quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Pode piorar? Sempre pode

O Sportv não tem culpa da situação do Assis Basket no NBB3, mas a total subserviência da Liga em relação ao grupo detentor dos direitos de transmissão do campeonato nacional acaba de prejudicar os times envolvidos no torneio mais uma vez.

No dia 10 de fevereiro, Assis enfrentaria o Paulistano no Jairão. É isso mesmo, enfrentaria. A partida não mais será em Assis, e sim em Bauru. No dia seguinte, será a vez dos bauruenses mandarem um jogo (pasmem) "fora de casa" e enfrentarem o Paulistano em Assis.

A LNB tem realizado rodadas duplas em um mesmo ginásio, sempre com transmissões ao vivo da Sportv. A prerrogativa da divulgação do esporte e adequação dos horáros em detrimento das vantagens e desvantagens para a televisão farão com que o Assis Basket enfrente o Paulistano - confronto com consideráveis chances de vitória - em quadra neutra. Já contra o poderoso Pinheiros, o cotejo será, de fato, em casa.

Gostaria de ver jogos de basquete na TV todos os dias, em todos os canais que se disponham a transmitir nosso amado esporte. Contudo, os torcedores de Assis e Bauru, que vão ao ginásio, e ambos os times serão prejudicados por uma rodada dupla que elimina o mando de quadra de uma das equipes por vez.

Falando especificamente de Assis, até nesse aspecto a fase anda ruim. O bom, mas jovem time do Paulistano apresentaria chances de vitória um pouco maiores para os assisenses, e justamente contra os garotos da capital o time de Carlão perderá o fator quadra. Uma derrota diante do Pinheiros poderia ser encarada como normal, logo, jogando em Bauru, Assis ou Punta del Leste o prejuízo seria o mesmo.

Nada é tão ruim que não possa piorar...


Confira as datas e locais das rodadas duplas Assis/Bauru.

Rodada Dupla - Ginásio de Bauru
10 de fevereiro 5a feira. Transmissão Sportv
16h Assis x Paulistano
19h Bauru x Pinheiros

Rodada Dupla Ginásio de Assis
11 de fevereiro 6a feira. Transmissão Sportv
16h Bauru x Paulistano
19h Assis x Pinheiros

Tony entre os titulares

A LNB divulgou ontem os cinco titulares das equipes NBB Brasil e NBB Mundo, que disputarão o Jogo das Estrelas, sábado, às 10h, em Franca. O norte americano do Assis Basket, Tony Stockman(foto) está entre os titulares em uma das alas. Além de Stockman, o pivô argentino Pedro Calderón também representará o basquete de Assis na partida.

A escolha dos doze atletas de cada equipe foi feita por um grupo de técnicos, jornalistas e pessoas escolhidas pela Liga, mas os titulares foram eleitos por votação popular, via internet. Shamell, ala do Pinheiros que defenderá o NBB Mundo, foi o mais votado com 5.370 votos. No NBB Brasil, Marcelo Machado liderou as escolhas com 5.082 votos.

A Rede Globo vai transmitir o jogo no sábado, às 10h.

Confira os cinco titulares de cada equipe.


NBB Brasil
Valtinho (Uberlândia)
Alex (Brasília)
Marcelo Machado (Flamengo)
Guilherme (Brasília)
Murilo (São José)

NBB Mundo
Larry (Bauru)
Tony (Assis Basket)
Shamell (Pinheiros)
Spillers (Franca)
Jeff Agba (Bauru)



terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Memória (1)


O time acima é um dos muitos que já defenderam as categorias de base do basquete de Assis, seja em ligas regionais, ou em campeonatos federados.

Já repararam o que tem de especial na equipe? Reparem na quinta pessoa, da direita para a esquerda, em pé. É ele mesmo, Alex Garcia, do Brasília e da seleção brasileira. Muitos desconhecem a passagem dele por Assis. A foto é de 1995.


segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

De volta ao poço

Para se ter uma noção do quão ruim foi o jogo de domingo no Jairão, Rafinha, armador do CETAF, esteve em quadra por mais de 35 minutos, anotou 3 pontos e teve -1 de eficiência.Com tais números, podemos notar que, mesmo com uma valoração negativa, Rafinha ficou em quadra quase que por todo o jogo,ou seja, o técnico Marcio Azevedo não tinha nenhuma outra alternativa a não ser os erros de seu "melhor" armador.

Alternativas também parecem faltar ao técnico de Assis, Carlão, que assistiu Tony Stockman abusar da individualidade irresponsável sem fazer nada para conter seu ímpeto. É verdade que na sexta-feira, inspirado, o norte americano foi o nome do jogo, mas ontem o ala chutou quando não devia, errou passes e fez um jogo muito ruim, apesar dos 19 pontos.

