segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Adeus 2010

O blog avisou, e não precisava ser nenhum gênio para saber que nas sete primeiras partidas no NBB3 o Assis Basket teria dificuldades enormes. Era previsível, mas não faz com que seja passivamente aceitável.

O mestre Wlamir Marques diz que o comentário no basquete deve ser pontual, por isso, é preciso que se faça uma reflexão a respeito de como as derrotas aconteceram, além de perceber que em alguns casos o Gatilhaço poderia ter sido contrariado e o time poderia ter vencido, mas as chances não foram aproveitadas.

Números mostram que em 4 das 7 partidas o basquete assisense sofreu derrotas sem oferecer resistência ao adversário, ou como se diz no popular, não fez jogo "pau a pau" até o fim. Foram 20 pts de diferença contra o Pinheiros, 14 pts contra o Flamengo, 29 contra Brasília e 22 diante de Uberlândia.

Nos outros três cotejos, Assis perdeu por diferenças pequenas, ou seja, teve chances de vitória, mas sofreu por falta de capacidade de decisão. Contra Joinville foram 5 pts de diferença, diante do Paulistano foram 6 pts, contra o Minas a diferença foi de 4 pts.

As situações, mais do que os números, mostram que as coisas realmente não andam normais com a equipe azul e branca. Depois da primeira fase do campeonato paulista, o time se desencontrou. Não que fosse obrigação vencer Brasília ou Pinheiros, por exemplo, mas também não se pode achar normal levar "surras" de 20 pts ou mais. É muita passividade, pouca imposição de dificuldades ao adversário.

Não há como comparar o jovem elenco atual do Assis Basket com o do ano passado, por exemplo. Borders, Thomas, Parker, Bahia, Tischer, Mosso em grande fase e Giane integravam um grupo experiente e competitivo. Mas é possível estabelecer um comparativo com o elenco limitado que disputou o NBB1 e ver como o time se comportou contra "os grandes" do basquete nacional.

Após um decepcionante campeonato paulista 2008/2009, o Conti/Assis acabou e o Assis Basket entrou em cena. Para a edição de estreia do NBB estavam por aqui Fernando Reis, Perez, Darlan, Alfredo, Otávio, Nilo e Feliz. Vejamos os resultados daquele grupo no primeiro turno.

Brasília 88 x 75 Assis
Assis 78 x 77 Bauru
Assis 68 x 73 Paulistano
Assis 87 x 77 Pinheiros
Flamengo 84 x 72 Assis
Minas 94 x 84 Assis
Assis 83 x 80 Franca
Assis 81 x 79 Araraquara
Limeira 80 x 78 Assis
São José 68 x 69 Assis
Lajeado 72 x 83 Assis
Joinville 82 x 64 Assis
Assis 63 x 68 Cetaf
Assis 93 x 73 Saldanha da Gama

Em todo primeiro turno do NBB1 o limitado time de Assis sofreu apenas uma derrota "inapelável" que foi para Joinville.


A comparação feita pelo blog não tem quaisquer objetivos de desqualificar um time em detrimento do outro, mas sim de dizer que aquela equipe - tão limitada quanto a que o basquete assisense tem hoje - teve uma postura de luta mais honrosa, fator que não ganha jogo, mas que arrebanha a simpatia de torcedores.


Quando digo que algo de errado está acontecendo no atual elenco do Assis Basket, me refiro a falta de confiança que seguidos resultados negativos têm trazido. Não se pode aceitar que um time adulto que tem bons valores individuais perca quatro jogos de forma passiva. Também não é normal ver que nas chances que teve de vitória (Joinville, Paulistano e Minas) o atual elenco não teve confiança suficiente para triunfar.


A moral da história é que o time não é a oitava maravilha do mundo, mas não é fraco ao ponto que o panorama sugere. Alguma atitude deve ser tomada para que os jovens jogadores retomem a alegria das apresentações contra Franca e Limeira, ambas no estadual.


No mais, adeus Ano Velho. . .





sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Zero Meia

Tem tudo para ser uma barbada. Não é nada de anormal dizer que algo diferente de uma fácil vitória de Brasília diante de Assis,logo mais, às 20h, no DF, será uma enorme surpresa.

O time da capital federal tem apenas uma derrota no NBB3, além de ter no currículo recente o título de campeão Sul-americano.

