quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pode piorar? Sempre pode

O Sportv não tem culpa da situação do Assis Basket no NBB3, mas a total subserviência da Liga em relação ao grupo detentor dos direitos de transmissão do campeonato nacional acaba de prejudicar os times envolvidos no torneio mais uma vez.

No dia 10 de fevereiro, Assis enfrentaria o Paulistano no Jairão. É isso mesmo, enfrentaria. A partida não mais será em Assis, e sim em Bauru. No dia seguinte, será a vez dos bauruenses mandarem um jogo (pasmem) "fora de casa" e enfrentarem o Paulistano em Assis.

A LNB tem realizado rodadas duplas em um mesmo ginásio, sempre com transmissões ao vivo da Sportv. A prerrogativa da divulgação do esporte e adequação dos horáros em detrimento das vantagens e desvantagens para a televisão farão com que o Assis Basket enfrente o Paulistano - confronto com consideráveis chances de vitória - em quadra neutra. Já contra o poderoso Pinheiros, o cotejo será, de fato, em casa.

Gostaria de ver jogos de basquete na TV todos os dias, em todos os canais que se disponham a transmitir nosso amado esporte. Contudo, os torcedores de Assis e Bauru, que vão ao ginásio, e ambos os times serão prejudicados por uma rodada dupla que elimina o mando de quadra de uma das equipes por vez.

Falando especificamente de Assis, até nesse aspecto a fase anda ruim. O bom, mas jovem time do Paulistano apresentaria chances de vitória um pouco maiores para os assisenses, e justamente contra os garotos da capital o time de Carlão perderá o fator quadra. Uma derrota diante do Pinheiros poderia ser encarada como normal, logo, jogando em Bauru, Assis ou Punta del Leste o prejuízo seria o mesmo.

Nada é tão ruim que não possa piorar...


Confira as datas e locais das rodadas duplas Assis/Bauru.

Rodada Dupla - Ginásio de Bauru
10 de fevereiro 5a feira. Transmissão Sportv
16h Assis x Paulistano
19h Bauru x Pinheiros

Rodada Dupla Ginásio de Assis
11 de fevereiro 6a feira. Transmissão Sportv
16h Bauru x Paulistano
19h Assis x Pinheiros

Tony entre os titulares

A LNB divulgou ontem os cinco titulares das equipes NBB Brasil e NBB Mundo, que disputarão o Jogo das Estrelas, sábado, às 10h, em Franca. O norte americano do Assis Basket, Tony Stockman(foto) está entre os titulares em uma das alas. Além de Stockman, o pivô argentino Pedro Calderón também representará o basquete de Assis na partida.

A escolha dos doze atletas de cada equipe foi feita por um grupo de técnicos, jornalistas e pessoas escolhidas pela Liga, mas os titulares foram eleitos por votação popular, via internet. Shamell, ala do Pinheiros que defenderá o NBB Mundo, foi o mais votado com 5.370 votos. No NBB Brasil, Marcelo Machado liderou as escolhas com 5.082 votos.

A Rede Globo vai transmitir o jogo no sábado, às 10h.

Confira os cinco titulares de cada equipe.


NBB Brasil
Valtinho (Uberlândia)
Alex (Brasília)
Marcelo Machado (Flamengo)
Guilherme (Brasília)
Murilo (São José)

NBB Mundo
Larry (Bauru)
Tony (Assis Basket)
Shamell (Pinheiros)
Spillers (Franca)
Jeff Agba (Bauru)



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Memória (1)


O time acima é um dos muitos que já defenderam as categorias de base do basquete de Assis, seja em ligas regionais, ou em campeonatos federados.

Já repararam o que tem de especial na equipe? Reparem na quinta pessoa, da direita para a esquerda, em pé. É ele mesmo, Alex Garcia, do Brasília e da seleção brasileira. Muitos desconhecem a passagem dele por Assis. A foto é de 1995.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De volta ao poço

Para se ter uma noção do quão ruim foi o jogo de domingo no Jairão, Rafinha, armador do CETAF, esteve em quadra por mais de 35 minutos, anotou 3 pontos e teve -1 de eficiência.Com tais números, podemos notar que, mesmo com uma valoração negativa, Rafinha ficou em quadra quase que por todo o jogo,ou seja, o técnico Marcio Azevedo não tinha nenhuma outra alternativa a não ser os erros de seu "melhor" armador.

Alternativas também parecem faltar ao técnico de Assis, Carlão, que assistiu Tony Stockman abusar da individualidade irresponsável sem fazer nada para conter seu ímpeto. É verdade que na sexta-feira, inspirado, o norte americano foi o nome do jogo, mas ontem o ala chutou quando não devia, errou passes e fez um jogo muito ruim, apesar dos 19 pontos.