A décima terceira derrota de Assis no NBB3(68 a 64 para o CETAF) foi sem dúvida a mais deprimente. O nível técnico da partida foi sofrível, a torcida se irritou com uma derrota para um time que nem de longe é uma potencia, e para fechar o domingo e o primeiro turno, Adriano e Carlão protagonizaram uma discussão patética na beira da quadra após uma substituição desrespeitosamente contestada pelo pivô que acabara de perder um rebote de modo tosco.

O barco está à deriva, e diretoria-comissão técnica-jogadores tem até o dia 6 de fevereiro, quando o time estreia no segundo turno, contra Joinville, no Jairão, para tentar arrumar a casa.Como diz o comentarista dos canais ESPN, Zé Boquinha: "parece que a vaca deitou".

sábado, 22 de janeiro de 2011

Déjà - vu

Em 2003, o basquete masculino de Assis estreava na primeira divisão do campeonato estadual. Time fraco, jogadores sem rodagem, diretoria esperançosa e torcida apaixonada; assim vivia esporte da bola laranja na cidade.

Como era esperado, naquela temporada o "Conti/Assis" apanhou de quase todos os times que visitavam o acanhado ginásio José Nigro, o GEMA. Até que Jaú, um dos lanternas do campeonato e também recém promovido à elite, veio até Assis. Finalmente, após aquele cotejo, o basquete assisense comemorou um triunfo no estadual, com direito a festa da torcida nas pequenas arquibancadas.

Após o episódio, nos anos seguintes, o basquete de Assis foi emergente, quase grande, e entrou em declínio. Mesmo não sendo em um contexto financeiro como o de 2003, o primeiro triunfo do Assis Basket no NBB3, ontem, contra Vitória(92 X 86), me fez lembrar daquele jogo contra Jaú.

Ontem, a torcida comemorou feito doida uma vitória complicadíssima contra os capixabas, e tem mais é que comemorar mesmo. Tony(foto), jogando a maior parte do tempo como 2, fez 33 pontos, mostrando como a melhora de Zezinho na armação ajuda os dois mais talentosos atacantes de Assis - o próprio Tony e Gianichinni, que não jogou ontem e não jogará contra o CETAF - a produzirem com liberdade. Calderón fez mais uma boa partida, e finalmente começa a mostrar serviço para a torcida. O bom pivô argentino anotou 18 pontos e apanhou 9 rebotes.

Sem querer bancar a "mãe Dinah", mas este blogueiro que vos escreve havia dito que a peleja seria árdua para os donos da casa. Disse também que Vega, Eddy e Filipin deveriam ter atenção da defesa assisense. Pois bem, 15, 18, e 19 foram os pontos dos três jogadores, respecivamente. O destaque dos visitantes, no entanto, ficou para o panamenho Muñoz, 19 pontos e 10 assistências para o pequeno armador.

A verdade é que, com direito a falta de luz no ginásio no fim do segundo quarto, o Assis Basket enfim saiu do zero no NBB3, e agora tem uma série de quatro jogos em casa (Cetaf, Joinville, Paulistano e Pinheiros) para tentar um embalo no certame.

Os mais exigentes vão dizer que Vitória e Cetaf não são times poderosos, que dois triunfos seriam obrigatórios. Poderia ser verdade se os tempos fossem outros. A realidade, em termos de classificação, é bem parecida com a do campeonato paulista de 2003, logo, a festa após as suadas vitórias também deverão ter semelhanças.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Devagar com o andor




Torcedores de Assis, de outros times ou simplesmente pessoas que acompanham o NBB parecem estar com o mesmo discurso: é hoje que o Assis Basket sai do zero.

Às 20h, no Jairão, o único time que não venceu no certame recebe o Vitória. Sem querer ser chato, mas ainda que a possibilidade de triunfo dos donos da casa exista, vale lembrar que o time que não ganhou de ninguém é Assis.

Os capixabas venceram três vezes no NBB3, uma vitória a mais do que os rivais de Vila Velha. Os comandados de Ênio Vecchi bateram Paulistano, Franca e Araraquara, sempre em partidas disputadas em seus domínios. Três vitórias contra adversários que Assis não conseguiu superar.

Além disso, o elenco capixaba não fica muito atrás do assisense. Amiel Vega é bom jogador, Eddy se destaca muito no basquete do Espírito Santo e Guilherme Filipin (pretendido por Assis no começo da temporada)tem um bom tiro de 3 pontos.

