segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Troca de comando em Minas Gerais

Acabo de ler no ótimo blog Sexto Homem que Ratto foi demitido de Uberlândia após as derrotas para Bauru e Assis, no último fim de semana. Segundo informações, Chuí poderá ser o substituto.

Penso que a troca é interessante. Chuí fez boas temporadas em Araraquara, tem mais experiência que Ratto e um repertório mais vasto. É impressionate como o ataque da equipe mineira é desorganizado, a defesa é desatenta e como o ex-armador da seleção brasileira não conseguiu implantar qualquer padrão tático ao time.

A boa campanha de Uberlândia é fruto da individualidade de Valtinho e dos americanos acima da média (principalmente Collum). Com a injeção de ordem que pode vir com Chuí, a força dos mineiros pode ser bastante aumentada.

Tirando dos ricos

O que aconteceu nos primeiros 10 minutos do jogo de domingo, no Jairão, foi uma das coisas mais impressionantes que eu já vi no basquete. In loco, com certeza foi a mais absurda. Robby Collum (foto) fez 21 pontos em 23 tentados, e terminou o 1ºquarto apenas um ponto atrás de todo o time do Assis Basket.

Sem Valtinho, Uberlândia dependia mais ainda de seus dois americanos, no entanto o time mineiro demonstrou uma desorganização tática absurda. O ataque foi todo fruto de individualidade, nada combinado. Acontece que a individualidade de Collum (40 pts no jogo) era suficiente para fazer a vantagem do time visitante chegar a 20 pontos.

Assim como aconteceu na partida contra Brasília, um pedido de tempo de Carlão começou a mudar o jogo. Era necessário, mais uma vez, abrir mão de jogadores com mais recursos ofensivos para que a defesa recolocasse o time na briga. O resultado foi melhor que a encomenda, já que o sempre voluntarioso Cauê defendeu bem como de costume e foi excelente no ataque(16pts em 20 tentados). De longe, a melhor partida do garoto com a camisa do Assis Basket.

Com a vantagem no marcador despencando, Ratto, técnico de Uberlândia, não conseguia fazer sua equipe parar o inspirado Tony Stockman(26 pts - foto), nem colocava qualquer tipo de organização em seu ataque. O time de Minas Gerais era "Collum Basquete Clube", mas o revezamento de defensores na cola do americano diminuiu seu aproveitamento e impediu que o ótimo ala decidisse a peleja em favor dos visitantes.

A quinta vitória do Assis Basket no NBB3 (94 x 90) coloca o time de vez na briga por uma vaga nos playoffs.Hoje a equipe estaria classificada para as oitavas e enfrentaria Uberlândia. O atual 12º lugar representa de fato as condições do time. Assis não tem elenco para ser saco de pancadas, o que não significa que o time é fantástico.

Desde o início deveria ser assim: bater os intermediários e tentar beliscar os grandes nas partidas com mando de quadra. Faltou vencer os "menores". Robin Hood feelings...








sábado, 26 de fevereiro de 2011

Boa, Carlão ! ! !

A última coisa que os torcedores assisenses esperavam ver na noite de sexta-feira era uma vitória diante de Brasília. Quem foi ao Jairão, ou mesmo o pessoal da comunidade do Assis Basket no orkut, dizia que perder de pouco e dignamente já era lucro.

Mesmo antes de ser surpreendido pela vitória assisense por 91 a 88, fiquei espantado com a passividade brasiliense no último período. Após abrir 13 pontos de vantagem, os atuais campeões do NBB pareciam passear em quadra. O técnico, José Carlos Vidal, pedia tempo e apenas ouvia Alex e Guilherme "passando instruções" para o time que via Assis encostando cada vez mais no marcador.

Tanto encostou que virou o jogo, e a virada teve dois nomes importantes:Zezinho e Carlão.

O armador impediu que Nezinho entrasse no garrafão, induziu o adversário aos arremessos de 3 precipitados e foi o condutor consciente/incisivo que mudou a cara do jogo nos 10 minutos finais. Zezinho só fez isso porque Carlão teve a coragem de abrir mão do talento em prol da disposição defensiva no último quarto. O técnico assisense soube tirar Tony quando o jogo pediu, já que no segundo tempo o "gringo" pouco produzia (16 dos 22 pontos dele foram no 1ºtempo). As entradas de Zezinho, Cauê e André somadas ao melhor jogo de Luciano Matão na defesa proporcionaram a surra de 34 a 18 para os donos da casa no período final.

Falar da desorganização brasiliense no fim do jogo, das decisões erradas de Nezinho e do "clima estranho" nos banco de reservas candango nem vale tanto a pena diante de tamanho triunfo.

Na manhã de quinta-feria eu havia postado o seguinte tuíte "Perdi toda a vontade de ir ao jogos do basquete de Assis. Vou por compromisso profissional mesmo. O prazer não existe mais, infelizmente". Não que esteja totalmente motivado agora, mas ver a alegria e a emoção do Assis Basket ontem me deixou bastante satisfeito. Talvez o mais emocionado fosse Carlão, que mal conseguia conceder entrevista ao blogueiro no fim do jogo. Coloquem esta vitória na conta dele.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

No limite




"Infelizmente, hoje eu acabei me empolgando com a equipe no terceiro quarto, e deixei o quinteto até o fim, mas eu poderia ter dado uma revezada. Praticamente, eu troquei só o Zezinho". As palavras são de Carlão, reconhecendo o erro cometido de não ter feito mais trocas no time que vinha fazendo jogo parelho contra o Pinheiros, mas que ruiu fisicamente no último período e levou uma surra de 32 a 16 nos dez minutos finais.