A décima terceira derrota de Assis no NBB3(68 a 64 para o CETAF) foi sem dúvida a mais deprimente. O nível técnico da partida foi sofrível, a torcida se irritou com uma derrota para um time que nem de longe é uma potencia, e para fechar o domingo e o primeiro turno, Adriano e Carlão protagonizaram uma discussão patética na beira da quadra após uma substituição desrespeitosamente contestada pelo pivô que acabara de perder um rebote de modo tosco.

O barco está à deriva, e diretoria-comissão técnica-jogadores tem até o dia 6 de fevereiro, quando o time estreia no segundo turno, contra Joinville, no Jairão, para tentar arrumar a casa.Como diz o comentarista dos canais ESPN, Zé Boquinha: "parece que a vaca deitou".

sábado, 22 de janeiro de 2011

Déjà - vu

Em 2003, o basquete masculino de Assis estreava na primeira divisão do campeonato estadual. Time fraco, jogadores sem rodagem, diretoria esperançosa e torcida apaixonada; assim vivia esporte da bola laranja na cidade.

Como era esperado, naquela temporada o "Conti/Assis" apanhou de quase todos os times que visitavam o acanhado ginásio José Nigro, o GEMA. Até que Jaú, um dos lanternas do campeonato e também recém promovido à elite, veio até Assis. Finalmente, após aquele cotejo, o basquete assisense comemorou um triunfo no estadual, com direito a festa da torcida nas pequenas arquibancadas.

Após o episódio, nos anos seguintes, o basquete de Assis foi emergente, quase grande, e entrou em declínio. Mesmo não sendo em um contexto financeiro como o de 2003, o primeiro triunfo do Assis Basket no NBB3, ontem, contra Vitória(92 X 86), me fez lembrar daquele jogo contra Jaú.

Ontem, a torcida comemorou feito doida uma vitória complicadíssima contra os capixabas, e tem mais é que comemorar mesmo. Tony(foto), jogando a maior parte do tempo como 2, fez 33 pontos, mostrando como a melhora de Zezinho na armação ajuda os dois mais talentosos atacantes de Assis - o próprio Tony e Gianichinni, que não jogou ontem e não jogará contra o CETAF - a produzirem com liberdade. Calderón fez mais uma boa partida, e finalmente começa a mostrar serviço para a torcida. O bom pivô argentino anotou 18 pontos e apanhou 9 rebotes.

Sem querer bancar a "mãe Dinah", mas este blogueiro que vos escreve havia dito que a peleja seria árdua para os donos da casa. Disse também que Vega, Eddy e Filipin deveriam ter atenção da defesa assisense. Pois bem, 15, 18, e 19 foram os pontos dos três jogadores, respecivamente. O destaque dos visitantes, no entanto, ficou para o panamenho Muñoz, 19 pontos e 10 assistências para o pequeno armador.

A verdade é que, com direito a falta de luz no ginásio no fim do segundo quarto, o Assis Basket enfim saiu do zero no NBB3, e agora tem uma série de quatro jogos em casa (Cetaf, Joinville, Paulistano e Pinheiros) para tentar um embalo no certame.

Os mais exigentes vão dizer que Vitória e Cetaf não são times poderosos, que dois triunfos seriam obrigatórios. Poderia ser verdade se os tempos fossem outros. A realidade, em termos de classificação, é bem parecida com a do campeonato paulista de 2003, logo, a festa após as suadas vitórias também deverão ter semelhanças.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Devagar com o andor




Torcedores de Assis, de outros times ou simplesmente pessoas que acompanham o NBB parecem estar com o mesmo discurso: é hoje que o Assis Basket sai do zero.

Às 20h, no Jairão, o único time que não venceu no certame recebe o Vitória. Sem querer ser chato, mas ainda que a possibilidade de triunfo dos donos da casa exista, vale lembrar que o time que não ganhou de ninguém é Assis.

Os capixabas venceram três vezes no NBB3, uma vitória a mais do que os rivais de Vila Velha. Os comandados de Ênio Vecchi bateram Paulistano, Franca e Araraquara, sempre em partidas disputadas em seus domínios. Três vitórias contra adversários que Assis não conseguiu superar.

Além disso, o elenco capixaba não fica muito atrás do assisense. Amiel Vega é bom jogador, Eddy se destaca muito no basquete do Espírito Santo e Guilherme Filipin (pretendido por Assis no começo da temporada)tem um bom tiro de 3 pontos.