A partida de logo mais é perigosa para o Assis Basket por conta da pressão pela vitória e por acharem que o time adversário é uma "baba". Quem for ao ginásio esperando um "baile" dos comandados de Carlão corre o risco de sair mais chateado do que entrou.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Entrevista - Urubatan Lopes Paccini

Urubatan Lopes Paccini é um dos responsáveis pelo basquetebol existir em Assis. Técnico do título assisense da série A-2 em 2002 e comandante nas campanhas da Divisão Especial nas duas temporadas seguintes, Urubatan foi demitido do basquete feminino de Ourinhos após títulos estaduais, nacionais e um sulamericano. A gota d'água foi a derrota de ontem diante Catanduva, em jogo válido pela Liga Nacional Feminina.

A má notícia para o treinador veio quatro dias após uma boa. "Uruba" foi convidado pela diretora das seleções femininas da CBB, Hortência, e será um dos assistentes de Enio Vecchi na seleção feminina adulta.

O Gatilhaço conversou com o técnico sobre a saída de Ourinhos e os planos para a seleção. É só clicar no player abaixo e ouvir.

Ourinhos troca de técnico

Após a derrota em casa diante de Catanduva por 75 a 63, ontem, pela Liga Nacional Feminina de basquete, Ourinhos demitiu o técnico Urubatan Lopes Paccini.

Para o lugar de Uruba o basquete de Ourinhos vai anunciar na tarde desta quarta-feira Antonio Carlos Barbosa, ex-técnico da Seleção Brasileira feminina .Barbosa comandou o basquete feminino do Brasil nas Olímpiadas de 1996, 2000 e 2004.

Urubatan foi convidado por Hortência para ser um dos assistentes da Seleção Feminina, porém, sua saída de Ourinhos foi uma decisão da diretoria, não um pedido do treinador.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ressaca

Passou meio despercebida a surra que o Pinheiros levou na viagem até São José dos Campos, no último domingo, pelo NBB3. O placar de 101 a 65 para o time do interior (28pts de Murilo e 9 assist de Fúlvio) é pra lá de surpreendente.

Não é normal um time do calibre do Pinheiros perder por uma diferença como esta, ainda que não seja um fato muito estranho os paulistanos levarem muitos pontos. Porém, a prerrogativa de quem tem um poder de ataque com Shamell, Marquinhos e Olivinha é levar 105 e fazer uns 90 em uma jornada ruim, não 65 pontos.

É cedo para qualquer tipo de discurso apocalíptico, mas não há quem considere normal uma equipe como a do Pinheiros ter sido tão dominada por Limeira na final do paulista, e poucos dias depois tomar uma lavada de um time de valores similares, ou até um pouco inferiores.

Em relação a São José, os comandados de Régis Marreli estão em uma trajetória de recuperação no campeonato nacional. Se Renato não é mais o mesmo, Fúlvio e Murilo conseguem, até aqui, segurar a barra de um time que, segundo informações, passa por um momento de turbulenta relação com a imprensa de sua cidade.

Coincidência ou não, a turbulência no Vale do Paraíba começou após o estadual, depois de uma derrota para Limeira.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Muito bom

Tudo bem, a situação é péssima e "malhar o Judas" tem sido comum nos últimos jogos do Assis Basket. Contudo, a partida contra Franca não poderia ser muito diferente do que foi. Assis fez jogo parelho e perdeu no fim (75x85 - 23 pts de Tony Stockman). Tudo como tem acontecido.

Quero dedicar o espaço, porém, a duas notícias boas que vieram do certame de ontem, na "sauna" que estava o Jairão. As boas novas atendem por Vitor(foto) e Pedro.

Vitor, o Benite(20 pts e 5 assist), não é uma notícia tão nova, apesar dos 20 anos de idade. Qualquer um que assita basquete nacional vê que o menino é excelente, mas a maturidade e o nível muito acima da média do jogo que se pratica aqui no Brasil apresentado pelo garoto na peleja de domingo foi de dar gosto. Benite deve ir para a seleção já na próxima chamada, não há como deixar de fora um talento como esse. O único fator negativo é que Hélio Rubens escala o garoto por muito tempo na posição 2 , o que pode prejudicar seu crescimento no futuro. Benite É armador e precisa evoluir cada vez mais na posição.

A segunda boa nova do domingo é , de fato, uma novidade. Pedro, filho do técnico Carlão, estreou em uma fogueira danada (Assis levava um vareio no 1º quarto) e foi muito bem. O garoto de 19 anos foi o único que conseguiu pressionar os armadores francanos da maneira como o pai/técnico pediu. Pedro roubou bolas, se jogou, foi incisivo na defesa e fez 5 pontos, apesar da mesária Larissa mais uma vez ter errado e tirado 3 tentos do garoto.

De vez em quando é melhor dar valor para as coisas boas que acontecem no Jairão a cada rodada do NBB3. Ontem, deixei o ginásio satisfeito com a vontade e o bom posicionamento defensivo de Pedro. Mais do que satisfeito, fiquei pasmo com a crescente evolução do ótimo jogador chamado Vítor Benite.