sábado, 4 de dezembro de 2010

Entrevista - Fred Duarte "Varejinho"

Frederico Duarte Brito dos Santos(foto) nasceu no Rio de Janeiro, tem 19 anos e atualmente joga no Flamengo. Na noite de sexta, em Assis, o jovem ala esteve em quadra por 52 segundos, não segurou um passe dado por Hélio e logo saiu.
Conhecido pelo cabelo e o apelido em conseqüência dele, Varejinho, o garoto tem uma história bacana nas categorias de base da seleção brasileira, e também tem uma passagem pelo basquete espanhol que durou duas temporadas.
Formado na base do Central de Niterói (RJ), Varejinho disputou o campeonato nacional juvenil e a Terceira Divisão Espanhola pelo Torrejon. O Gatilhaço resolveu falar com o garoto, principalmente para saber ainda mais das diferenças de treinamento do basquete daqui e de lá.


Gatilhaço – Como aconteceu de você sair do Rio para ir jogar na Espanha?
Varejinho – Eu já tinha ido para algumas seleções brasileiras de base, aí um pessoal daqui do Brasil me procurou e entrou em contato com o time da Espanha e au já fui pra lá.

Gatilhaço – Como era seu tempo de quadra lá?
Varejinho – Quando eu jogava o Júnior eu atuava quase que o jogo todo. Quando eu fui para a Terceira Divisão, pelo time adulto, eu tinha médias de 15, 20, até 25 minutos por jogo.

Gatilhaço – Você está viajando o Brasil com o Flamengo agora. A estrutura da Terceira Divisão da Espanha é muito grande comparada com o NBB?
Varejinho – Não, não. Eu posso dizer pelo Flamengo pelo menos que a estrutura que está sendo oferecida é um pouco parecida, ou melhor até do que a Terceira Divisão de lá. Eu acho que o basquete no Brasil está trabalhando para melhorar.

Gatilhaço – Alguns jogadores brasileiros estão voltando da Europa. È só a crise financeira de lá, ou tem algum outro motivo?
Varejinho – É a crise também, mas eu acho que é um pouco da gente mesmo. Ficamos muito afastados da família. Tem os dois lados, o da crise e de querer fazer o que a gente gosta perto da nossa casa.

Gatilhaço – Qual a principal diferença que você sentiu da formação do jogador aqui e a de lá?
Varejinho - Eu senti que eles são mais comprometidos com o basquete lá. Eles levam o basquete muito a sério. Cobram muito independentemente se você tem 17, 16, 15 anos. Se você entra em uma quadra de basquete, para eles, você pode ser cobrado. Quando eles vêem que você pode dar o melhor, mas ainda não chegou lá, eles cobram mais ainda.

Gatilhaço – No trabalho do dia a dia, quanto tempo, mais ou menos, era dedicado ao trabalho de fundamentos?
Varejinho – Na Espanha eu treinava muito fundamento, mas separado do treino normal. Treinávamos em dois períodos com o time, depois o técnico passava um treino de fundamento em horário separado. Quase sempre era uma hora antes do treino com a equipe. O próprio técnico do time acompanhava os exercícios.

Gatilhaço – Qual tipo de fundamento era mais passado para você especificamente?
Varejinho – Eu treinava mais arremesso em movimento. Treinar arremesso parado é bom para meter bola, mas eu acho que no jogo, a maneira mais difícil de acertar um arremesso é em movimento. Então, o treino era dar um “pique”, parar e arremessar. Era o que eu mais treinava.

Gatilhaço – Do pessoal mais novo que está se destacando agora, Jordan Burger (Paulistano), Raulzinho (Minas), Lucas Bebê (Estudiantes/Espanha), você jogou com ou contra eles? Você conversa com esse pessoal?
Varejinho – O Jordan é da mesma idade que eu, então eu já fui para seleção brasileira de base com ele. Na Espanha eu quase joguei o campeonato contra o Jordan.O Raulzinho já foi para seleção de base comigo, e eu já joguei contra ele também. O Bebê jogou comigo em Niterói, a gente é bem amigo.

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