A partida de logo mais é perigosa para o Assis Basket por conta da pressão pela vitória e por acharem que o time adversário é uma "baba". Quem for ao ginásio esperando um "baile" dos comandados de Carlão corre o risco de sair mais chateado do que entrou.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Entrevista - Urubatan Lopes Paccini

Urubatan Lopes Paccini é um dos responsáveis pelo basquetebol existir em Assis. Técnico do título assisense da série A-2 em 2002 e comandante nas campanhas da Divisão Especial nas duas temporadas seguintes, Urubatan foi demitido do basquete feminino de Ourinhos após títulos estaduais, nacionais e um sulamericano. A gota d'água foi a derrota de ontem diante Catanduva, em jogo válido pela Liga Nacional Feminina.

A má notícia para o treinador veio quatro dias após uma boa. "Uruba" foi convidado pela diretora das seleções femininas da CBB, Hortência, e será um dos assistentes de Enio Vecchi na seleção feminina adulta.

O Gatilhaço conversou com o técnico sobre a saída de Ourinhos e os planos para a seleção. É só clicar no player abaixo e ouvir.

Ourinhos troca de técnico

Após a derrota em casa diante de Catanduva por 75 a 63, ontem, pela Liga Nacional Feminina de basquete, Ourinhos demitiu o técnico Urubatan Lopes Paccini.

Para o lugar de Uruba o basquete de Ourinhos vai anunciar na tarde desta quarta-feira Antonio Carlos Barbosa, ex-técnico da Seleção Brasileira feminina .Barbosa comandou o basquete feminino do Brasil nas Olímpiadas de 1996, 2000 e 2004.

Urubatan foi convidado por Hortência para ser um dos assistentes da Seleção Feminina, porém, sua saída de Ourinhos foi uma decisão da diretoria, não um pedido do treinador.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ressaca

Passou meio despercebida a surra que o Pinheiros levou na viagem até São José dos Campos, no último domingo, pelo NBB3. O placar de 101 a 65 para o time do interior (28pts de Murilo e 9 assist de Fúlvio) é pra lá de surpreendente.

Não é normal um time do calibre do Pinheiros perder por uma diferença como esta, ainda que não seja um fato muito estranho os paulistanos levarem muitos pontos. Porém, a prerrogativa de quem tem um poder de ataque com Shamell, Marquinhos e Olivinha é levar 105 e fazer uns 90 em uma jornada ruim, não 65 pontos.

É cedo para qualquer tipo de discurso apocalíptico, mas não há quem considere normal uma equipe como a do Pinheiros ter sido tão dominada por Limeira na final do paulista, e poucos dias depois tomar uma lavada de um time de valores similares, ou até um pouco inferiores.

Em relação a São José, os comandados de Régis Marreli estão em uma trajetória de recuperação no campeonato nacional. Se Renato não é mais o mesmo, Fúlvio e Murilo conseguem, até aqui, segurar a barra de um time que, segundo informações, passa por um momento de turbulenta relação com a imprensa de sua cidade.

Coincidência ou não, a turbulência no Vale do Paraíba começou após o estadual, depois de uma derrota para Limeira.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Muito bom

Tudo bem, a situação é péssima e "malhar o Judas" tem sido comum nos últimos jogos do Assis Basket. Contudo, a partida contra Franca não poderia ser muito diferente do que foi. Assis fez jogo parelho e perdeu no fim (75x85 - 23 pts de Tony Stockman). Tudo como tem acontecido.

Quero dedicar o espaço, porém, a duas notícias boas que vieram do certame de ontem, na "sauna" que estava o Jairão. As boas novas atendem por Vitor(foto) e Pedro.

Vitor, o Benite(20 pts e 5 assist), não é uma notícia tão nova, apesar dos 20 anos de idade. Qualquer um que assita basquete nacional vê que o menino é excelente, mas a maturidade e o nível muito acima da média do jogo que se pratica aqui no Brasil apresentado pelo garoto na peleja de domingo foi de dar gosto. Benite deve ir para a seleção já na próxima chamada, não há como deixar de fora um talento como esse. O único fator negativo é que Hélio Rubens escala o garoto por muito tempo na posição 2 , o que pode prejudicar seu crescimento no futuro. Benite É armador e precisa evoluir cada vez mais na posição.

A segunda boa nova do domingo é , de fato, uma novidade. Pedro, filho do técnico Carlão, estreou em uma fogueira danada (Assis levava um vareio no 1º quarto) e foi muito bem. O garoto de 19 anos foi o único que conseguiu pressionar os armadores francanos da maneira como o pai/técnico pediu. Pedro roubou bolas, se jogou, foi incisivo na defesa e fez 5 pontos, apesar da mesária Larissa mais uma vez ter errado e tirado 3 tentos do garoto.