A derrota de sexta-feira para o líder do NBB3 (94 x 81) até parecia improvável durante 30 minutos de jogo. Enquanto Tony Stockman (27 pts) teve fôlego para fugir da marcação de Figueroa, o Assis Basket conseguia igualar a partida, trocando pontos, ou até desconcentrando o ataque da equipe da capital, permitindo arremessos precipitados de Thomas e André.

Quando Shamell (24 pts) "chegou para o jogo" era difícil imaginar que Ricardo Giannecchini (21 pts), desgastado por ajudar Tony no ataque, conseguiria impedir o ímpeto ofensivo do norte-americano. Tampouco Luciano Matão (que nem teve a prerrogativa de atacar bem) tem defesa suficiente para marcar o camisa 24 do Pinheiros. Aí está o único erro de Carlão no jogo, admitido por ele mesmo: faltou troca. Cauê e Cícero poderiam ter tirado um pouco da pontuação de Shamell, mas aí fica a pergunta "e o resto?".

Apesar da eventual falha do treinador, o time do Pinheiros tem seu jogo inteiramente baseado no potencial ofensivo de três caras que dificilmente são parados (em âmbito doméstico, claro). Mesmo se Carlão fizesse as trocas na marcação de Shamell, Olivinha poderia fazer mais que seus 26 pontos, Marquinhos mais que seus 19. O cobertor é curto demais.

Contudo, avalio como bom o fato de o time assisense finalmente ter encaixado. Os pivôs participam mais do jogo, a bola roda mais com Zezinho na armação, e Tony e Giane são, definitivamente, os alas pontuadores da equipe, já que Matão não é um 3 plenamente confiável.

Lamenta-se, porém, que o bom basquete veio tarde demais...




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Vitória e confiança



O segundo turno segue positivo para o Assis Basket. Apesar do fato absurdo, ridículo, surreal e mais tantos outros adjetivos negativos de o time mandar um jogo em Bauru (Santo Sportv), os comandados de Carlão fizeram 72 a 60 em um estranhamente desorganizado Paulistano (21 pts de Tony Stockmam).

Continuo gostando da postura do time de Assis no início dos jogos. Mais transição, mais contra-ataque, mas rapidez. A opção do técnico por 3 armadores em quadra ajudou muito nessa nova postura, que pode não ser a mais correta em termos táticos, mas sem dúvida é a mais adequada ao elenco.

O Paulistano foi péssimo. Esperava mais de um time que tem um treinador como Gustavo de Conti, técnico com fama de atualizado e bem preparado. Os garotos da capital só conseguiram complicar o jogo com uma defesa pressionada no último quarto. Muito mais por falhas de Assis do que por mérito do Paulistano. O ataque? Deixa pra lá . . .

Amanhã, às 19h, no Jairão, a partida é bem mais difícil. Contra o líder do NBB3, o Pinheiros, Assis tentará manter o bom momento no certame. Vale lembrar que os assisenses já complicaram jogos contra times grandes, mas perderam em detalhes dos momentos finais. Um deles era a confiança, e agora parece que este não é mais o problema.


PS: Amanhã, estarei no Jairão desde às 16h. Sábado espero postar entrevistas bem legais por aqui.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ele tem que decidir

Giannecchini (foto) é o melhor jogador do Assis Basket. Dentre todos os que compõe o atual elenco, ele é o jogador com mais repertório para mudar, decidir ou controlar uma partida.

Ontem, em mais um domingo escaldante em Assis, Giane anotou 23 pontos e foi o dono do jogo no segundo triunfo do Assis Basket, desta feita contra Joinville (85 x 74). Além do fato de ter sido cestinha do time, me agradou o fato de o camisa 7 de Assis ter ficado com a bola nos momentos de decisão, nas horas em que o ataque assisense, em outros jogos, falhava ao delegar as decisões para um precipitado Tony Stockman.

Outra mudança importante foi no jeito de jogar do time. Carlão, que vinha mostrando pouca variação no modo de jogar do time, deixou a cadência ofensiva de lado para optar por um jogo de transição, mais rápido. Deu certo. Uma das melhores defesas do Brasil, a de Joiville, passou da margem ideal de 80 pontos tomados. Mérito para treinador.
Quanto aos catarinenses, penso que, entre as melhores equipes do NBB, ela é a mais fraca, com menos opções de banco, principalmente na ala 3 e no pivô 5.

Na quinta-feira, o Assis Basket encara o Paulistano, em má fase. Jogo em quadra neutra(Bauru), mas uma boa oportunidade para ganhar confiança e fazer um bom jogo contra o Pinheiros, na sexta-feira, com transmissão do Sportv.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aviso aos leitores

Peço desculpas por não ter postado muita coisa no último dias. Acontece que este blogueiro estava envolvido (até último fio de cabelo) em preparativos de sua formatura.

Para os que estão pedindo temas de post na caixinha de comentários e opinando sobre outros assuntos, prometo que farei prévia do jogo entre Assis e Joinville.

Obrigado aos que me parabenizaram pela formatura. Agradeço também a compreensão de todos.

Abraços.

Felipe Modesto