-feira, 29 de março de 2011

Sem alicerce

Não fui ao Jairão no sábado, às 18h, mas vejo no site (horroroso) da Federação Paulista que a equipe sub-17 do Assis Basket perdeu na estreia do estadual por 64 a 57 . O adversário foi Jundiaí.

Ainda não vi os números de pontuação dos jogadores no cotejo, e , como já disse, não pude ir ao jogo (prometo que tentarei ir ao próximo, no sábado), mas a informação que ouvi de uma pessoa conhecedora do basquete e do time em questão é que "o grupo é fraco". É claro que depois de ver algum jogo tirarei minhas conclusões, mas o resultado inicial somado ao que ouvi me fazem ter cada vez mais certeza de que a má campanha do Assis Basket adulto na temporada é a ponta do iceberg.

O time sub-17 tem jogadores formados aqui em Assis, nenhuma contratação (ao que me consta, pelo menos), e isso poderia ser um ponto positivo. O problema é que não reforçar a equipe com jogadores de fora não é parte de uma política de valorização dos "pratas da casa", mas sim a única opção que restou ao esforçado técnico Márcio Kanthack.

Além disso, o fato dos garotos não terem tanta qualidade assim atesta para o descaso com as categorias de base que a cada ano se mostram mais enfraquecidas. Aquele monte de garotos no Clube Reacreativo (imagem), sob o comando do técnico Pantera, simplesmente não existe. O resultado é visto nas quadras, já que a cada temporada é mais clara a impressão de que simplesmente "jogam" os garotos no campeonato estadual, já que é obrigatório ter alguma categoria de base em disputa para que um time adulto jogue a A-1.

O bonde passou e ninguém pegou, essa que é a verdade. Nos tempos de efervescência do basquete em Assis poderia se ter aproveitado a chance para a elaboração de uma escolinha mais sólida, uma consolidação de uma boa equipe cadete, e juvenis que realmente pudessem integrar a equipe adulta. E não me venham falar que Henrique Hernandes, hoje com condições de entrar e jogar entre os grandes, é fruto de um bom trabalho. Ele é um fato isolado da última geração razoavelmente competitiva da cidade (nascidos em 1992).

Torço para estar enganado em relação a qualidade do time sub-17 de Márcio Kanthack, e tentarei ir ao Jairão para ver bons valores. De qualquer forma, só por ainda nadarem contra a maré, os garotos estão de parabéns.

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