De vez em quando é melhor dar valor para as coisas boas que acontecem no Jairão a cada rodada do NBB3. Ontem, deixei o ginásio satisfeito com a vontade e o bom posicionamento defensivo de Pedro. Mais do que satisfeito, fiquei pasmo com a crescente evolução do ótimo jogador chamado Vítor Benite.



sábado, 15 de janeiro de 2011

Quase

Não foi desta vez que o Assis Basket venceu a primeira no NBB3. Ontem, em Matão, Araraquara fez 77 a 76 nos assisenses. Fernando Mineiro foi o cestinha de Araraquara com 14 pontos, Giane foi o maior pontuador do cotejo com 20 pontos.

Mais uma vez com portões abertos, Assis tentará o primeiro triunfo no campeonato neste domingo,às 11h, contra Franca.

Segunda-feira, no Gatilhaço, teremos post com todas as informações sobre a peleja de domingo.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Vencedores de Limeira

Quando o cronômetro marcava 24 segundos para o final do jogo 4 da decisão do paulista, Eric Tatu(foto) tinha a bola nas mãos. Um arremesso no fim, sem tempo de um contra-ataque para o adversário era o que mandava Demétrius, ou qualquer outro técnico de basquete.

Confesso que imaginava alguma bola forçada para dentro, algum arremesso marcado, uma bandeja sem sucesso por cima dos pivôs do Pinheiros ou qualquer outro tipo de movimento baseado em emoção, sem qualquer tipo de racionalidade.

Tatu recebeu um bloqueio, foi para a esquerda, teve o caminho bloqueado e quando voltou para a direita viu Ramón em plenas condições de um arremesso longo.Pois bem, como durante todo este campeonato paulista Limeira remou contra a maré dos tiros de 3 pontos forçados,o armador olhou para o dominicano e achou André Bambu livre, a menos de dois metros da cesta.

Sim, na minha opinião o lance que definiu o paulista foi pra lá de emblemático. Tatu, que jogou muito no último período, é uma redescoberta de Demétrius, um mérito enorme do técnico. Remanescente do primeiro título limeirense, Eric era o terceiro armador do time de Zanon. O reserva de Nezinho era Betinho, não Tatu. O mesmo Tatu tinha tudo para ser o reserva de Ronald Ramón, e até foi no começo do paulista, mas como Demétrius disse em entrevista ao Gatilhaço, um dos pontos fundamentais para o crescimento do time foi a opção por jogar com dois armadores.

Defender o poder de fogo do Pinheiros é uma tarefa ingrata.Com os armadores subindo a defesa em 3/4 de quadra e jogadores comprometidos com o jogo coletivo, os limeirenses provaram que existem alternativas para amenizar a falta de dinheiro.

Jogadores, treinador e torcida estão de parabéns. Sem grandes estrelas no time, o bi com certeza foi muito mais saboroso.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O bloquinho


Não há muita coisa para ser dita após mais uma derrota do Assis Basket. Além das informações básicas como o placar de 78 a 74 para Bauru, ontem, no Jairão, e os 24 pontos de Jeff Agba para os visitantes, decidi compartilhar com os amigos leitores do blog minhas anotações feitas durante a partida em meu famigerado bloquinho amarelo. Fui escrevendo minhas percepções do jogo período por período.


1ºquarto

- Ataque[de Assis] sem fluidez, principalmente quando a bola esta a mão dos alas 3

- Defesa [de Assis] com pouca disposição , erros infantis

- Tony Stockman atuando como 2

- Giane muito bem no ataque

- Jeff Agba dominante no garrafão

- período termina em 18 a 18


2ºquarto

- Carlão muda a defesa para zona

- Fischer pontua com liberdade e Carlão volta para defesa individual

- Matão não olha para a cesta no ataque

- Paulão melhora os rebotes de Assis

- Calderón bem no ataque

- Douglas Nunes hesitante no ataque bauruense

- arbitragem permissiva quanto aos empurrões das duas defesas

- período termina em 36 a 29 para Assis


3ºquarto

- Larry Taylor comanda o ataque de Bauru. Muito bem no 1 contra 1

- Zezinho bem na partida desde o primeiro tempo

- Disposição defensiva [de Assis] melhora

- Ataque [de Assis] flui melhor

- Paulão muito bem no ataque e na defesa

- Ninguém consegue defender Larry Taylor

- Assis continua pecando nos lances livres

- período termina em 58 a 55 para Assis


4ºquarto

- Luciano Matão faz seu melhor jogo ofensivo "pós crise"

- Luciano Matão é batido com facilidade da defesa

- Bauru domina os rebotes ofensivos com Douglas Nunes e Jeff Agba

- Torcida pede Paulão

- Giane e Stockman não conseguem atacar

- Torcida pede Paulão mais uma vez

- Bauru vira o jogo e Assis parece muito tenso no ataque

- Ataque de Assis se resume a bater bola fora da linha de 3

- Ações ofensivas [de Assis] fora de qualquer sistema

- Douglas Nunes mete a bola do jogo

- Fim de jogo: 78 a 74 para Bauru

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Insisto que não há muito o que se comentar. O Assis Basket teve algumas melhoras em sua postura tática e técnica. Zezinho vem fazendo boas partidas, Matão está melhorando no ataque, Calderón continua evoluindo, mas o psicológico da equipe está em frangalhos.

