O mestre Wlamir Marques diz que o comentário no basquete deve ser pontual, por isso, é preciso que se faça uma reflexão a respeito de como as derrotas aconteceram, além de perceber que em alguns casos o Gatilhaço poderia ter sido contrariado e o time poderia ter vencido, mas as chances não foram aproveitadas.
Números mostram que em 4 das 7 partidas o basquete assisense sofreu derrotas sem oferecer resistência ao adversário, ou como se diz no popular, não fez jogo "pau a pau" até o fim. Foram 20 pts de diferença contra o Pinheiros, 14 pts contra o Flamengo, 29 contra Brasília e 22 diante de Uberlândia.
Nos outros três cotejos, Assis perdeu por diferenças pequenas, ou seja, teve chances de vitória, mas sofreu por falta de capacidade de decisão. Contra Joinville foram 5 pts de diferença, diante do Paulistano foram 6 pts, contra o Minas a diferença foi de 4 pts.
As situações, mais do que os números, mostram que as coisas realmente não andam normais com a equipe azul e branca. Depois da primeira fase do campeonato paulista, o time se desencontrou. Não que fosse obrigação vencer Brasília ou Pinheiros, por exemplo, mas também não se pode achar normal levar "surras" de 20 pts ou mais. É muita passividade, pouca imposição de dificuldades ao adversário.
Não há como comparar o jovem elenco atual do Assis Basket com o do ano passado, por exemplo. Borders, Thomas, Parker, Bahia, Tischer, Mosso em grande fase e Giane integravam um grupo experiente e competitivo. Mas é possível estabelecer um comparativo com o elenco limitado que disputou o NBB1 e ver como o time se comportou contra "os grandes" do basquete nacional.
Após um decepcionante campeonato paulista 2008/2009, o Conti/Assis acabou e o Assis Basket entrou em cena. Para a edição de estreia do NBB estavam por aqui Fernando Reis, Perez, Darlan, Alfredo, Otávio, Nilo e Feliz. Vejamos os resultados daquele grupo no primeiro turno.
Em todo primeiro turno do NBB1 o limitado time de Assis sofreu apenas uma derrota "inapelável" que foi para Joinville.
A comparação feita pelo blog não tem quaisquer objetivos de desqualificar um time em detrimento do outro, mas sim de dizer que aquela equipe - tão limitada quanto a que o basquete assisense tem hoje - teve uma postura de luta mais honrosa, fator que não ganha jogo, mas que arrebanha a simpatia de torcedores.
Quando digo que algo de errado está acontecendo no atual elenco do Assis Basket, me refiro a falta de confiança que seguidos resultados negativos têm trazido. Não se pode aceitar que um time adulto que tem bons valores individuais perca quatro jogos de forma passiva. Também não é normal ver que nas chances que teve de vitória (Joinville, Paulistano e Minas) o atual elenco não teve confiança suficiente para triunfar.
A moral da história é que o time não é a oitava maravilha do mundo, mas não é fraco ao ponto que o panorama sugere. Alguma atitude deve ser tomada para que os jovens jogadores retomem a alegria das apresentações contra Franca e Limeira, ambas no estadual.
No mais, adeus Ano Velho. . .