Usando a lógica, se o Assis Basket levou 14 pontos de diferença do Flamengo, em pleno Jairão, logo, Brasília, que venceu o Mengão na final do torneio da América do Sul, tem tudo para passar por cima do time assisense.

A lógica não anda ao lado do esporte, mas a competência está sempre ligada ao triunfo em quadra (óbvio, não?). Brasília tem Nezinho, Arthur, Alex, Guilherme Giovanoni(foto), Tischer (melhorou muito) e Cipriano. Um elenco cheio de alternativas que terá pela frente um time que até não vem fazendo más atuações, contudo, está com a confiança em baixa após uma série de 7 derrotas (2 pelo estadual e 5 pelo NBB3).

O Assis Basket tem tudo para sair de quadra como "zero meia" no NBB3, logo mais. Resta saber como ficará a cabeça do grupo caso se confirme outro revés.

PS: Sempre é bom lembrar do que o Gatilhaço disse sobre os primeiros sete jogos do Assis Basket no NBB3 http://gatilhaco.blogspot.com/2010/10/as-trombetas-soarao.html

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

A chance perdida



Se tinha um jogo capaz de mudar o panorama de 7 derrotas nos primeiros jogos de Assis no NBB3, o jogo era o de ontem(05/12), contra o Minas. Não que o Minas seja fraco, longe disso, mas com uma equipe completa era possível que o Assis Basket vencesse o primeiro cotejo no campeonato nacional.


Depois de um primeiro quarto defensivamente fraco, Carlão acertou em cheio no segundo período. Mudou a defesa para uma match-up, diminuiu os tiros de fora de Arnaldinho, dificultou a entrada de Sucatzky no garrafão, além de atrapalhar o jogo de Michel, com Paulão e André muito bem nas rotações de ajuda.


Os erros, na minha opinião, começaram a partir do terceiro período. Apesar de ser a melhor opção de criação ofensiva do time, Tony Stockman estava visivelmente debilitado pelo calor. O armador do Assis Basket deixava a defesa fragilizada, logo, Zezinho, que havia entrado bem no segundo quarto, poderia ter voltado. Sem defesa, as jogadas em dupla de Sucatzky/Michel saiam com mais facilidade, além dos tiros de média distância do argentino do Minas.


Em relação a defesa, penso que o match-up deveria ter sido mantido, contudo, o maior erro foi quando Carlão tirou Cauê para a entrada de Cícero, no terceiro quarto. Cauê estava muito bem na defesa e produzindo no ataque. Se saiu por ter feito a terceira falta, foi precipitação do técnico. Se saiu por opção tática, o erro foi de estratégia. Não fazia sentido ter Cícero em quadra, atuando como 3, se o Minas tinha Raulzinho, Arnaldo e Sucatzky, três homens baixos.



Com a pane ofensiva do time no último período, o experiente time mineiro soube ganhar o jogo. Sucatzky controlou as ações de ataque, Michel foi excelente. Aliás, como evoluiu o pivô do Minas. Chutes de média, bom trabalho de costas para a cesta. Foram 21 pontos em 26 tentados, 12 rebotes e 32 de eficiência.


O Assis Basket perdeu para um bom time, muito bem treinado, com um elenco muito melhor. O problema é que mesmo com situações adversas a história poderia ter sido diferente não fossem alguns erros. Mas é bom que se diga, Carlão não entra em quadra, Carlão não erra 12 arremessos da linha de lance livre.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Entrevista - Fred Duarte "Varejinho"

Frederico Duarte Brito dos Santos(foto) nasceu no Rio de Janeiro, tem 19 anos e atualmente joga no Flamengo. Na noite de sexta, em Assis, o jovem ala esteve em quadra por 52 segundos, não segurou um passe dado por Hélio e logo saiu.
Conhecido pelo cabelo e o apelido em conseqüência dele, Varejinho, o garoto tem uma história bacana nas categorias de base da seleção brasileira, e também tem uma passagem pelo basquete espanhol que durou duas temporadas.
Formado na base do Central de Niterói (RJ), Varejinho disputou o campeonato nacional juvenil e a Terceira Divisão Espanhola pelo Torrejon. O Gatilhaço resolveu falar com o garoto, principalmente para saber ainda mais das diferenças de treinamento do basquete daqui e de lá.