Quanto ao treinador, me parece que ele mudou o jeito do time jogar e está cobrando mais empenho. Penso que ele errou ontem ao não ter aproveitado mais do bom momento de Paulão no jogo, mas são escolhas.

Araraquara, Franca e os dois capixabas. O Assis Basket vencerá no primeiro turno?

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Além do clássico "fake"



Sem cobrar ingressos, o Assis Basket vai tentar sair da situação vexatória de "saco de pancadas" do NBB3 hoje , às 20h, em um Jairão com um público um pouco melhor talvez. O adversário é o bom time de Bauru de Larry Taylor, Fischer e do excelente Douglas Nunes.

A TV Tem (afiliada regional da Rede Globo) tenta vender o jogo como um "clássico regional" de muita rivalidade. Balela. É uma proposta pra lá de forçada.Os times e torcidas não compartilham deste tipo de embate. O grande rival de Assis é Limeira, o grande rival de Bauru é Franca.

Rivalidade artificial à parte, o pessoal de Assis tem uma atmosfera diferente para o cotejo de logo mais. Um spot de rádio com uma espécie de "convocação" para a torcida está sendo veiculado desde a manhã desta terça-feira pelas emissoras locais, a diretoria fez reunião a portas fechadas com os jogadores e o ginásio deve receber um público maior, logo, mais pressão, para bem ou para o mal.

Se Carlão conseguir fazer sua equipe jogar como nos dois primeiros períodos contra São José dos Campos a probabilidade de êxito é muito maior. Contudo, os baurenses podem contar com Larry inspirado, e aí qualquer defesa fica desequilibrada.

Apesar de protestos da torcida, o técnico de Assis não tem seu emprego arriscado, ao menos foi o que apurei junto a diretoria do clube.Mas convenhamos, uma posível série de 0-10 vale muito mais que o emprego de um treinador.




segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O chamado

Para tentar levar mais gente ao Jairão, a diretoria do Assis Basket decidiu não cobrar ingressos para o jogo da equipe contra Bauru, amanhã, às 20h, válido pelo NBB3.

A tentativa de aumentar o público é oportuna. Pelo menos fora de quadra o basquete de Assis continua dando bons exemplos e respondendo às necessidades do time no campeonato.

Mais torcida é sinônimo de mais gente para apoiar, mas também pode ser mais gente pressionando e cobrando se as coisas não derem certo.

É hora de arriscar.
*Atualização 10/01/2011, 16h
O jogo do Assis Basket contra Franca do 1º turno teve o mando invertido devido aos ajustes que serão feitos no Pedrocão para o Fim de Semana das Estrelas.
Com isso, Assis Basket e Franca se enfrentam no próximo domingo, dia 19/01, em Assis, às 11h. O cotejo também terá entrada gratuita.

Mexicanos


Caro leitor, peço que você imagine a expressão "até o fim do terceiro quarto" antes de todo o ínicio de parágrafo, do próximo em diante.

A maiorias das críticas feitas pelo blog após a partida contra Limeira ficaram para trás no confronto do Assis Basket contra São José dos Campos, ontem, no Jairão.

A bola frequentou o garrafão ofensivo de Assis com boa intensidade. Calderón e Adriano deixaram de ser "paredes" de bloqueios na bola e participaram ativamente das ações ofensivas do time.

O ataque fluiu naturalmente. Giane e Tony jogaram melhor coletivamente, Zezinho foi bem enquanto o jogo pediu transição rápida. Mais trocas de passe envolveram São José, fizeram a defesa visitante cansar.

Tony Stockman fez um bom jogo. As bolas de 3 em movimento que ele gosta de arremessar finalmente caíram. 20 pontos para o armador que pareceu mais tranquilo.

Luciano Matão fez seu melhor jogo no NBB3. Se errou algumas bolas, ao menos não se omitiu. Tentou mais e teve uma boa rotação defensiva nas ajudas de bloqueio na bola em Fúlvio.

A defesa tirou o time de São José da posição de arremesso. As ajudas de jogada em dupla funcionaram bem com Matão, Zezinho e Cícero. Adriano foi muito bem, mais uma vez.

Caro leitor, pode parar de colocar a expressão "até o fim do terceiro quarto" antes dos parágrafos.

