"Infelizmente, hoje eu acabei me empolgando com a equipe no terceiro quarto, e deixei o quinteto até o fim, mas eu poderia ter dado uma revezada. Praticamente, eu troquei só o Zezinho". As palavras são de Carlão, reconhecendo o erro cometido de não ter feito mais trocas no time que vinha fazendo jogo parelho contra o Pinheiros, mas que ruiu fisicamente no último período e levou uma surra de 32 a 16 nos dez minutos finais.
A derrota de sexta-feira para o líder do NBB3 (94 x 81) até parecia improvável durante 30 minutos de jogo. Enquanto Tony Stockman (27 pts) teve fôlego para fugir da marcação de Figueroa, o Assis Basket conseguia igualar a partida, trocando pontos, ou até desconcentrando o ataque da equipe da capital, permitindo arremessos precipitados de Thomas e André.
Quando Shamell (24 pts) "chegou para o jogo" era difícil imaginar que Ricardo Giannecchini (21 pts), desgastado por ajudar Tony no ataque, conseguiria impedir o ímpeto ofensivo do norte-americano. Tampouco Luciano Matão (que nem teve a prerrogativa de atacar bem) tem defesa suficiente para marcar o camisa 24 do Pinheiros. Aí está o único erro de Carlão no jogo, admitido por ele mesmo: faltou troca. Cauê e Cícero poderiam ter tirado um pouco da pontuação de Shamell, mas aí fica a pergunta "e o resto?".
Apesar da eventual falha do treinador, o time do Pinheiros tem seu jogo inteiramente baseado no potencial ofensivo de três caras que dificilmente são parados (em âmbito doméstico, claro). Mesmo se Carlão fizesse as trocas na marcação de Shamell, Olivinha poderia fazer mais que seus 26 pontos, Marquinhos mais que seus 19. O cobertor é curto demais.
Contudo, avalio como bom o fato de o time assisense finalmente ter encaixado. Os pivôs participam mais do jogo, a bola roda mais com Zezinho na armação, e Tony e Giane são, definitivamente, os alas pontuadores da equipe, já que Matão não é um 3 plenamente confiável.
Lamenta-se, porém, que o bom basquete veio tarde demais...
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