Gatilhaço – Como aconteceu de você sair do Rio para ir jogar na Espanha?
Varejinho – Eu já tinha ido para algumas seleções brasileiras de base, aí um pessoal daqui do Brasil me procurou e entrou em contato com o time da Espanha e au já fui pra lá.

Gatilhaço – Como era seu tempo de quadra lá?
Varejinho – Quando eu jogava o Júnior eu atuava quase que o jogo todo. Quando eu fui para a Terceira Divisão, pelo time adulto, eu tinha médias de 15, 20, até 25 minutos por jogo.

Gatilhaço – Você está viajando o Brasil com o Flamengo agora. A estrutura da Terceira Divisão da Espanha é muito grande comparada com o NBB?
Varejinho – Não, não. Eu posso dizer pelo Flamengo pelo menos que a estrutura que está sendo oferecida é um pouco parecida, ou melhor até do que a Terceira Divisão de lá. Eu acho que o basquete no Brasil está trabalhando para melhorar.

Gatilhaço – Alguns jogadores brasileiros estão voltando da Europa. È só a crise financeira de lá, ou tem algum outro motivo?
Varejinho – É a crise também, mas eu acho que é um pouco da gente mesmo. Ficamos muito afastados da família. Tem os dois lados, o da crise e de querer fazer o que a gente gosta perto da nossa casa.

Gatilhaço – Qual a principal diferença que você sentiu da formação do jogador aqui e a de lá?
Varejinho - Eu senti que eles são mais comprometidos com o basquete lá. Eles levam o basquete muito a sério. Cobram muito independentemente se você tem 17, 16, 15 anos. Se você entra em uma quadra de basquete, para eles, você pode ser cobrado. Quando eles vêem que você pode dar o melhor, mas ainda não chegou lá, eles cobram mais ainda.

Gatilhaço – No trabalho do dia a dia, quanto tempo, mais ou menos, era dedicado ao trabalho de fundamentos?
Varejinho – Na Espanha eu treinava muito fundamento, mas separado do treino normal. Treinávamos em dois períodos com o time, depois o técnico passava um treino de fundamento em horário separado. Quase sempre era uma hora antes do treino com a equipe. O próprio técnico do time acompanhava os exercícios.

Gatilhaço – Qual tipo de fundamento era mais passado para você especificamente?
Varejinho – Eu treinava mais arremesso em movimento. Treinar arremesso parado é bom para meter bola, mas eu acho que no jogo, a maneira mais difícil de acertar um arremesso é em movimento. Então, o treino era dar um “pique”, parar e arremessar. Era o que eu mais treinava.

Gatilhaço – Do pessoal mais novo que está se destacando agora, Jordan Burger (Paulistano), Raulzinho (Minas), Lucas Bebê (Estudiantes/Espanha), você jogou com ou contra eles? Você conversa com esse pessoal?
Varejinho – O Jordan é da mesma idade que eu, então eu já fui para seleção brasileira de base com ele. Na Espanha eu quase joguei o campeonato contra o Jordan.O Raulzinho já foi para seleção de base comigo, e eu já joguei contra ele também. O Bebê jogou comigo em Niterói, a gente é bem amigo.

Luto no Assis Basket

Faleceu na noite de ontem (03/12), em Assis, Dona Irene, mãe do presidente do Assis Basket, Joaquim Carvalho da Mota Júnior.

Força aos familiares de Carvalho e Dona Irene.

Equilíbrio contra o Fla, desequilíbrio contra Machado - Notinhas sobre o jogo

Tinha dito que se fosse o Carlão, eu apostaria em um jogo de troca de pontos com o Flamengo. O técnico de Assis preferiu cadenciar o jogo, e até deu certo no início da partida. Contudo, em um dos pontos este blogueiro teve razão: a importância do ataque.

Defender o Flamengo é complicadíssimo, defender o Flamengo em uma boa noite de Marcelinho Machado é quese impossível. Logo, a importância de atacar com eficiência contra um time que fatalmente passará dos 80 pontos.




De todo modo, seria difícil vencer os rubro-negros, contudo o jogo mostrou algumas coisas legais. Vamos às notinhas sobre a partida.


- Marcelinho Machado teve 47 pts de eficiência (39pts/ 08 assist). 25 pts no 1º tempo

- Enquanto o capitão do Flamengo não esteve em quadra, Assis conseguiu equilibrar as ações. A vantagem flamenguista caiu para 6 pontos.