No último período, o Assis Basket se perdeu. TODOS os erros habituais voltaram a aparecer, e penso que Carlão cometeu apenas um erro ontem: deixar Adriano no banco. Calderón não fez um mau jogo, mas perdeu força nos rebotes no fim. Murillo, Mineiro e Fabrício pegaram algumas "segundas chances" fundamentais na etapa derradeira. Adriano deveria estar em quadra.


Além disso, quem foi ao Jairão teve uma espécie de "flashback doloroso". Fúlvio fez o que bem entendeu contra Giane e Stockman nos 10 minutos finais. Aliás, o armador foi o único jogador lúcido em todo o cotejo pelo lado de São José, que fez um jogo muito mais aguerrido do que inspirado.


Quanto ao título do post, é uma referência ao eterno estigma dos mexicanos no futebol. O Assis Basket jogou como nunca, perdeu como sempre.





sábado, 8 de janeiro de 2011

Entrevista - Demétrius Ferracciu

Um grande armador nos tempos de atleta, e agora um técnico muito promissor. Liderando a série final do campeonato paulista por 1 a 0, Demétrius comanda o surpreendente e organizado time de Limeira.

O Gatilhaço entrevistou o "Dema", que também será responsável pela seleção masculina sub-17 .

Gatilhaço – Blogs, sites e imprensa especializada em geral são quase unânimes em apontar você como técnico revelação da temporada do basquete brasileiro. Como você vê esse tipo de análise?
Demétrius – Pode ser surpresa para muita gente por ser meu primeiro ano como técnico de um time adulto e já estar em uma final de campeonato paulista, mas eu acho que uma das coisas que me ajudou muito foi o fato de eu ter sempre jogado basquete. Isso facilitou minha relação com os jogadores.
Nós tivemos um começo difícil que foi a montagem do time, cada jogador vindo de um lugar e não conhecendo a filosofia e o ritmo que eu gostaria de implantar, não terem um jogo coletivo. Essas foram dificuldades grandes, mas os jogadores compraram a ideia de fazer algo diferente e hoje estamos colhendo os frutos de estar em uma final de campeonato paulista.


Gatilhaço – Limeira começou o campeonato com algumas dificuldades e até derrotas inesperadas, aí então você mexeu no time, no quinteto titular colocando dois armadores de ofício (Ramón e Tatu). Quando você percebeu que tinha que mudar e que o time encontrou sua filosofia de jogo?
Demétrius – Eu não gosto de falar em quinteto titular. Mas o time que começa jogando é muito rápido, com dois armadores pressionando o tempo inteiro. O diferencial foi a parte defensiva. Os jogadores entenderam que só defendendo a gente teria chance no paulista, marcando pressão quadra inteira. A gente tenta fazer com que o adversário não jogue na posição que eles gostam, tentamos sempre colocar o adversário jogando no improviso. Então, os dois primeiros meses foram para eu conhecer a melhor maneira de cada um jogar na sua posição.

Gatilhaço – Colocar os dois armadores e subir a defesa foi sua principal mudança para a melhora do time?
Demétirus – Essa foi uma das mudanças. É melhor para organizar mais o jogo, com isso o Ramón tem mais liberdade para decisões. O Tatu arma muito o jogo para finalizações do Ramón que tem um bom aproveitamento de 3 pontos.
Além disso, começamos a jogar com 4 abertos. Isso facilita o jogo para penetrações, para os cortes. Então, além do fato de jogar com dois armadores o fato de jogar com 4 ou até 5 abertos foi muito bom.

Gatilhaço – Como você faz um time jogar com 4 ou 5 jogadores abertos sem que o jogo vire uma “chutação” de 3 pontos tão comum no basquete brasileiro?
Demétrius – É porque cada um tenta encontrar o companheiro na melhor posição. Com 4 ou 5 abertos você tem espaço para corte, para fazer bandeja, para aproximar. Então a nossa situação para arremesso de 3 é que a gente trabalha a bola primeiro, tenta o corte, aí se tiver ajuda a gente busca o passe para um arremesso em melhores condições. É esse sistema que a gente procura implantar.

Gatilhaço – Como armador você não era um especialista em tiros de 3. Quais dos seus conceitos de jogador você trouxe para a carreira de técnico?
Demétrius – Minha característica maior era de organizar o jogo. Eu acho que eu não posso querer que meus jogadores pensem o jogo como eu pensava. Com isso eu posso travar meus atletas. Mas ao mesmo tempo eu tento mostrar algumas coisas. Alguns entendem mais a leitura do jogo, percebem o momento de passar uma bola, de chamar a jogada para um jogador que está bem na partida. Eu tento passar, mas não cobrar que eles façam como eu fazia. Entender isso foi uma grande evolução para mim.

Gatilhaço – Você foi assistente do Zanon e depois técnico do juvenil em Limeira. Qual foi a parte principal da sua formação como técnico?
Demétrius – Não foram só essas duas experiências. Minha formação foi durante a minha carreira com atleta. Sempre tive a característica de tentar buscar o que os melhores técnicos me proporcionaram. Eu tive o Lula Ferreira, Hélio Rubens, Carlão, Flávio Davis, Flor Melendez, Ary Vidal, Edvar Simões, Enio Vecchi como técnicos e eu sempre procurei buscar algo deles. Acho que minha carreira foi minha melhor escola.
O mais importante é saber como é seu time, a característica de cada jogador e aí tentar implantar uma filosofia.

Gatilhaço – A Seleção Masculina sub-17 ficou sob o seu comando. Como será seu planejamento particular para conciliar o trabalho com time adulto e as observações dos times sub-17?
Demétrius – Eu já sabia que ia ser técnico da sub-17 desde o começo de 2010. Desde então eu tenho acompanhado jogos da categoria. Eu recebo informações freqüentes dos técnicos da sub-15, da sub-14, como o André Germano, por exemplo. Todos eles me passam informações e eu também estou vendo jogos. Fui ver as finais do campeonato paulista, por exemplo. Isso está me deixando mais por dentro das características dos jogadores.
A gente tem um planejamento de várias etapas de treinamento até julho, quando será o sul-americano, e dentro das etapas teremos várias evoluções e eu acho que q gente pode fazer um bom trabalho.

Gatilhaço – Seu principal trunfo vai ser o fato de ter gente te ajudando nas observações para não te sobrecarregar?
Demétrius – Isso facilita, mas eu meu olhar é importante. Às vezes outro treinador não faz a avaliação da mesma forma, são treinadores competentes, mas cada um tem a sua característica. Então, eu tento estar mais presente possível para poder olhar e saber a maneira que eu vou lidar com os jogadores.

Nada mudou


Faltando 2 minutos e 57 segundos para o fim do 1ºquarto Pedro Calderón recebeu uma bola e fez dois pontos. Faltando 2 minutos e 57 segundos para o fim do 1ºquarto foi a primeira vez que o Assis Basket fez uma cesta depois de troca de passes, com jogo coletivo, com participação de todos seus jogadores no ataque.

A imagem descrita acima ilustra bem o que é o time de Assis atualmente. Depois de 8 jogos e 8 derrotas no NBB3 - a mais recente veio ontem contra o maior rival (Assis 78 x 81 Limeira) - a equipe é apática, desorganizada, sem confiança, sem perspectiva alguma de reação.

Limeira jogou sem Tatu (sequer veio para Assis), sem Brown (contundido) e sem Charles (com dores nas costas). Demétrius deu tempo de quadra para jogadores menos aproveitados, colocou os garotos Deryk, Luis Fernando e Matheus Dalla (ótimo jogador).

O técnico limeirense subiu os armadores para marcar quadra inteira e tirar a bola da mão de Stockman, mudou de individual para zona quando a partida pediu e teve a paciência e jogo coletivo no ataque que o credencia a finalista do estadual mais forte do país.

Quanto ao time da casa, os pontos negativos são muitos. Vejamos alguns deles:

- Os pivôs parecem servir apenas para bloqueios. Não há nenhum movimento que faça Adriano ou Calderón receberem a bola de costas para a cesta, com a possibilidade de jogar no 1 contra 1 ou fazer uma assistência.

- Tudo que acontece no ataque do time é fruto de individualidade. Os alas e armadores batem bola sem parar contornando a linha de 3. Não há troca de passes, não existe nada combinado e/ou executado coletivamente.

- Onde está Tony Stockman?

- É deprimente ver o que acontece com Luciano Matão. O garoto é o semblante do desanimo. Deve ser o jogador titular com menos tempo de quadra do NBB. Não dá pra entender a razão de iniciar as partidas com ele, dado tal panorama.

- Ninguém se entende na defesa. Não dá para compreender o motivo de não se mudar ou ousar na defesa quando a individual não está dando certo. Apenas no fim das partidas, quando a "vaca já foi pro brejo" é que o treinador sobe dois armadores para marcar 3/4 de quadra. Não há mais variações?

- Não existe o famoso chavão de "grupo rachado", mas é evidente a insatisfação de alguns jogadores com todo o processo atual.

A realidade é que o Assis Basket é o saco de pancadas do NBB3. Ao que parece toda a culpa tem recaído na costas dos jogadores, mas uma situação como a de agora não pode ser atribuída a uma só parte da turma.
Domingo, às 11h, no Jairão, Assis recebe São José dos Campos. Sem algum tipo de "choque" não vejo forma de algo mudar.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Valores




Falem o que quiserem, mas uma das rivalidades recentes mais legais do basquete paulista estará em quadra às 20h de hoje, e o panorama é bem curioso.