- Jeferson teve 100% no ataque. Tentou 13 pts, anotou todos.

- Duda continua mal. Passou zerado.

- Calderón, que não jogaria, foi para a quadra no sacrifício e foi a melhor notícia da noite para os assisenses. 15 pts para o bom argentino.

- Stockman foi o cestinha do time com 19 pts. O problema é que, sem alas pontuando bem, o armador foi obrigado a tentar 10 tiros de 3 pts. Converteu 2.

- Luciano Matão fez 4 pts. Segue o calvário do jovem ala de Assis. Até quando?

- André foi substituído e teve um pequeno desentendimento com Carlão. Nada de mais, coisa de jogo. O torcedor não deve polemizar.

- Giane fez 13 pontos. Foi responsável por uma finta "de rua" em Átila. Ele é uma figuraça.


Por hora, a torcida está de parabéns por encher o Jairão e ter "zerado" as camisetas da lojinha do time.


O Assis Basket volta a quadra no domingo, às 11h, contra o Minas. As chances de vitória são um pouco maiores, mas ainda é uma pedreira.





Logo mais, aqui no blog, tem entrevista com o Varejinho, do Flamengo.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Uma boa noite




Estou animado. Empolgado mesmo. Tenho andado por Assis e sentido um clima parecido com aquele que pairava na cidade em vésperas de decisões importantes dos bons tempos do basquete daqui.

Posso até estar enganado, pode até ser que o Jairão não tenha o público esperado, pode até ser que o clima nem seja tão forte assim, mas não dá para olhar para tudo que foi feito nos últimos dias (sorteios de brindes, ingresso social,inauguração da lojnha, exposição muito grande na mídia) e não ter uma sensaçãozinha ufanista e saudosista em relação ao esporte da nossa pequena cidade.

Apesar de tudo, devo fazer o papel de “chato” e falar do que pode acontecer quando a bola subir no Jairão, logo mais, às 20h. O Flamengo não terá Bábby, lesionado no tornozelo. Desta forma, garrafão carioca deverá contar com Átila e Vagner para o “jogo sujo”, e o desfalque de Bábby não deve fazer tanta diferença já que pivô 5 no Flamengo (com a licença do exagero) vive com torcicolo de tanto ver a bola viajando nos tiros da poderosa artilharia de seus alas.

O time de Assis terá força máxima (não conto Mosso, afinal ele ainda não jogou na temporada). Calderón joga(atualização 17h - acabo de receber a informação de que Calderón não joga), Adriano joga, Tony teve tempo para se acertar com o resto do time, e se a turma do Carlão quiser impor alguma dificuldade para o vice-campeão da América do Sul, o ataque será o ponto fundamental, principalmente com Gianechinni e Matão. Defender o poderio ofensivo do Flamengo é muito complicado, então, penso que a empolgação e o ímpeto ofensivo são peças fundamentais para um jogo parelho. No grito da torcida, e em um dia inspirado, o Assis Basket pode equilibrar a partida. Sem felicidade no ataque, as coisas ficam muito difíceis.

Fosse eu o Carlão, apostaria em uma tática meio kamikaze mesmo, de trocar pontos o máximo possível com o Flamengo. Tentar levar a partida no calor do ginásio, no clima da torcida e na empolgação dos próprios jogadores. Se não desse certo, pelo menos o espetáculo estaria garantido.

As chances de Assis bater o Flamengo são muito pequenas. O torcedor deve pensar nisso até como modo de aproveitar o entretenimento. O dia é de ir ao Jairão e assistir a uma partida bacana.

Curtam o jogo ! ! !

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Ações de comunicação do Assis Basket

Pessoal, como havia dito, o Marcus Gil, responsável por todas as ações de comunicação do Assis Basket, esteve na Rádo Difusora para falar das iniciativas bastante elogiadas pela mídia que a equipe está tendo.

Quem não conseguiu ouvir a entrevista ao vivo pode ouvir trechos aqui no blog. Separei em três partes. A entrevista foi feita por Gêronimo Paes e este blogueiro que vos escreve




Parte 1 - Vídeos "virais" e transmissões via twitcam




Parte 2 - Treinamento de mídia da Rede Globo e fortalecimento da marca "Assis Basket"




Parte 3 - Melhorias na publicidade dentro do Ginásio