O Jairão, cada vez mais impaciente, verá um confronto entre o Assis Basket, lanterna do NBB3 (0-7), e um time de Limeira que tem campanha discreta no nacional (2-5) justificada pelo desempenho de finalista no campeonato paulista.

É interessnate notar que os limeirenses estão em lua-de-mel com a torcida enquanto o pessoal de Assis anda bem insatisfeito, contudo, Limeira perdeu os dois confrontos que teve com o Assis Basket nesta temporada. 84x75, em Assis; 78x75, em Limeira.

Quanto ao jogo, difícil apostar que os finalistas do campeonato estadual virão com todas as forças no cotejo de hoje. Brown é desfalque certo, além disso, Demétrius pode rodar mais o time dando tempo de quadra para Mineiro e até colocando o jovem Matheus Dalla para descansar Ramón e Diego, que jogaram 40 e 32 minutos respectivamente na quarta-feira, contra o Pinheiros.

Apesar dos "poupados" é improvável que exista corpo mole dos limeirenses. A confiança anda alta por lá, e se o Assis Basket quiser iniciar uma caminhada de recuperação o momento deve ser este.Ou seja, os donos da casa têm muito mais a perder com no certame de logo mais.

A noite de hoje irá mostrar o quão benéfica pode ter sido a pausa do fim do ano. Tony Stockman terá conseguido se adaptar? Matão terá recuperado a confiança? Carlão voltará mais "corajoso"?

Ao som de Ivete Sangalo (quem é de Assis entende o que eu disse), as respostas virão.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Alguns méritos do "coach"


Demétrius . . .

ressuscitou Eric Tatu

ajuizou Ramón

descobriu Alemão

redescobriu Durelle Brown

reinventou Diego

Além destes méritos em relação a jogadores específicos do seu bom grupo, o técnico de Limeira é ousado por não se entregar ao "chuta-chuta" (apesar do 34 tiros de 3 no jogo 1 da final) do basquete brasileiro.

Limeira pode até não conquistar o título paulista, mas a vitória de ontem, fora de casa, contra o poderoso Pinheiros (88x77) mostra que um time pode ser construído com mais cérebro na ausência de um bolso recheado.


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Voz do Povo


"Podem chamar de corneta, mas a idéia não é essa, e tenho certeza que as pessoas que respeito na comu vão me entender, já que, como eu, acompanham o basquete de Assis desde sempre.
Mas a questão é seguinte, temos um time modesto, FATO, mas Assis tirando algumas exceções sempre teve um time modesto.
O que mudou realmente foi o TREINADOR.
A questão é, qual a avaliação de vocês sobre a comissão técnica? Essa situação do Assis Basquete é uma coisa normal, já que estamos num "período" de "transição"?
Lembrando que já se passou um ano da comissão, e que no tempo do Aga, sempre, pelo menos, pros playoffs no paulista nós íamos. "


"tbm nao concordo mt com as ideias do carlão não!
e tbm acho q presisamos melhorar a preparação fisica do time,que pra mim ta uma porcaria! "


"Acho que na verdade o Carlão ja teve tempo o suficiente para demonstrar um trabalho até certo ponto com melhores resultados! Não estamos discutindo aqui o valor mensal de patrocinio nem a qualidade do time (que aliás é fraca)! Estamos discutindo os resultados deste time que esta ai em quadra atualmente. A nossa realidade é esta e o que se vê em quadra é uma série de dificuldades técnicas, táticas e fisicas."

"Infundadas ou ridiculas, mas o o importante que nos reunimos aqui pra discutir o basquete de assis, qnd isso acabar..
dae tamo f..."

"Será que não esta na hora de se pensar em mudar técnico e preparador fisico?
Marcinho fica pois o cara é bom e assisensse e trabalha pelo basket! "

"Quanto antes melhor... O Carlão realmente não tá dando conta do recado..."

"Só quero lembrar que criticavam o Aga por muito menos... "

"para mim a realidade é uma só.... analisar os erros, resolve-los na medida das possibilidades e, ao fim, melhorarmos... "


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As frases acima foram retiradas da comunidade do Assis Basket no Orkut, gênese deste blog e local onde os mais apaixonados torcedores do time expressam sua opinião.

Lendo o que o pessoal diz dá pra ter uma dimensão de como anda a relação do time com a torcida. É uma mistura de cobrança forte com esperança, principalmente em relação aos próximos três jogos do time no NBB3, começando por Limeira, sexta-feira, no Jairão.

Parafraseando o Capitão Nascimento no primeiro filma da Tropa de Elite: a relação entre torcida e o Assis Basket pode ser abalada pela mais suave das brisas. Se ventar muito na sexta . . .